domingo, 28 de fevereiro de 2010

Síndrome de viciado

Depois de congelar nas pistas de Whistley, de me estabacar ladeira abaixo na Cypress Mountain, de tomar 500 takeouts no curling, de quebrar as costelas no esqui e os dentes no hóquei, de arrastar o traseiro no Pacific Coliseum e levar muita rasteira no Richmond Oval, já começou a minha síndrome de abstinência. 

Acabou o esqui cross-country. Mais uma para o gigante norueguês Peter Northug, 50 quilômetros subindo e descendo montanhas em cima de esquis ridiculamente finos e instáveis, nossa! O Canadá está com 13 medalhas de ouro, o maior desempenho de um país-sede das Olimpíadas de Inverno (pô, li isso ontem no Vancouver Sun e o garoto do Sportv2 acaba de dar a informação).

Está para começar a última competição dos Jogos de Inverno, a final do hóquei masculino entre Canadá (se vencer, mais um ouro!) e Estados Unidos. Essa rivalidade corresponde mais ou menos a Brasil e Argentina em futebol.  
  
Marco disse ontem que não vai ser fácil passar sem o curling... De fato, o curling virou uma cachaça, não perdi uma partida. Umas das cenas mais emocionantes desses 15 dias foi a final masculina do curling, no sábado, entre Canadá e Noruega. Faltando 3 pedras para o fim da partida, a torcida maciçamente bestida de vermelho pressentiu a vitória e começou a cantar Oh, Canada, o hino deles, lindo por sinal. Os jogadores na pista ficaram com os olhos vermelhos e não decepcionaram. 

O que farei da vida sem as Olimpíadas de Vancouver? Buááá...

VIXE!!!

Deu na Folha impressa. A Folha Online nem dá na capa, só nas internas!

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Vantagem de Serra sobre Dilma baixa para 4 pontos

Em cenário com Ciro, tucano cai 5 pontos e vai a 32%, e petista sobe 5, para 28%; candidato do PSB tem 12% e está estagnado, assim como Marina Silva, do PV, que mantém o patamar de 8% do levantamento anterior

Fernando Rodrigues

A pré-candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff, registrou crescimento de cinco pontos percentuais na sua taxa de intenções de voto de dezembro para cá. Atingiu 28% e encurtou de 14 para 4 pontos percentuais a distância que a separa de seu principal adversário, José Serra, do PSDB, hoje com 32 %. Esse é o principal resultado da pesquisa Datafolha realizada nos dias 24 e 25 de fevereiro, com 2.623 pessoas de 16 anos ou mais. Confirmou-se a curva ascendente de Dilma, não importando o cenário nem quais são os candidatos em disputa. Apesar do crescimento da petista, é impreciso dizer que o levantamento indica um empate estatístico entre Dilma e Serra. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os dois só estariam empatados tecnicamente em 30% na raríssima hipótese de o tucano estar no seu limite mínimo e sua adversária no limite máximo, segundo a estatística Renata Nunes, do Datafolha. "A proximidade entre os candidatos é algo visível, mas mais importante nessa pesquisa é mostrar as curvas de alta da candidata do PT e de queda do candidato do PSDB -considerando os levantamentos anteriores", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. No cenário no qual Dilma está com 28% e Serra com 32%, Ciro Gomes (PSB) tem 12%. Marina Silva (PV), 8%. Os que votam em branco, nulo ou nenhum são 9%. Indecisos, 10%.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Terrremoto brabo, mas "com" Estado

Que diferença com o Haiti... a Reuters já fotografou máquinas limpando em Santiago. Muitas imagens mostram policiais e bombeiros em serviço. Até o presidente eleito, que toma posse em 11 de março, já falou à TV. Bachelet disse que não precisa, por enquanto, de ajuda internacional. O embaixador chileno em Washington, José Goñi, está dizendo à CNN que o país é socialmente desenvolvido e está preparado para tais emergências. O do Chile foi de 8.8, ou seja trocentas vezes mais forte que o do Haiti em 12 de janeiro, de 7.0 (15h30 e acabo de ver na Fox News: foi 500 vezes mais forte). A BBC tem um vídeo incrível do tremor! O nome é "CCTV captures moment earthquake hit Chile".

O que mais impressiona é pensar na extensão percorrida pelas ondas de choque, que saíram da costa central chilena, atravessaram a Argentina e chegaram a São Paulo, a ponto de a Defesa Civil paulistana receber 100 chamados de pessoas assustadas com o tremor! O site do United States Geological Survey tem uma página interessante (Did you feel it? Tell us), justamente para que gente mais ou menos distante do epicentro informe se sentiu o tremor. Eu estava acordada às 3h30, mas nada senti...

Agora, é aguardar se o alerta de tsunami do NOAA se justifica. O primeiro perigo é para o Havaí, monitorado pelo Pacific Tsunami Warning System, depois o West Coast/Alaska Tsunami Warning Center (essa página não estava carregando às 14h). As ondas de choque precisam atravessar a massa d'água do Pacífico, não é incrível?
O número 1 é a costa chilena. O 3 é o Havaí onde, segundo a CNN, as sirenes estão soando a cada meia hora para que a população sarte fora; 2 são as ilhas japonesas de Ryukyu e 4 é a fronteira litorânea Rússia-China.

