Marco chegou de Barcelona contando: às vezes precisava ser contido em restaurantes para não avançar em pai que batia em filho. Era difícil acreditar e fui pesquisar. Pois vocês não têm idéia do número de agressões familiares na Espanha. Os homens batem na mulher e nos filhos de uma maneira assombrosa. "É cultural", diz o Marco. "É um povo sem amor." E hoje ele achou a notícia abaixo num blog do Grobolha.
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Quando os pais são os monstros
Todos os dias (ou quase todos) tem uma notícia horrorosa sobre os requintes da violência que alguns pais empregam contra seus filhos. Mas de todos os casos dos últimos cinco anos acho que nenhum chocou mais que o de uma menininha chamada Alba. Há dois anos ela foi parar no hospital com fraturas e várias marcas de machucados, e de lá não saiu mais.
Aqui quando uma criança ou uma mulher chegam a um hospital com hematomas, o serviço médico imediatamente levanta a hipótese de violência familiar. Foi o que aconteceu, mas tarde demais porque foi a última surra que o padrasto e a mãe deram na garotinha. Alba não morreu, mas está em estado vegetativo. Os danos foram tão profundos que os médicos duvidam que poderá fazer coisas mínimas para uma vida autônoma. Uma tragédia mesmo.
Bom, ontem saiu o resultado do julgamento dos agressores. Eles escaparam da acusação de tentativa de assassinato, mas pegaram as penas máximas para lesões: 20 anos para a mãe (por ser omissa) e 22 para o padrasto.
Quando acontecem coisas assim, penso que a humanidade é mesmo de uma podridão impressionante. Umas bestas-feras. Gollums disfarçados. E nisso nao tem sistema judicial que dê jeito.
*Outra punição...*
Desta vez, achei curiosa. Dois pais de Córdoba foram condenados a um ano de prisão por não terem mandado a filha à escola. É. Achei exemplar a idéia de punir os pais por negligência... mas um ano de cadeia... Eles aceitaram a pena, que é menor que a que em princípio pedia a promotoria, de três anos. Vai entender...
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A foto é de outro blog. Clique nela pra visitar.
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