"Essas lições da História tornam preocupante o nacionalismo que parece ter tomado conta de alguns países da América do Sul. A decisão do Equador, país duramente afetado pela crise, de questionar a dívida contraída junto ao BNDES em função de problema técnico numa obra da Odebrecht é exemplo de atitudes que podem comprometer o esforço pela integração da região e aprofundar a recessão.Três cositas a mencionar:
Tal problema, que poderia ter sido resolvido com rápida negociação, foi politizado de forma inadequada.
Considere-se que a Odebrecht estava há 23 anos no Equador, tendo lá realizado 9 grandes projetos sem questionamentos."
1) Não sei se a crise provocou essa reação do Equador. Acho que ela viria sem crise.
2) Onde há empreiteira há sujeira da grossa.
3) A própria dívida externa do Brasil é objeto de contestação há muitos anos. Até estranho que ninguém tenha mencionado isso (pelo menos eu não vi), e tantos se espantem com a decisão do Rafael Correa. Ora essa, fazer auditoria em nossa dívida era uma das bandeiras da esquerda. Lula só foi eleito, dizem, porque na "Carta ao povo brasileiro", de 22 de junho de 2002, prometeu: "Premissa dessa transição será naturalmente o respeito aos contratos e obrigações do país."
De qualquer modo, acho que o Mercadante está certo neste ponto:
"Temos de seguir o exemplo da Europa, que aprendeu as duras lições da História. Lá, a resposta à recessão vem sendo o aprofundamento da integração e políticas anticíclicas convergentes. Dinamarca, Islândia e a própria Grã-Bretanha já pensam em ingressar na zona do euro."Afinal, integração, e não divisão, é a saída possível para a América pobre. Nisso o Rafael Correa pisou mesmo. Deveria ter proposto um encontro de cúpula sobre esse assunto. Seria um exemplo luxuoso de amadurecimento da nossa região, com repercussão estrondosa no mundo, "nos mercados", no governo Obama. Mas não, nos comportamos todos infantilmente. Como sempre.
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Não resisti mais aos apelos dos chatíssimos marketeiros do cretino e descancelei o cancelamento da assinatura: me propuseram um bom desconto na mensalidade e aceitei, pensando no Marco, que está voltando ao Rio e precisa de um jornal. Lá em Sampa ele lia a Folha. Que inveja... (Dotô Frias também era amigão dos gorilas; mas a Folha, embora um dos carros-chefe da PIG, faz algum jornalismo em temas fora da política.)
Um comentário:
Só quero ver se na série iniciada hoje sb os 40 anos da Declaração dos Direitos e a participação dos civis no AI5 vão ficar só no Rondon Pacheco e no Delfim. Viu que já livraram a cara do Passarinho? Como - tenho certeza - vão tb livrar a cara de The Globe. Não ,e lembro da manchete do dia 14/12/1968 - espero ansiosamente os 50 anos deste dia em 2018 (se estiver viva até lá)mas o exemplar pode - acho - ser consultado, com muita paciência para esperar, na Biblioteca Nacional.
Tá faltando um "acadêmico" para escrever a participação da im*pren*sa pq no dia 14, sábado de manhã, já tinha cor*onel na redação da Veja do Mino.
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