Pensamentos imperfeitos # 4

Sempre detestei os títulos que distribuidores/tradutores dão aqui aos filmes estrangeiros. Estava fuçando El País e vi que The Hurt Locker (trailer aqui) na Espanha se chama En terra hostil. Também é ruim, nada a ver com o título original, que quer dizer mais ou menos "o trancador do mal" -- o sargento que é o personagem principal, por sinal um louco sensacional (e baita ator!), coleciona os detonadores das bombas que desarma, as coisas que causam mal --, mas é bem melhor do que "Guerra ao terror", como aqui, não? É ridículo, simplesmente ridículo! Avatar, esse Titanic do século 21, que até deve ser um bom filme de se assistir, nao nego, com certeza vai levar todos os prêmios. Mas The Hurt Locker merece. Visão inteiramente diferente da guerra, das motivações dos americanos, baba-ovismo nenhum. Filme maravilhoso. Por sinal, os hotsites do País são sempre belos. Olha só o do Oscar.
Fiquei muito triste em saber que El País está cheio de dívidas. Se o jornal seguir a manada nesse precipício da mídia impressa vai ser uma tragédia, pelo menos pra mim.

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O PiG agora se dedica de corpo e alma a mostrar que Lula é antidemocrático por ser amigo de Cuba. O movimento dos dissidentes cubanos -- que, na minha humirde, é total e profundamente legítimo, porque eu quero mais é que o circo pegue fogo nos países que não adotam a chamada democracia burguesa, ou a esquerda vai ficar ouvindo eternamente os argumentos de A*li Ka*me*l e asseclas -- não sai da Globonews. O que significa que não sai da grobo. Haja! Mas o Lula vai sempre lá, e nisso mostra independência da crítica. Por que não no resto, me explica???

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Deu no Blog da Petrobrás
Com a perfuração de um único poço (6-BR-63A-RJS), a Petrobras descobriu duas novas acumulações de petróleo em reservatórios localizados na Bacia de Campos, uma no pós-sal e outra no pré-sal. O poço exploratório foi perfurado na área de concessão de produção de Barracuda (veja o mapa), a cerca de 100 km do litoral do Estado do Rio de Janeiro, em águas onde a profundidade é de 860 metros. A Petrobras já tem estrutura de produção e escoamento instalada na área.


Nossa, nem vi nada disso na TV!!!!

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Não entendo repórter que trata Antártica de Antártida. (Só o Romildo Guerrante e o Mauro Malin vão me entender).

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Baile funk comendo solto. Santa Teresa é a região da cidade que mais odeia o silêncio.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Por que me envergonho da profissão

Azenha, do Viomundo, resume em longo artigo a tragédia da imprensa brasileira.

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Assim é se lhe parece

Atualizado em 25 de fevereiro de 2010 às 21:15 | Publicado em 25 de fevereiro de 2010 às 01:19

por Luiz Carlos Azenha

Jornalismo não é Ciência exata. Jornais erram. Jornalistas erram. Erros admitidos e reparados, tocamos em frente. Às vezes o erro tem consequências gravíssimas, como no caso paradigmático da Escola Base. O famoso "espírito de manada" muitas vezes contribui para que pecados originais de pequena dimensão se agravem. O espírito de manada funciona assim: por decisão superior ou por interesse próprio, um jornalista decide "repercutir" uma notícia que dá como fato, sem fazer a confirmação independente daquela informação. Corre o risco de repercutir o erro. De ampliar o erro. De reproduzir a premissa falsa. Já vivi essa situação, "repercutindo" reportagens da revista "Veja", na TV Globo: é como se você validasse um bilhete premiado sem ter tido a oportunidade de confirmar antes a premiação.

Assim se deram algumas das grandes "crises" que o Brasil enfrentou desde que o governo Lula se instalou no poder, como o "caos aéreo", a "epidemia de febre amarela" e a "gripe suína". Má fé, incapacidade técnica, preguiça, preconceito ideológico e a crença de que a mídia deve ser "de oposição" a qualquer custo, mesmo que ao fazer isso atropele a verdade, levaram a mídia corporativa a exagerar, distorcer ou repercutir acriticamente informações que, mais tarde, se demonstrou serem exageradas ou simplesmente fictícias.
No episódio da febre amarela, por exemplo, o texto-símbolo em minha opinião foi o "Alerta Amarelo", de Eliane Cantanhêde, da Folha de S. Paulo, em que a jornalista incentivou todos os brasileiros a correr para o posto de saúde e tomar a vacina, independentemente das contra-indicações existentes.

Tem muito, muito mais. A íntegra está aqui.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Política popular

Rola atualmente um rap do arruda...



... que nem é "tombom", mas também rola o parangolé "Rebolation". Que começa com o pilantrão do Eneas, mas, por quem sois? Sois rei?



Pelo menos, né?

Aviso que desconheço a origem dos dois. Se algum deles for da Ku Klux Klan ou assemelhado me informem, por caridade, que retiro do ar right away, ok?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mais sobre Israel “rogue nation”

De bombas de fósforo a roubo de passaportes: há algum crime que Israel não cometa?!

Justin Raimondo, Anti War, 19/2/2010; tradução: Caia Fittipaldi

Quando o mundo afinal decidirá que Israel foi longe demais – e porá fim a tantos desmandos?

Quando Israel invadiu e começou a ocupar territórios palestinos, impondo ali um regime em tudo semelhante ao apartheid da velha África do Sul, o mundo fez que não viu nem ouviu. Afinal, Israel estaria lutando para sobreviver e, além disso, havia conversações de paz em andamento. O supliciamento diário dos palestinos talvez fosse só temporário, uma espécie de mal inevitável, talvez até necessário, porque tudo parecia ter alguma espécie de vago prazo de validade, com data marcada para terminar, quando, afinal, se assinaria um acordo de paz.

Quando já era evidente que a paz não passava de quimera, e que continuavam invasões e roubos de terra palestina para instalar assentamentos – de fato, sempre foram colônias exclusivas para judeus e ocupação patrocinada por Israel – e tornar irreversível a ocupação, o mundo outra vez fez que não via nem ouvia.
Afinal, todos sabiam que Netanyahu tinha de enfrentar eleitorado israelense cada vez mais direitista, e seu governo estava por um fio: ninguém esperava que o presidente Obama endurecesse com Telavive; assim, ninguém se surpreendeu quando deu em nada a tentativa, de Obama, de pôr fim à construção de colônias ilegais em terras palestinas. Pelo que se viu, nem Obama estranhou muito.

