sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Poesia sob a chuva

Lá fora, a chuva não desistia: mais de três horas ininterruptas e nenhum sinal de que fosse parar. O trânsito era um nó. Hoje, poucos lugares deveriam ser tão inconvenientes quanto aquele: o Ministério da Defesa fica atrás da Casa Rosada, de onde o corpo sairia em algumas horas para ser levado ao aeroporto. A reunião que parecia não ter fim terminou, era agora jogar-se à rua, encontrar um taxi e esperar horas para sair dali. "Porra, que merda, e ainda por cima está chovendo!" Como em resposta aos meus pensamentos, Raúl Garré, chefe de Gabinete - e irmão - da Ministra da Defesa, com ar de quem encontrara a frase certa: "Ayer fue conmovedor ver a la gente que fue a despedirse del Presidente Kirchner; hoy el cielo se puso negro y hasta el tiempo llora"...

(meu amigo de Buenos Aires)

Por sinal, é incrível: o Clarín tem cobertura estrondosa, mas não mostra o povão na rua! A imagem é do Página12, o fotógrafo é Rafael Yohai.

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