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Sergio Viera de Mello (em cima) morreu no ataque ao Hotel Canal, que servia de quartel-general da Missão da ONU em Bagdá, em 19 de agosto de 2003, 5 meses depois da invasão do Iraque pelos EUA; Luiz Carlos da Costa (embaixo), 40 anos de ONU, segundo homem da missão de estabilização no Haiti, morreu com seu chefe, o tunisiano Hedi Annabi, no dia 12 de janeiro no Hotel Christopher, onde funcionava o comando da ONU no país.
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Com perfil de diplomata habilidoso, preparado e com credibilidade, Costa chegou ao Haiti tendo como tarefa resolver divergências entre o então chefe da missão, o guatemalteco Edmont Mulet [que agora volta como chefe da missão], e o comandante militar, o general brasileiro José Elito. A ONU pressionava por uma ação mais forte da área militar, e Costa serviu como ponto de equilíbrio, na opinião de um comandante militar que atuou no Haiti. (Folha, 16/1)
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Ainda segundo a Folha, "40 funcionários morreram no desabamento da sede de Porto Príncipe e cerca de 300 -- entre estrangeiros e haitianos -- permanecem desaparecidos". Eu pensaria duas vezes antes de criticar a ONU por ineficiência ou inércia, aí incluída a Minustah. Esta é uma organização em estado de choque, ela também vítima.
Dois comentários: esses cargos não dão sorte -- delira quem diz que todo diplomata sonha com eles para viver no "bem-bom"; a ONU tem que parar de armar quartel-general em hotel!
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