O bombardeamento e o continuado bloqueio de Gaza, os bárbaros ataques contra o Líbano e as repetidas violações de direitos humanos fartamente documentadas no Relatório Goldstone, tudo isso comprometeu consideravelmente a imagem de Israel, mesmo entre os seus mais obcecados apoiadores. Israel é hoje considerado “Estado terrorista”, “rogue nation”, nação bandida, pelo menos fora dos EUA. Uma das principais razões para essa mudança no modo como o mundo vê Israel tem a ver com as atividades do Mossad, o Instituto encarregado de ações no exterior e de parte significativa dos serviços de inteligência de Israel.

Com reputação de ser capaz de cometer qualquer tipo de crime, só superada pela da velha KGB, os serviços israelenses de inteligência são conhecidos pela crueldade e pelas táticas pouco ortodoxas. Houve tempo em que essa reputação valia como vantagem na guerra da propaganda: a ação dos espiões israelenses em Entebbe foi convertida em filme de sucesso. Mas, de serviço encarregado de resgatar reféns, o Mossad está hoje convertido em agência de assassinatos em solo estrangeiro, como se viu recentemente em Dubai, onde o Mossad assassinou Mahmoud al-Mabhouh, comandante militar do Hamás.


História arrepiante!



Página 12 (com Redação Carta Maior)

A Associação das Avós da Praça de Maio apresentou nesta terça-feira (23) numa coletiva de imprensa todos os detalhes que permitiram recuperar o neto 101, que durante mais de 30 anos foi privado de sua identidade por seus apropriadores. Francisco Madariaga Quintela é filho de Silvia Mónica Quintela, sequestrada e assassinada no centro clandestino de detenção Campo de Maio. Seu pai, Abel Pedro Madariaga, conseguiu sobreviver e, depois de voltar do exílio, uniu-se à Associação das Avós para iniciar pessoalmente a busca de seu filho, no que constitui um caso inédito neste tipo de investigação. Enquanto isso, o responsável pela "adoção", o capitão aposentado e ex-carapintada Victor Alejandro Gallo, foi detido na sexta-feira.

Continua aqui, na Carta Maior.

Embora sem destaque, o Clarín deu a notícia em matéria grande e detalhada, apesar do caso cabeludo com sua proprietária, Ernestina Herrera de Noble, presa em 2002, aos 77 anos, por adoção ilegal: todas as provas que apresentou eram forjadas. Seus dois filhos "adotivos", Marcela e Felipe Noble, alegando "prejuízo psicológico" -- ou seria financeiro, já que são herdeiros de enorme fortuna? --, por anos se recusaram a fazer os testes de DNA que comprovariam sua origem. As Abuelas obtiveram da Justiça mandado para exames compulsórios, só cumprido em dezembro de 2009, assim mesmo de forma e em local irregulares. O juiz Berghesio, responsável pelo caso, é tido como cupincha de milicos e poderosos. Em janeiro, os resultados ainda não tinham sido comparados. A mídia argentina finge de morta na cobertura deste caso em especial. A todo-poderosa Ernestina, aos 85 anos, ainda mantém juiz e jornalista comendo na sua mão.

Há uns 500 casos de crianças sequestradas. Dos 101 encontrados, 14 preferiram ficar com os pais adotivos. Os demais sempre se sentiram "corpos estranhos" nas famílias adotivas e optaram por viver com os avós -- a maioria dos pais foi assassinada pelos torturadores.

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Que inveja. Só os brasileiros continuam sob a repressão, impedidos de lamber as feridas. Será que a Dilma resolve isso?

E tome desespero


Esse último tópico é hilário. Pasquim xexelento. Copia da Folha e nem sequer apura.

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NASSIF
23/02/2010 - 16:12
Eletronet: a denúncia não se sustenta, rebatida antecedida de vários posts esclarecedores.

Já nem me espanto mais. Sinto apenas vergonha de ter sido jornalista um dia.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Vitórias-régias na Amazônia, certo?

 

Errado, são do  Kenilworth Aquatic Gardens em Washington, DC. Victoria Amazonica water lily, como eles chamam, é nativa da bacia amazônica. Infelizmente, não informam como conseguiram as sementes, se foi presente do Brasil ou algo parecido. O parque tem um jardim aquático com várias espécies. Tirei a foto do CIA Fact Book.

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A bloga em momento floral.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Post histórico do Nassif

Serra e o fim da era paulista na política

"A decisão de desviar todos os recursos para o Rodoanel provocou o segundo maior desastre coletivo, produzido por erros de gestão, da moderna história do país: o alagamento de São Paulo devido à interrupção das obras de desassoreamento do rio Tietê. O primeiro foi o “apagão” do governo FHC."
Leiam a íntegra aqui. Imperdível!

Anúncio espetacular da BBC

Estou acompanhando os jogos de Vancouver. Quem dera fossem emocionantes assim!



Clique duas vezes para ver maior no youtube.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Amanhã no PiG

Lula afirma que não pretende voltar em 2014

Em entrevista exclusiva ao Estado, presidente fala da expectativa em eleger a ministra Dilma Rousseff sua sucessora. O presidente respondeu com números às críticas da oposição sobre inchaço da máquina pública.

"A cada 100 mil habitantes, o governo federal tem 11 cargos comissionados. O governo de São Paulo tem 31 cargos por 100 mil habitantes".
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Toma!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

VIXE!!!!!

Ibope: Dilma sobe 8 pontos; Serra cai 2
18 de fevereiro de 2010 - 10h58

Pesquisa Ibope/Diário do Comércio, divulgada nesta quinta (18), mostra que a diferença de intenção de votos entre os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) diminuiu ainda mais. De acordo com a sondagem, Serra, que em dezembro tinha 38%, agora caiu para 36%. Já Dilma, passou de 17% para 25%. Significa que o tucano perdeu dois pontos percentuais, enquanto a petista subiu oito, confirmando uma tendência já resgistrada pesquisas anteriores de outros institutos.

