Reproduzo pra verem que plus ça change plus c'est la même chose...
***
Bom de bico, vôo curto!
Foi esta a expressão usada agora mesmo pelo Mercadante na tribuna do Senado, para definir um documento lançado pelo PSDB criticando o governo. Não deu pra descobrir qual é. Mas todos com certeza veremos a íntegra amanhã na nossa "grande" mídia vendida.
Mercadante jogou pá de cal definitiva sobre o tucanato. Que resolveu agora desfiar um rosário de queixas, e especialmente atribuindo aos temores com a eleição do Lula em 2002 a longa crise que enfrentamos hoje. Vi isso na semana passada na TV, jogado de forma casual no noticiário, não me lembro qual ou quem falou. Mas uma luzinha acendeu... opa!, pensei... Lá vem jogada!
Dito e feito! Nessa corja, é tudo programado!
Mercadante deixou bem claro: os únicos responsáveis pelo afundamento do Brasil em 2002, com reflexos até agora, foram os tucanos, com a campanha "Ou Serra ou o caos!"
"Não seis meses, sete meses, foram OITO ANOS!!!", gritou ele.
Estou orgulhosa do PT. Disse outro dia que é uma beleza ver o PT rebater cada ataque ao governo. É resposta com alma, com fé! Mercadante hoje destruiu a falácia tucana. Destruiu! Mencionou até a crítica insensível, dura, desumana do PSDB ao MST! ("Não se pode falar em violência no campo sem falar das milícias dos fazendeiros, dos assassinatos no campo"). "Como pode quem disse 'esqueçam o que escrevi' cobrar agora coerência política?"
Ele está certíssimo. Esta bloguinha nada mais fez durante a eleição (a partir de 15 de setembro [2002], quando nasceu) do que meter o pau na campanha fratricida dos tucanos contra o país. Deram um tempinho estratégico, e agora vêm com esse papo??? Vão pra PQosP! Eu acompanhei, marquei colado. Mal dormia! Cada absurdo está registrado, é só procurar nos arquivos! E não fiz isso por altruísmo não, foi só pra não enfartar.
Mercadante encerra: "Não venham agora com esta colcha de adjetivos precários, apressados, açodados... inconsistentes!"
MAIORRAPOIO!
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Gente, lembra disso? # 2
Cadeia com os bicheiros de Wall Street
Se este fosse um país decente o governo estaria processando um por um esses bicheiros, esses bookmakers que jogam no tal Risco-Brasil: se dizem consultores, analistas, avaliadores de risco, mas não passam de bicheiros baratos, que num mundo também decente estariam atrás das grades por crimes contra a humanidade. O Luís Nassif chama esses canalhas de crupiês, que rodam as roletas no cassino do mercado financeiro para forçar oscilações e ganhar muito dinheiro à custa da fome e do desemprego.
Por isso meu guru econômico continua sendo o Mahatir Mohamed, primeiro-ministro da Malásia. [digamos que não seja mais, mas enfim...] Em 1º de setembro de 98 ele baixou medidas radicais de controle cambial para prevenir ataques especulativos ao ringgit malaio: simplesmente prendeu os capitais voláteis por um ano no país. Nada menos do que US$ 10 bilhões ficaram impedidos de deixar a Malásia, dos quais US$ 1,1 bilhão pertenciam a multinacionais americanas. O mundo financeiro protestou. Mahatir argumentou que era preciso conter “esta especulação que destrói economias mundo afora”.
E deu certo. O economista da UFRJ Fernando Cardim disse à Folha, em entrevista a Claudia Antunes: “Quando a Malásia adotou controles, em 1998, todo mundo disse que seria o fim do mundo. A Malásia sofreu abalos, é claro, mas manteve a sua autonomia, os capitais estrangeiros voltaram e, quando se começou a cogitar em remover os controles, um ano depois, o economista-chefe do banco Santander no país disse à revista Euromoney que achava arriscado, porque estavam funcionando bem.”
Claro, Cardim não é economista da escola de Pedro Malan. Para ele, a recuperação da economia brasileira não passa por acordos com o FMI, porque mais adiante ferram com a economia. Ou seja, é um economista que pensa segundo os interesses do país, e não os desses bicheiros canalhas de Wall Street.
O pior de tudo é ver como nossa imprensa trata essa gente: respeitosamente, como se fossem fontes categorizadas, e não reles fernandinhos beira-mar de Rolex no pulso. Ah, ando de saco cheio disso tudo.
::: por Marinilda em 24/9/2002
Se este fosse um país decente o governo estaria processando um por um esses bicheiros, esses bookmakers que jogam no tal Risco-Brasil: se dizem consultores, analistas, avaliadores de risco, mas não passam de bicheiros baratos, que num mundo também decente estariam atrás das grades por crimes contra a humanidade. O Luís Nassif chama esses canalhas de crupiês, que rodam as roletas no cassino do mercado financeiro para forçar oscilações e ganhar muito dinheiro à custa da fome e do desemprego.
Por isso meu guru econômico continua sendo o Mahatir Mohamed, primeiro-ministro da Malásia. [digamos que não seja mais, mas enfim...] Em 1º de setembro de 98 ele baixou medidas radicais de controle cambial para prevenir ataques especulativos ao ringgit malaio: simplesmente prendeu os capitais voláteis por um ano no país. Nada menos do que US$ 10 bilhões ficaram impedidos de deixar a Malásia, dos quais US$ 1,1 bilhão pertenciam a multinacionais americanas. O mundo financeiro protestou. Mahatir argumentou que era preciso conter “esta especulação que destrói economias mundo afora”.
E deu certo. O economista da UFRJ Fernando Cardim disse à Folha, em entrevista a Claudia Antunes: “Quando a Malásia adotou controles, em 1998, todo mundo disse que seria o fim do mundo. A Malásia sofreu abalos, é claro, mas manteve a sua autonomia, os capitais estrangeiros voltaram e, quando se começou a cogitar em remover os controles, um ano depois, o economista-chefe do banco Santander no país disse à revista Euromoney que achava arriscado, porque estavam funcionando bem.”
Claro, Cardim não é economista da escola de Pedro Malan. Para ele, a recuperação da economia brasileira não passa por acordos com o FMI, porque mais adiante ferram com a economia. Ou seja, é um economista que pensa segundo os interesses do país, e não os desses bicheiros canalhas de Wall Street.
O pior de tudo é ver como nossa imprensa trata essa gente: respeitosamente, como se fossem fontes categorizadas, e não reles fernandinhos beira-mar de Rolex no pulso. Ah, ando de saco cheio disso tudo.
::: por Marinilda em 24/9/2002
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