sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Réquiem. Ou bye-bye forever.

Texto absolutamente genial do PH Amorim.

***
Dilma abre 20 pontos. Folha (*) descobre que Serra é uma fraude



Em 50 anos, o que ele fez?

Em 50 anos de vida pública, o que fez o Serra?

Uma obra, um gesto, uma visão, um ato de nobre ou corajosa liderança.

O que ele fez?

Nada.

O que pensa esse rapaz, se perguntou, numa sabatina na Folha (*), o filósofo Paulo Arantes.

Nada.

Serra é uma invenção do PiG (**), especialmente do PiG (**) de São Paulo.

Como diz a Veja, ele sempre foi “a elite da elite”.

Para entendê-lo, recomenda-se a leitura de “Teoria do Medalhão”, que, nos “Papéis Avulsos” do Machado, se segue a “O Alienista”…

Serra é um "aparatchik" dos conservadores.

O último dos autoritários brasileiros, como disse o José Márcio Camargo.

Serra é barriga de aluguel da elite.

Hoje, [ontem] a Folha (*) corre desesperadamente para não desmoralizar seu instituto de pesquisa que esteve sistematicamente atrás dos outros, e dá uma manchete histérica e provinciana:

"Dilma abre 20 pontos (49 a 29) e já bate Serra em São Paulo".

Só neste PiG (**) de quinta categoria é que se dá uma pesquisa de opinião pública na manchete.

Em nenhum jornal sério do mundo isso aconteceria.

Mas, aqui, nesta província que não se separou do Brasil em 1932, aqui eles se acham e compram gravatas na Daslu.

O Serra colhe o que merece.

Vai para casa corrido por um vexame.

Em opróbrio.

Ele chegou mais longe do que merecia.

Como diz esse ordinário blog há muito tempo: sem o PiG (**), os tucanos de São Paulo não passam de Resende.

O Vesgo do Pânico tem mais chance de ser Presidente que o jenio.

Agora, aparece um colonista (***) da Folha (*) para dizer que tucano e oposição pagam por inércia nos últimos oito anos.

Inércia?

Se o leitor da Folha (*) ler isso vai ficar espantado.

Como, “inércia”?, se o PiG (**) tentou o Golpe de Direita incansavelmente, com o Serra por trás, com a mão de gato?

A elite não ficou inerte, não.

Pode ter jogado a carta errada – a do Golpe.

Mas, trabalhou diariamente, obstinadamente para derrubar o que não sabe falar inglês.

Na sua infinita arrogância, a elite achou que bastava um paulista alucinado para derrotar esse operário metalúrgico.

Um alucinado contido pela racionalidade untuosa do Farol de Alexandria: seria uma moleza derrotar o nordestino.

A elite não percebeu o que se passava à sua volta.

A elite de São Paulo foi atropelada pela Classe C do Lula.

O Serra só tem uma bala na agulha:

A baixaria.

Um misto de Eduardo Jorge com Ali Kamel.

O mensalão, a pilha de dinheiro do delegado Bruno, a omissão do desastre da Gol … nada disso colou em 2006.

Não vai colar agora.

Bye-bye Serra forever.

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

4 comentários:

Rubens Ghidini disse...

F A N T Á S T I C O.

mari disse...

é mesmo, demais. que síntese de uma "obra"!

Cissa Branco disse...

Mari,

Estou aqui batendo palmas.

Por aqui não chegam muitas informações, jornais impressos só se for para colocar na casinha do cachorro, televisão aberta parei de assistir há anos, globo não entra na minha casa de jeito nenhum. Precisa ver quando vamos em algum lugar e as mulheres começam a falar de novelas e eu digo que não assisto... Nessas horas, tenho certeza que se tivesse cometido assassinato não seria julgada tão severamente como sou por elas, mas...
Quanto aos cemitérios e crematórios, isso, infelizmente, não é novidade, a única coisa que não entendo é como criaturas como essas que tem seus nomes ligados a todos os tipos de crimes continuam em liberdade e usufruindo de benefícios e poderes.
Beijos

mari disse...

Cintia, inverta a situação! Trate-as como criminosas por assistirem a esses shows de horror, que rotulam as pessoas, destroem as identidades culturais regionais, pasteurizam os comportamentos, mantêm cada uma delas reféns de roteiros fúteis e alienantes, com atores péssimos que nem respirar sabem!

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