Na sondagem do Ibope, que foi realizada entre os dias 6 a 9 deste mês, está clara a polarização entre Dilma e Serra, uma vez que o deputado federal Ciro Gomes (PSB) aparece em terceiro lugar com 11%, seguido da senadora Marina Silva (PV) com 8%. O percentual de votos brancos e nulos somou 11% e dos que disseram não saber em quem votar atingiu 9%. No levantamento anterior, divulgado em 7 de dezembro, Ciro Gomes aparece com 13% dos votos e Marina Silva com 6%.

A nova pesquisa ouviu 2.002 eleitores em 144 municípios de todo o país e um nível de confiança de 95%. A margem de erro é de 2% para mais ou para menos.

No cenário sem Ciro Gomes, a pesquisa Ibope/Diário do Comércio aponta José Serra com 41%, Dilma Rousseff com 28%, Marina Silva com 10%, brancos e nulos 12% e não sabem ou não opinaram 9%. Já na simulação de um eventual segundo turno entre José Serra e Dilma Rousseff, o tucano aparece com 47% e Dilma registra 33%. A maior rejeição apontada pela pesquisa é de Ciro Gomes, com 41%, seguido de Marina Silva com 39%, Dilma Rousseff com 35% e José Serra com 29%.

O povo quer continuidade

A pesquisa Ibope/Diário do Comércio avaliou também o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para 47% dos entrevistados, a administração de Lula é boa, para 29% é ótima, para 19% é regular, para 3% é péssima e para 2% é ruim.

A mostra indagou ainda o que os eleitores gostariam que o próximo presidente fizesse. Do total de entrevistados, 34% querem a total continuidade do atual governo, 29% querem pequenas mudanças com continuidade, 25% querem a manutenção de apenas alguns programas com muitas mudanças e 10% querem a mudança total do governo do País. Para 78% dos entrevistados, o presidente Lula é confiável, enquanto 18% disseram não confiar no presidente.

Vermelho, com agências

Castelos esfarelados

Tenho acompanhado com extremo interesse as matérias sobre o assassinato em 20 de janeiro de Mahmoud al-Mabhouh, um dos chefões do Hamas, num hotel de luxo em Dubai -- um plot digno dos mais excitantes filmes de espionagem, os meus favoritos. As melhores estão no Haaretz que, apesar de sustentar a "inocência" de Israel no episódio, reúne as informações da imprensa europeia e americana, interessadas no escândalo porque suspeita-se (hehehe) da colaboração de muitos governos (EUA, Reino Unido, França, Irlanda, Alemanha, Áustria) com os israelenses na eliminação de inimigos de Israel. Coisa que livros e filmes sempre mostraram, mas os governos negam.

Isso é que é interessante: em vez de esconder os detalhes, como a maioria dos governos faz, Dubai expôs nomes, fotos, vídeos, países de origem, trajetos de chegada a e partida de Dubai dos 11 suspeitos do assassinato, enfim, abriu o jogo de tal forma que esses países estão doidinhos negando tudo. Cidadãos aparentemente inocentes cujos nomes e passaportes foram usados pelos agentes-assassinos estão indignados, negando que tenham estado em Dubai! Crazy! A Irlanda garante que os 3 passaportes irlandeses usados são falsos. Mas uma fonte de Robert Fisk (ver abaixo) diz que os documentos britânicos são legítimos...

Pelo jeito, o erro do Mossad e aliados, desta vez, foi cometer o crime num país que não é inimigo do Hamas. Dubai não quer nem saber, dedura tudo e provoca um tremendo bundalelê na seara secreta dos "alidos". E haja cara de pau pra negar tudo.

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ASSASSINATO DO LÍDER DO HAMAS
Explicações inglesas viciadas. É hora de falar claro
Robert Fisk, The Independent, 18/2/2010

Tradução: Caia Fittipaldi
    Colusão [■ substantivo feminino. Rubrica: termo jurídico. 1) concerto entre partes para enganar e prejudicar terceiros; conluio; 1.1) dolo das partes que litigam, simuladamente ou não, com o fim de enganar o juiz ou em prejuízo de terceiros (Dicionário Houaiss, em http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm?verbete=colus%E3o&stype=k&x=15&y=13)]. A palavra é essa. Colusão.
Os Emirados Árabes Unidos suspeitam – atenção: até agora, nada está provado – que a “colaboração para segurança” entre Europa e Israel ultrapassou os limites da legalidade, agora que pode ter acontecido de passaportes britânicos (e de outros países da União Europeia) terem sido usados para mandar agentes israelenses ao Golfo com a tarefa de matar inimigos de Israel.

Ontem à tarde, às 15h49 (horário de Beirute; 13h49 em Londres), meu telefone libanês soou.

Era uma fonte – impecável, conheço-o bem, fala com a autoridade que sei que tem em Abu Dhabi –, para dizer que “os passaportes britânicos são autênticos. Não são falsificações. Há os hologramas com o selo biométrico. Não são falsificações. Os nomes lá estão. E, se o holograma ou o selo biométrico foram falsificados, sabe-se de onde saíram.”

A voz – conheço bem o homem e a voz – quer falar. “Há 18 envolvidos no assassinato de Mahmoud al-Mabhouh do Hamás. Além dos onze já conhecidos, há também dois palestinos que estão sendo interrogados; outros quatro e uma mulher. A mulher fez parte do grupo que vigiou o lobby do hotel.”

Duas horas depois, chega um SMS ao meu telefone de Beirute, de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. É a mesma fonte.

