terça-feira, 13 de julho de 2010

Era um jornal?

Li essa notícia na semana passada, mas nem liguei. Hoje, deu no pasquim. Marco comentou, Robert comentou, comenta-se no blog do Nassif.

Sinceramente? Acho melhor. Aquilo que chegava às bancas todo dia não era um jornal, era um folhetim vagaba feito por estagiários. Com todo o respeito aos estagiários. Então, morra logo. O que dói é ver essa criatura que deve a deus e ao mundo -- inclusive a mim --, um matador de empresas, um estelionatário notório obter na Justiça o direito de "comprar" empresas, destruí-las e depois ainda se gabar de que "seremos o primeiro jornal a estar apenas na internet".

Pode?

***

Jornal do Brasil deixará de circular e terá apenas versão na internet

RIO - O Jornal do Brasil, um dos mais antigos do país - que teve a sua primeira edição impressa em 1891 -, vai deixar de circular. A data para o fim da versão em papel será decidida entre quarta e quinta-feira, segundo informou o empresário [!!!] Nelson Tanure, dono da marca, nesta segunda-feira. Com dívidas estimadas em R$ 100 milhões e vendo a circulação despencar, Tanure tentou encontrar um comprador para o jornal. Sem sucesso na sua empreitada, decidiu manter o jornal só na internet. "A decisão de acabar com o papel está sendo tomada esta semana. Teremos uma decisão na quarta ou na quinta-feira", disse Nelson Tanure. Provavelmente, seremos o primeiro jornal a estar apenas na internet. É algo que está acontecendo no mundo todo".

Nesta segunda, Tanure confirmou a saída de Pedro Grossi, que ocupava a presidência do JB há apenas quatro meses: "Eu demiti o Pedro Grossi porque ele era a favor de continuar no papel".

9 comentários:

Unknown disse...

infelizmente no Brasil é assim,um sujeito como esse fala que deve 100 milhões como se fosse 5 conto,esses são os homens respeitaveis e de bem,que geram empregos(sic),que frequentam as altas rodas,eu tenho uma divida de 3.000,00 reais e não consigo crédito para comprar um celular de conta.........eu me sinto tratado nesse pais de merda,como um cidadão de segunda categoria,porem se existe um inferno me aquieto, pq no final das contas é onde crapulas como esse vão repousar para eternidade,mais que dá uma raiva dá!

mari disse...

Duvido que sejam só 100 milhões! Esse canalha chegou ao JB já tendo 800 processos trabalhistas na Cia. Docas, fora o resto que devia. O JB inteiro entrou na Justiça, venceu e ele não pagou a todos ainda! A mim deve a última prestação das contas rescisórias -- sim, porque ele parcela o pagamento! E me deve ainda FGTS de 1991 a 2001, você acredita nisso? DEZ anos de FGTS pelo teto!!! Podia acertar o futuro do meu filho, mas esse pulha impede.

sunny disse...

Fiquei triste. Alias, cada vez que passo pela Av Brasil me dá uma tristeza... Felizmente não me incluo entre os credores do Tanajura como os meus ex-colegas de redação.
Por mais que o Tanajura fale que é sinal de progresso jornal só online. quem acredita nisso? O Josa deve estar rindo as gargalhadas, vendeu a dívida trabalhista, o Tanajura não pagou e fica por isso mesmo. A condessa é que deve estar rogando mil pragas, pq, apesar de tudo, sempre respeitou a redação.

mari disse...

puxa, nem me fale! ela deve estar dando voltas, coitada!

mari disse...

Ah, Vano, apaguei os outros 3 comentários porque eram iguais, tá?

Robert Lopes disse...

O JB me deve tambem o FGTS de 1991 a 2001 e eu comendo o pau que o diabo amassou. Eu acho que isso é mais um golpe do Tanure para conseguir mais algum diante da comoção que o jornal vai deixar de circular.

Robert Lopes disse...

"seremos o primeiro jornal a estar apenas na internet" .
Não será. Eu conheço pelo menos 2. O Correio do Brasil (www.correiodobrasil.com.br) e a Tribuna da Imprensa (www.tribunadaimprensa.com.br)

mari disse...

Que ridículo se vabgloriar disso! Uma correção: no meu caso não é de 91 a 2001; lembrei que saí de 95 a 97 pra trabalhar numa empresa de comunicação. But still!

Mas não acho que seja golpe não... será?

mari disse...

Pensei agora: bem que podia surgir um bom burguês que pudesse jogar dinheiro fora e voltar a fazer um baita jornal, hein? Mas agora, nem sede tem mais...

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