domingo, 17 de janeiro de 2010

Catástrofe, sim, mas com Estado

São Luís do Paraitinga ANTES...

São Luís do Paraitinga DEPOIS...

São Luís do Paraitinga LIMPANDO...


Um passeio pelo desastre


***

Nem dá para comparar, mas vale lembrar: vi duas vezes esses dias longa reportagem/documentário da Globonews sobre o desastre do Ano Novo em São Luís do Paraitinga, uma Santa Teresa em formato de município na Serra do Mar paulista, a cidade das mil festas, do carnaval de rua, terra natal de Oswaldo Cruz etc. etc. etc. Pois bem, Luiz Egypto, meu chefe no Observatório -- de onde saí em 2006 -- mora lá, e a casa dele nada sofreu porque mora no alto. Mas dois dos filhos, a sogra e as cunhadas, que moram na parte baixa, a histórica, ficaram ilhados e só foram resgatados -- sim, resgatados -- dois dias depois, em 3/1, quando a água começou a baixar. Sem luz, telefone ou internet, ele botou no ar duas edições do Observatório da casa de amigos em Taubaté. O editor-assisternte que me substituiu, o Jô Amado, perdeu tudo!

A cidade estava em processo de declaração de patrimônio histórico, processo esse que nem será cancelado apesar do estrago brutal. A diferença é que no documentário um morador diz: a cada dia vejo um lixo a menos, um sorriso a mais. Outra moradora diz: volte aqui em breve; quando voltar, você verá a cidade reconstruída.

Quem no Haiti pode afirmar isso?

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