“HÁ MAIS UMA COISA,” diz a mensagem em letras maiúsculas, e continua em letras minúsculas: “A sala de comando da operação foi montada na Austria (sic, de fato, tudo é sic, nesse relatório)... o que significa que, quando estavam aqui, os suspeitos não falavam uns com os outros, mas através da sala de comando, em linhas separadas para não serem detectados e para não se conhecerem ou ligarem-se uns aos outros (...) mas foram detectados e identificados OK??” “OK?” pergunto eu!

Minha fonte está ao mesmo tempo zangado e ansioso; e insiste: “Mandamos detalhes dos 11 nomes para a Interpol. A Interpol fez circular as informações em 188 países – mas por que os britânicos não alertaram as demais nações de que esses nomes têm passaportes ingleses?” E muito mais estava chegando.

“Identificamos cinco cartões de crédito em nome dessas pessoas, todos emitidos nos EUA”. O homem não deu as nacionalidades dos outros cinco cidadãos da União Europeia – de fato, há duas mulheres envolvidas no assassinato de Mabhouh. Disse que há países da UE que colaboram com os Emirados Árabes Unidos, entre os quais a Grã-Bretanha. “Mas  nenhum dos países com os quais já falamos notificou a Interpol sobre os passaportes. Por que não?”

A fonte insistiu que um dos nomes num dos passaportes – o nome de um homem que nega saber sobre o uso do passaporte – viajou de fato com ele à Ásia (provavelmente à Indonésia) e a países da UE durante o ano passado. Os Emirados Árabes têm prova de que um cidadão norte-americano entrou nos EUA em junho de 2006 com passaporte britânico emitido em nome de um cidadão britânico que já estava preso nos Emirados. Os Emirados lembram também que o passaporte de um agente israelense enviado à Jordânia para matar um líder do Hamás era genuíno passaporte canadense emitido para um canadense-israelense de dupla nacionalidade.

As agências de inteligência – que, na humilde opinião desse correspondente são quase sempre bem pouco inteligentes – usam há muitos anos passaportes falsificados. Oliver North e Robert McFarlane viajaram ao Irã (para tentar a libertação dos reféns norte-americanos no Líbano), usando passaportes que haviam sido roubados da embaixada irlandesa em Atenas.

Mas as novas informações que chegam dos Emirados Árabes Unidos assustarão alguns governos europeus e podem deixá-los sem ar. Em todos os casos, melhor que tenham respostas na ponta da língua para as questões que surgirão. Os serviços de inteligência –árabes, israelenses, europeus ou norte-americanos – sempre têm atitude de extrema arrogância em relação àqueles dos quais querem manter-se escondidos. Assim sendo, como os árabes conseguirão investigar a participação do Mossad nesse atentado? Só o tempo dirá. Veremos.

Colusão é palavra que os árabes entendem bem. Faz lembrar a guerra de Suez em 1956, quando Grã-Bretanha e França cooperaram com Israel para invadir o Egito. Londres e Paris sempre negaram participação no golpe. Mentiram e mentem.

Mas para um país do Golfo Árabe que suspeite que seus ex-senhores (que suspeite dos britânicos, para falar bem claro) estejam envolvidos no assassinato de alto representante do Hamás e hóspede do Estado, a coisa pode ter ultrapassado os limites do suportável. E há muito mais nessa história, que logo virá à tona. Agora, esperemos para ver que resposta aparecerá, se aparecer, da Europa.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Adeus, Sapucaí

Nunca diga que chegamos ao fundo do poço, porque o poço pode sempre ser mais fundo. Tentei ontem, domingo, acompanhar o desfile das escolas de samba. Não consegui. Via ao mesmo tempo os jogos de inverno em Vancouver, e decidi lá ficar, mesmo quando começou a patinação artística, que acho um saco. Os competidores fingem que são artistas, e não atletas -- o que de fato são, mas se enchem de trapos vaporosos, quilos de maquiagem, ao som de músicas melosas. Tem quem goste.

Mas tentei ver a Unidos da Tijuca. Desculpem se confundo as coisas, mas era tanto, tanto besteirol que não sei em que momento desisti. Tiraram o Cleber Machado, oba!!! O cara nada sacava de carnaval, escolas de samba, Rio, história geral e do Brasil. Nada. Mas tiraram também a Maria Beltrão, que salvava a transmissão pelo menos no áudio -- na imagem, a transmissão da Globo é um desastre. Nunca aprenderam a mostrar o desfile de uma escola. O narrador fala algo e a imagem NUNCA corresponde, não há como, jamais.

Bem, voltando. Tentava ver, suportando aqueles efeitos especiais patéticos da Globo -- ela deve achar o desfile paradão, então "anima" a coisa, meu deus... Aí ouvi um diálogo assim: "Porque o escorpião é traiçoeiro, você sabe". Resposta: "É, o escorpião é traiçoeiro". E assim era, um diz uma frase, o outro repete igualzinho!!!! Não podia continuar, né? Mas insisti, voltei outras vezes, e era o tempo todo assim: "Eles são casados"; "É, eles são casados".

Minha nossa, Luís Roberto (que acho simpático, mas não tem recurso intelectual algum) e Glenda Koslovski (nossa, que burrinha, não posso dizer outra coisa), que os céus nos protejam. Fui.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A Segunda Guerra não acabou

Estreia em março na HBO The Pacific, dos mesmos realizadores de Band of Brothers (2001), uma das melhores minisséries de todos os tempos e, segundo li, o mais vendido DVD de TV da história. Vejo toda vez que passa. A partir de quarta, por sinal, BoB reestreia no Max Prime (canal 76 da Net), às 23h. Antes, porém, às 21h30, teremos o sensacional documentário We Stand Alone Together (2001), com os velhinhos sobreviventes da Easy Company, companhia de paraquedistas que comeu o pão que o diabo amassou na Europa ocupada pelos nazistas, filmagens de época e tomadas nos locais de combate. É muito emocionante (o título do documentário, aliás, dá nome ao episódio 5 de Band of Brothers). Eisenhower decidiu, pela primeira vez na história das forças armadas americanas, condecorar por heroísmo uma companhia inteira. Quisera eu ver filmes e séries sobre nossos pracinhas, que também foram heroicos, e sem o treinamento da Easy Company.

