Eu, a Lúcia e as crianças almoçávamos lá no Vermelhinho, que oferece a cozinha mais generosa da Cinelândia. Tinha três televisores enormes, ligados na Globo, claro, embora, ufa!, sem som, transmitindo a posse do Obama. As legendas dos noticiários da Globo insistem em anunciar quantas demissões as empresas perpetraram no Brasil na última hora.
Hoje ou ontem, namelembro bem, o Globo Online festejava que o Brasil demitiu seiscentos e tantos mil contra quinhentos e poucos mil nos EUA em dezembro. Nem levaram em conta os três milhões de americanos que perderam seus empregos nos últimos meses e os dois milhões que perderam suas casas, como o Zé Dirceu bem lembrou no blog do Noblat.
Não sei se é um exercício de sado-masoquismo ou provocação mesmo. Mas não é o mesmo que dizer: "A próxima vítima pode ser você!"?
Parece que sim, são dados do Caged. Mas trezentos mil é o normal para o mês de dezembro, portanto o número real é a metade. Só que explicar isso é considerado propaganda pro governo!
O objetivo do Globo é preocupar mesmo. Mais que isso: o jornal quer desenvolver clima pessimista o bastante para - ao menos - atrapalhar o crescimento.
Tanto que o dado positivo vem escondido no meio da matéria e não no lead: Ano passado, o Brasil bateu recorde de empregos formais criados. Foram 1,6 milhão novos postos. E, segundo a Caged, apresentou saldo positivo de 1.452.204.
Em outra matéria, a Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) divulga que em 2008 os investimentos diretos no Brasil foram de U$ 41,7 bilhões, ou mais 20,6% em relação a 2007.
A Unctad afirma que esse resultado é o inverso da tendência mundial. Verdade: a crise mundial começou em 2006/2007 com as subprimes e não em setembro deste ano como querem nos fazer acreditar.
Por que mais 205 de investimentos se o Brasil estivesse passando pela crise que o Globo propala? Coisas se Miriam Leitão e demais viúvas de FHC.
O número de desempregados é preocupante sim, mas de se esperar mesmo que não houvesse crise. Há a tese de que empresários e banqueiros gostam do Lula por nunca antes terem lucrado tanto na história desse país.
A verdade é que a raiva deles é maior quando se põem a pensar que isso tudo poderia ter acontecido sob a bandeira tucana, aquele auri-cerúleo tão bonito, em lugar do alvi-rubro que esse povo ingrato botou para emporcalhar os tapetes do planalto.
E nada melhor para desestabilizar um governo do que demissões em massa e colunistas amestrados escrevendo que a culpa é do governo que não fez a lição de casa.
12 comentários:
E o Bush sempre ali, na cola. Grudado no Obama. Xô, Bush. Canta pra subir. Ou então finge que vai cagar e se manda!
Foi o que o Marco disse: Pô, ele podia se mandar, dizer, tô com uma dor de barriga...
Eu, a Lúcia e as crianças almoçávamos lá no Vermelhinho, que oferece a cozinha mais generosa da Cinelândia. Tinha três televisores enormes, ligados na Globo, claro, embora, ufa!, sem som, transmitindo a posse do Obama. As legendas dos noticiários da Globo insistem em anunciar quantas demissões as empresas perpetraram no Brasil na última hora.
Hoje ou ontem, namelembro bem, o Globo Online festejava que o Brasil demitiu seiscentos e tantos mil contra quinhentos e poucos mil nos EUA em dezembro. Nem levaram em conta os três milhões de americanos que perderam seus empregos nos últimos meses e os dois milhões que perderam suas casas, como o Zé Dirceu bem lembrou no blog do Noblat.
Não sei se é um exercício de sado-masoquismo ou provocação mesmo. Mas não é o mesmo que dizer: "A próxima vítima pode ser você!"?
não, é só sadismo. E O Brasil não pode ter perdido 600 mil empregos, pode?
Parece que sim, são dados do Caged. Mas trezentos mil é o normal para o mês de dezembro, portanto o número real é a metade. Só que explicar isso é considerado propaganda pro governo!
que coisa... é emprego à beça! agora fiquei preocupadona. pensei que fossem 30 mil.
O objetivo do Globo é preocupar mesmo. Mais que isso: o jornal quer desenvolver clima pessimista o bastante para - ao menos - atrapalhar o crescimento.
Tanto que o dado positivo vem escondido no meio da matéria e não no lead: Ano passado, o Brasil bateu recorde de empregos formais criados. Foram 1,6 milhão novos postos. E, segundo a Caged, apresentou saldo positivo de 1.452.204.
Em outra matéria, a Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) divulga que em 2008 os investimentos diretos no Brasil foram de U$ 41,7 bilhões, ou mais 20,6% em relação a 2007.
A Unctad afirma que esse resultado é o inverso da tendência mundial. Verdade: a crise mundial começou em 2006/2007 com as subprimes e não em setembro deste ano como querem nos fazer acreditar.
Por que mais 205 de investimentos se o Brasil estivesse passando pela crise que o Globo propala? Coisas se Miriam Leitão e demais viúvas de FHC.
...mais 205 não, pô! ... mais 20%.
Explicado!
É como a matéria sobre o IDH, que o Willian Hommer anunciou com toda a pompa:
"Brasil cresce em todos os ítens mas não passa do septuagésimo lugar no índice de desenvolvimento humano".
O que interessa é a má notícia.
O número de desempregados é preocupante sim, mas de se esperar mesmo que não houvesse crise. Há a tese de que empresários e banqueiros gostam do Lula por nunca antes terem lucrado tanto na história desse país.
A verdade é que a raiva deles é maior quando se põem a pensar que isso tudo poderia ter acontecido sob a bandeira tucana, aquele auri-cerúleo tão bonito, em lugar do alvi-rubro que esse povo ingrato botou para emporcalhar os tapetes do planalto.
E nada melhor para desestabilizar um governo do que demissões em massa e colunistas amestrados escrevendo que a culpa é do governo que não fez a lição de casa.
Mais velho do que mijar de cócoras.
Quer valer que amanhã zigrobe vai dizer que só tinha 300 mil pessoas lá no Obama?
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