Estava aqui num papo com o Marco sobre a probabilidade estatística de dois pássaros atingirem as duas turbinas de um avião. Deve ser mínima, não, Monica? "Double bird strike", disse o piloto-herói, Chesley "Sully" Sullenberger, aos controladores de voo. Ele se declarou "incapaz" de voltar ao LaGuardia e também de pousar no pequeno Teterboro: "Vou pro Hudson", avisou. Os controladores comunicaram às autoridades do Porto de Nova York e lá foi ele, very smoothly -- muito suavemente --, segundo testemunhas e passageiros.
'This is the captain speaking. Brace for impact", disse ele calmamente aos passageiros, que abraçaram os joelhos. Já imaginaram a tragédia se esse homem não tem 19 mil horas de voo e principalmente um sangue gelado como picolé? As fotos falam por si: os passageiros estão calmamente esperando socorro plantados nas asas do avião -- não, não estão caminhando sobre as águas, como brincou o New York Times --, que, como todas as aeronaves, é desenhado para flutuar (geniais, esses projetistas!). Sully percorreu o avião vazio duas vezes, para se certificar de que ninguém ficara a bordo, e só então pulou para um dos vários barcos de socorro, da Guarda Costeira, da empresa de ferry boat, de um clube naval ali perto. Quatro passageiros foram levados ao hospital com hipotermia, embora testemunhas afirmem que ninguém caiu nas águas geladas do rio. Devem ter congelado de nervoso... :-)))
Conclusão: experiência ajuda! Já a estatística... fulmina!
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Acabo de ver na CNN: o avião atingiu um bando de aves. E os pés dos passageiros estavam dentro da água gelada que cobria as asas, daí a hipotermia para alguns, tadinhos. Mas puxa, salvaram-se todos!
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Caramba, li no Grobesta que, ao contrário do que se afirmava ontem, as pessoas caíram na água sim, coitadas! A polícia salvou duas mulheres que estavam afundadas, já letárgicas. Outra, de salto alto, escorregou da asa. Mesmo dentro do avião tinha água, na cauda.
2 comentários:
Não sei direito o que ele quis dizer com "double bird strike", tá parecendo gíria de boliche, mas a chance de pássaros serem sugados pela turbina de aviões não é tão pequena assim. Já decolei do Galeão apavorada com as garças que circulavam pela cabeceira da pista.
Li uma matéria hoje - acho que no G1 - sobre a utilização de falcões para afastar outros voadores. Não é coisa de mineiro não, eles vão usá-los no Aeroporto da Pampulha. Se for verdade, até que conseguirão reabilitar os falcões, que volta e meia perseguem com seus voos rasantes os pássaros aqui em JapaCity, no baixo da pedra da Peña.
O que ele quis dizer, segundo os controladores interpretaram, é que sugou pássaros nas duas turbinas, pô! Claro que ele não quis dizer que foi atacado pelos pássaros! :-)))
E não, claro que não é coisa de mineiro! Vários aeroportos usam falcões, inclusive no Brasil, ainda mais os próximos ao mar, porque os tesourões são lindos porém mortais! Muitos usam snipers nos EUA (onde mais...?), outros capturam, esterilizam e voltam a soltar as aves para que não reproduzam (deve ser na politicamente correta Califórnia, onde mais...?) e por aí vai.
Este é um dos maiores problemas da aviação. No Rio, além de tesourão tem urubu...
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