Estou ansiosa por The Pacific. Vejo o que quer que apareça diante dos meus olhos sobre essa guerra. Até hoje acompanho Combate, no TCM, visto e revisto mil vezes. E parece que Tom Hanks e Steven Spielberg também são assim. Desde que fizeram O resgate do soldado Ryan, em 1998, nunca mais se desligaram da mais terrível das guerras, produzindo os títulos que cito aqui e outros. Spielberg já tinha feito a Lista de Schindler (1993). Hanks patrocina o Museu Nacional da Segunda Guerra Mundial em New Orleans.

Essa expressão, "band of brothers", vem de Henry V, de Shakespeare. Aparece num discurso do rei antes da batalha de Agincourt (1415), na Guerra dos Cem Anos:

And Crispin Crispian shall ne'er go by,
From this day to the ending of the world,
But we in it shall be remembered-
We few, we happy few, we band of brothers;
For he to-day that sheds his blood with me
Shall be my brother

Para Alberto Dines, a Segunda Guerra não acabou. Em outra postejada pretendo explicar o porquê e falar da obra-prima que o Observatório da Imprensa na TV produziu: 70 anos da 2a Guerra Mundial. São 4 episódios: A mídia vai à guerra; Hollywood de uniforme; O Brasil e a tentação totalitária e Refugiados no país do futuro. Meus amigos, é demais!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O início do fim

O Carnaval já vai acabar, que bom! É o que me anima, porque depois que começa acaba logo. Duro é esperar: ensaios no Sambódromo quase todo dia, pré-folia de blocos aqui no Largo, bailes funk a toda hora.

Mas agora já é Carnaval. O Céu na Terra fez seu último desfile hoje de manhã, o Aconteceu acaba de ir embora, quinta foi o último ensaio do Badalo. Se sair tudo como previsto, o Largo estará em paz até o ano que vem. Basta aturar o Sambódromo hoje, domingo, segunda e sábado, e pronto! Ufa! (O problema não é o samba, são os fogos a cada escola que entra!)

Precisam ver no que se transformou Santa. Todo mundo aluga o banheiro. Até o zelador aqui do prédio vende por 2 reais o xixi na casinha vazia do porteiro. Que fica a 2 metros da minha janela. As garotas conversam, os rapazes gritam. Impressionante! Tive que ver Chelsea x Cardiff no volume máximo. E todos escolhem este lugarzinho sossegado, no fundo do prédio -- e por isso mesmo me mudei do 301 pro 102 -- pra falar ao celular. Todas se chamam Carol, e falam com suas amigas também Carol, indicando onde fica o Largo. Eles se chamam todos Tiago, e os interlocutores idem. Foi um tal de Carol, aqui é a Carol, você vem? E aí, mané, cadê tu? Pô, é o Tiago! Pô, Tiago, vê se levanta essa bunda da cama e vem pra cá, tá sinistro!

aiai...

Mas tá acabando.

Estou tentando ver, mas...

..., que filme insuportável. A vida do cara é tediosa, da farra à beatice. O ator não é bom, ao contrário do que dizem. Na juventude então, obviamente velhão para o papel, é patético. Richard Dreifuss não entende o personagem e tenta dar seriedade a Dick Cheney!!! Pobreza. Péssimo, péssimo, não consigo me concentrar: jogo freecell, dou umas postejadas e a coisa não anda. Acho que é a quinta vez que tento ver. Só continuo dando uma olhada porque é muito difícil pra mim jogar um filme fora. Quando eu ia ao cinema era mais fácil: levantava da cadeira e ia embora.

***
Aliás, tirei este sábado para rodar filmes que estão há séculos aqui na pasta de downloads ocupando espaço e não me animava a ver. O W. foi pra lixeira mesmo, não aguentei. Aí peguei Watchmen. Já estou nos 10 minutos e tá russo de aguentar. Malamalamala. Papo furadão, infantil. Em meio ao palavrório bobinho, Bob Dylan martela uma das músicas mais malas dele. Esses primeiros minutos me lembram os dilemas dos anos 60 entre hippies e comunas. Não tenho mais idade pra isso. Pode ser profundo pra quem marchou contra a Guerra do Vietnã, mas tem uma parte do mundo que foi um pouquinho além disso e não suporta mais esse blablabá. Uma cena que busca impacto -- e é ridiculamente não impactante -- é a daquela carinha amarela sorridente manchada de sangue. Imagina o impacto... 
Bleargh!

Escrevi ao Marco perguntando se melhora. São 2 arquivos de 700 Mb, pô! Dependendo do que ele disser, vai pro lixo também.

PS: Nem esperei o Marco. Vi mais 10 minutos e foi pro lixo. É um besteirol INDEED!!!

***

Ontem vi Sherlock Holmes. JUST GREAT!!! Os puristas, dizem as sinopses, estão pálidos com as transgressões de Guy Ritchie, mas aposto que o Conan Doyle bate palmas do túmulo: o personagem dele é tão complexo que dá até pra filme de ação moderno. As locações são fantásticas, uma representação de Londres simplesmente magnífica: a gente vê, não apenas imagina, aquela sujeira toda que gerava tanta epidemia na virada do 19 pro 20. Fotografia fora de série! As lutas -- e a preparação dos golpes na cabeça de Holmes -- são sensacionais. Robert Downey Jr. é perfeito, um British accent delicioso. O Dr. Watson de Jude Law, lindo e gostoso, totalmente diferente dos livros de Doyle, é outro feito do autor. Não percam!

