E ainda assim o SUS é um gigantesco milagre que causa espanto aqui e lá fora: poucos sabem disso, mas em 2007 houve 2,7 bilhões -- BILHÕES! -- de procedimentos ambulatoriais, 610 milhões de consultas, 110 milhões de atendimentos por agentes comunitários de saúde em 95% dos municípios, 87 milhões de pessoas atendidas por 27 mil equipes de saúde da família, 150 milhões de vacinas aplicadas, 10,8 milhões de internações. E mais: 3,1 milhões de cirurgias (215 mil cardíacas e 15 mil transplantes), 9,7 milhões de sessões de hemodiálise, 9 milhões de sessões de radioquimioterapia, 403 milhões de exames laboratoriais, 13,4 milhões de exames radiológicos sofisticados, 212 milhões de ações odontológicas, 23 milhões de ações de vigilância sanitária, e um baita controle da aids, que é referência mundial.
Tá bom? Longe disso. Mas eu duvideo-dó que algum país do mundo tenha isso. Lula e Cabral, no entanto, investem em ações fora do sistema, em vez de investir no sistema. É triste!
Quem ouviu falar em que os órgãos da pobrezinha da Eloá foram retirados e transplantados por equipes do SUS? Ninguém. Pois é o SUS que faz transplante neste país. Na Radis de janeiro teremos um texto comentando isso. Mas em todas as edições procuramos mostrar um pouco do que a PIG esconde. Metemos o pau também, que a revista não é chapa-branca, embora financiada pelo governo. Tem gestor que nem fala conosco, de tanta coisa errada que apontamos. Mas a revista é séria e equilibrada. Procura fazer jornalismo, apesar das limitações.
7 comentários:
Eu sou leitora da Radis e a considero um avanço na comunicação em saúde.
Concordo com as colocações da Mari e digo mais, baseada no funcionamento do SuS no DF (sob gestão do GDF), se os parceiros estaduais e municipais fossem 100% interessados na saúde popular, a assistência de saúde seria bem, bem, bem melhor.
Valeu,Vera!
"Farmácia do Lula" é o nome consagrado inclusive na classe médica, que não aceitava as farmácias de um real da d. Rosinha. É interessante notar como os médicos incentivam os pacientes a procurar a Farmácia do Lula em vez dos postos de saúde. Mas é um paciente que tem plano de saúde, ao contrário dos que vão aos postos.
Mari, aquela numeralha toda são os que FORAM ATENDIDOS. E os que ficaram de fora, morreram nos corredores ou nem sequer conseguiram ser vistos? Desculpe, mas acho que em um país gigantesco como esse, Saúde tem que ser descentralizada. Mais postos de saúde, UPAs, que nome tenham praticando uma medicina de família(???). Pq o Miguel Couto tem que ficar lotado de nego querendo tirar pressão? Já vi com meus próprios olhos.
Voce nao tem q me pedir desculpas de nada, não sou servidora pública. Mas sei que nenhum país do mundo atende o número de pacientes que o Brasil atende DE GRAÇA.
E preciso informar a você que o Sistema único de Saúde É DESCENTRALIZADO. Antes da CF 88 tinha o nome de Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (é do nosso tempo!). São os municípios que têm a gestão plena do sistema.
O Rio é um caso à parte, o pior exemplo, porque a descentralização precisaria ter sido mais planejada: praticamente todas as unidades de saúde eram federais (o Rio era DF) ou dos IAPTECs da vida. Mudar aquilo não é fácil.
Não há nada mais anti-SUS do que tirar pressão no Miguel Couto. Mas o carioca não tem cultura de Posto de Saúde do bairro, justamente por ter sido DF.
Eu vou ao meu. Tomo vacina lá, faço exames, tudo. Só uso meu Unimed para o oftalmologista. (Ando fugindo do pessoal do Posto aqui de Santa porque querem me botar num programa de emagrecimento... eu vou, eu vou).
Não sou servidora, mas desse assunto entendo um pouco. Estou à disposição para esclarecimentos. E se você quiser eu tento conseguir uma assinatura da Radis pra você (Vera e truda têm). Mas precisa que querer mesmo, porque a fila de espera é enorme. A revista é grátis, distribuída a 60 mil assinantes (na maioria, profissionais do SUS), e faz parte de um programa de comunicação em saúde da Fiocruz que fez 25 anos em 2007 (http://www.ensp.fiocruz.br/radis/radis-lista.html -- n. 60).
Se tá na Internet boto logo nos favoritos. Não quero furar fila.
A rede de saúde pré-ditadura era dos IAPs - Institutos de Aposentadorias e Pensões de cada uma das classes. O apartamento da minha mãe foi financiado pelo IAPB - bancários - que tb criou o Hospital da Lagoa.
O IAPTEC era dos funcionários públicos e seu hospital era o dos Servidores, lá pras bandas da praça Mauá, tido como referência.
Quem inventou o SUS - ou que nome tinha - foi o Rober*to Camp&os e cia, que dividiram os serviços dos IAPs em Saúde e Previdência e deu no que deu na antiga capital, terra dos funcionalismo público.
Vc é feliz por ter um posto de saúde que funciona. Só pode ser em Santa. O do Tan&que (que abrange TODOS os sub-bairros de Jacare*paguá) não tem nem as vacinas obrigatórias. Levei a Babá para tomar a da gripe e perdi a viagem. Fui parar num lab particular com ela e, claro, paguei. Será que dá para descontar do IPVA, Serginho C*abral?
1) Nunca li um absurdo maior na vida, como esse do Roberto Campos ter inventado o SUS ou o que quer que seja que tenha havido antes. O SUS é resultado de décadas de luta, luta mesmo, do movimento sanitário.
Você precisa ler com urgência a matéria de capa do número 72 da Radis (http://www.ensp.fiocruz.br/radis/72/sumario.html).
2) Com a expressão "IAPETECS da vida" incluí todos os institutos, obviamente.
3) Ai!
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