O espantoso Tim Wise é branco, sulista do Tennessee racista que votou McCain por 57% a 42%, tem apenas 40 anos e dedicou a vida desde jovem ao combate do apartheid na África do Sul e ao racismo nos Estados Unidos. Em 2005 lançou um livro famoso, White like me -- Reflections on race from a privileged son, e escreveu recentemente em seu blog: "Preciso admitir: fiquei desapontado. Afinal, depois de tanto ouvir que vivemos numa América pós-racial porque Barack Obama foi eleito presidente, imagine minha surpresa quando liguei para a Secretaria do Trabalho e soube que negros, latinos e nativos ainda são três vezes mais pobres do que os brancos, duas vezes mais desempregados e que os negros formados ainda ganham 30% a menos que os equivalentes brancos -- exatamente o mesmo de 3 de novembro!"
O texto seria cômico se não fosse trágico e termina assim: toca a campainha, ele atende e é o carteiro. A carta é do banco que financia a casa dele, e oferece uma hipoteca sobre este financiamento! O exato tipo de empréstimo que arruinou 2,3 milhões de mutuários, a maioria de negros, e afundou a economia americana! Ele grita chamando a mulher:
-- Querida, corra aqui!
-- O que foi?
-- Eu te disse que vivemos mesmo numa América pós-racial! O banco está oferecendo o mesmo empréstimo predatório aos brancos!
Wise é otimista quanto ao Obama, mas acha que ele só se moverá para a esquerda se for forçado, e isso a sociedade é que tem que fazer. Não lembra aqui o Brasil?
3 comentários:
Tem cereteza que esse Tim Wise (?) não é brasileiro? Pq só um nativo, imediatista como somos, ligaria no DIA SEGUINTE à vitória do Obama para ver se os índices mudaram, pq o presidente foi eleito por "uma sociedade pós-racial". Merece figurar naquele Festival de Besteiras que assolam os EUA. Pena que o Sergio Porto morreu há tantos anos.
Sunny, foi uma ironia, minha amiga! IRONIA! Uma critica ironica aos entusiastas em excesso!!!!
e que feio destratar assim os brasileiros! nosso povo e nossos intelectuais são muito bons! tirando o magnolli, claro, que é uma vergonha sociológica nacional.
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