Aloprados + PiG = tédio

Vi na Globo News a primeira matéria sobre a reação do Lula pós-prisão do Arruda. Era ao vivo. A repórter, despreparadinha como a maioria, não achava as palavras certas e mancava na construção das frases. Segundo ela, um alto funcionário do Planalto lhe dissera (ou à imprensa) em off que Lula soubera do pedido de prisão preventiva pela web, confirmara com duas autoridades do governo, ficara "abatido" por se tratar de um governador e pedira à PF para "não expor Arruda" quando o prendesse.

Vendo a matéria pensei: aposto que vão dizer que o Lula ficou abatido com a prisão do Arruda. A intenção do "alto funcionário", cuja "informação" foi repetida ao longo de todo o dia de ontem na TV, obviamente era apontar que o episódio de corrupção em geral, resultando na prisão de um govewrnador, deixara o presidente abatido. Que presidente no mundo não se abateria com um vexame desses??? Mas sabia que a coisa seria distorcida.

Não deu outra. Vi no Globo Online chamada que dizia "Lula fica `abatido´ com prisão de Arruda". Nem abri, mas hoje não achei mais essa matéria (achei outra). Esperei para ver a Folha impressa de hoje e encontrei texto que ignora a "informação" do alto funcionário, mas compara a reação de Lula agora à de meses atrás, quando ele disse que imagem não prova nada ou coisa que o valha.

Bem, a manobra do PiG acabou não vingando porque Lula foi rápido e logo veio a público dizer que ficou chocado com as imagens de Arruda recebendo dinheiro etc. etc.. Mas a questão é a seguinte: quem é esse "alto funcionário"? Foi advertido? Foi demitido? Porque se trata de um quinta coluna miserento que merece demissão. Então ele não sabia que esse off capenga poderia render horrores contra o Lula no PiG? (Acho que a palavra "aloprados" é criação do PiG, mas acho perfeita.)

Por essas e outras fico temerosa. A Dilma só perde se for muita burra e fizer uma lambança atrás da outra, mas o problema são os aloprados. Eles vão fazer tudo para derrotar a Dilma, escrevam aí. Acho isso um tédio só, PQP.

EUA: presidência e conversa mole (3)

Querem reinventar Cabul

Tariq Ali, New Left Review, n. 61, jan.-fev. 201; tradução: Caia Fittipaldi

Da Palestina passando pelo Iraque até o Irã, Obama agiu como mais um fiel servidor do império norte-americano, perseguindo os mesmos alvos que seus predecessores, pelos mesmos meios, embora com retórica mais emoliente. No Afeganistão, foi mais longe, ampliando a frente de agressão, com escalada na violência tecnológica e territorial.

Quando Obama tomou posse, o Afeganistão já estava ocupado pelos EUA e forças satélites, por mais de sete anos. Na campanha eleitoral, Obama – determinado a superar Bush naquela ‘guerra justa’ – pediu mais ataques com os aviões-robôs não tripulados para esmagar a resistência afegã; e mais invasões por terra, além da invasão pelos aviões-robôs no Paquistão para interromper de vez as linhas de apoio que vinham da fronteira. Aí está promessa bem cumprida.

Nesse momento, mais 30 mil soldados estão sendo mandados às pressas para o Hindu Kush. Com eles, o exército norte-americano de ocupação chegará aos 100 mil soldados, comandados por um general escolhido por Obama em razão do sucesso de suas brutalidades no Iraque, onde suas unidades formavam uma elite especializada em assassinatos e torturas. Simultaneamente, está a caminho uma massiva intensificação do terror aéreo sobre o Paquistão.

No que o New York Times delicadamente designou como “uma estatística que a Casa Branca não divulgou”, o jornal informou aos leitores que “desde a posse do presidente Obama, a CIA moveu mais ataques com aviões-robôs, os drones Predator, contra território paquistanês, do que ao longo dos oito anos de governo do presidente Bush”[1].


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Até os argentinos sabem

No Blog do Nassif, um leitor viu a frase abaixo em matéria do Página 12:

“Cinco años después, todo se había olvidado y el ahora militante del conservador Partido Demócrata asumía nuevamente un cargo, esta vez la gobernación de la capital de la nación. Arruda depende ahora de la simpatía del Supremo Tribunal Federal, la máxima corte liderada por otro acérrimo opositor a Lula, el juez Gilmar Mendes.”

Google pior do que M$

Fiquei furiosa com o tal Buzz, recurso inocente como twitter e família ~~ entra quem quer, certo? Errado. O Google caiu me botando como seguidora ou seguida dos meus contatos mais frequentes!!! De repente me vi "seguindo" 10 pessoas, inclusive gente por cuja vida não tenho o menor interesse, embora troque e-mails com ela. Como pode um abuso desses? Os americanos estão caindo de pau e nada mais justo!!! Cândidos, os criadores desta nova (mais uma) invasão de privacidade dizem que milhões estão usando, e que fizeram melhorias atendendo a pedidos! Cínicos! Chove crítica de todo lado!

Pastei, mas consegui achar um "Fale conosco" do Google Privacy Policy e mandei um e-mail malcriadão dizendo que eles estão ficando mais nojentos do que a Microsoft. O que passa na cabeça das pessoas? Então qualquer um pode ver seus contatos mais frequentes? Onde já se viu? Puro abuso! Tomara que alguém processe e eles tenham que pagar milhões! Não é porque uso essa droga de graça que podem me expor. Prefiro então a Microsoft!

Adoro Bill Maher



***
Nova temporada se aproxima. Tomara que a HBO Plus volte a exibir.

No Ponto G do PiG

Isso é um milagre

Jobim exonera general após provocação contra direitos humanos
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciou nesta quarta-feira (10) a exoneração do general da ativa Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército. A punição veio após Maynard publicar carta onde diz que a Comissão da Verdade - criada pelo governo para investigar crimes contra os direitos humanos durante a ditadura militar (1964-1985) - seria formada por "fanáticos" e viraria uma "comissão da calúnia".

O último vagão

Surpreende um pouco ver o pasquim sensibilizado com a situação dos presos. Lembro de um procurador da saúde, Humberto Jacques, que disse:
“O trem da sociedade progride quando a gente empurra o último vagão, que é o do doente mental, que é o do presidiário” (Radis, nº 26). “Você mede o progresso da sociedade pelo grupo vulnerável, pelo mais fraco.”

Mas os comentários de alguns leitores são estarrecedores. A julgar por eles estamos mesmo na Idade Média.

***
Cabral vai resolver o problema até o fim do primeiro semestre de 2011. Até lá os presos morreram todos!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

PiG, PiG, PiG...

Viram o acintoso jornal da globo de terça? Meu deus, os caras se vangloriaram de que enormes áreas do Maranhão estejam sendo usadas para plantio de soja. O tratamento dado ao MST foi pior do que policialesco, foi de indiferença, como entulho facilmente removível.

Até quando?

QUE CLINT É ESSE????

Não percam este espetacular filme do Clint Eastwood. Sei que o roteiro vem de um livro, Playing the Enemy: Nelson Mandela and the Game That Changed a Nation, de John Carlin, mas como esse homem de Carmel tomou conhecimento dele? Que maravilha, Morgan Freeman só não leva o Oscar porque Hollywood não liga pra essas "bobagens" exógenas. E Matt Damon, show de ator!

É muito detalhe, mas acompanhe do início as cenas de mudança dos ódios no jogo final. As do carro de polícia, na rua, são impagáveis. Tão maravilhoso, quem dera fosse assim. Também preste atenção nos créditos, são fotos reais.

A África do Sul tinha um futuro... como Mandela e o CNA puderam entregar o país a Thabo Mbeki? E agora o Zuma...A resposta está provavelmente na chief of staff de Madiba. Que desperdício...

De qualquer modo, o filme mostra o poder do esporte. Isso ninguém tira de nós, os fãs. Nem que o esporte seja o rúgbi. :-))))

***

Hoje, 10 de fevereiro, o mundo comemora os 20 anos da libertação de Mandela!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Isso o PIG não explora

"O governo atual tem um líder. O meu (governo) teve um líder. O (José) Serra é um líder de São Paulo."

Essa frase do Farol é dúbia pra caramba e mostra bem o que ele pensa do candidato do partido dele: um mero líder regional! (Ele mesmo, claro, é o único líder interplanetário!) Mas isso o PIG não explora, fica na picuinha com a Dilma.

***

E não percam o Gilson Caroni:

Há alguns anos, Carlos Heitor Cony, em artigo na Folha de São Paulo, não poupou palavras para melhor definir o “príncipe dos sociólogos: "Diziam seus admiradores que FHC era uma cabeça, um intelectual, um produtor de coisas inteligentes. Sua exposição no cargo mais alto do país rebaixou-o à dimensão de um demagogo banal, incapaz de articular um argumento alem do insulto aos que não acreditam nele e o acusam inclusive de improbidade."

Isso é FHC. A exigência egóica de ser admirado o torna, paradoxalmente, um líder sem liderados. Um prócer a ser evitado em anos eleitorais. Para quem acredita que fez um grande favor ao mundo nascendo, sua irritabilidade é permanente e justificada. Afinal, deve ser duro para quem esteve no poder durante oito anos, constatar que o resto do mundo político não reconhece sua importância. Pior, o que ganha realce são os erros grosseiros de um dirigente que governou de acordo com os humores do capital financeiro.

EUA: presidência e conversa mole (2)

Em Bagdá, EUA e aliados colhem o que plantaram

Tariq Ali, New Left Review n. 61, jan.-fev. 2010
Tradução: Caia Fittipaldi

Há preocupações correntes, extremamente urgentes: as zonas de guerra que avançam cada vez mais rumo ao oriente profundo exigem toda a atenção imperial. É possível que o Iraque tenha saído das manchetes, mas não saiu dos briefings de segurança lidos diariamente no Salão Oval. Em 2002, nos primeiros degraus de sua escalada política, ainda senador praticamente desconhecido do estado de Illinois, Obama opôs-se ao ataque contra o Iraque; naquele momento, o voto saiu-lhe praticamente gratuito, sem qualquer custo político. Quando foi eleito presidente, o exército dos EUA já ocupava o Iraque há seis anos; e o primeiro ato de Obama-presidente foi manter o secretário de Defesa de Bush, Robert Gates, funcionário veterano da CIA e veterano do caso Irã-Contras, no Pentágono. Difícil imaginar sinal mais cru e mais convincente de continuísmo político. Nos últimos dois anos do governo republicano, o número de soldados foi aumentado em 20%, para 150 mil, numa avançada [ing. surge] saudada pelos saudadores de sempre como suficiente para esmagar a resistência iraquiana, preparando o país para um governo estável pró-Ocidente, com muita sorte talvez também democrático, no futuro. O novo governo democrata não fugiu um passo desse script. O Acordo “Status of Forces”, de três anos, assinado por Bush e seus colaboradores em Bagdá estipulou que todos os soldados estariam fora do Iraque em dezembro de 2011, embora acordo posterior sempre pudesse prolongar a estadia; e embora, também, as forças de ‘combate’ dos EUA devessem estar fora de cidades, vilas e aldeias iraquianas em junho de 2009. Antes da eleição, Obama prometeu retirar do Iraque todas as forças ‘de combate’, ao longo dos primeiros 16 meses de governo, o que nos leva a maio de 2010 – promessa que veio adornada com uma cláusula ‘de segurança’, segundo a qual tudo poderia ser modificado, conforme os eventos. E assim foi, já que em fevereiro de 2009 anunciou-se que as tropas de combate sairão do Iraque em setembro de 2010, ficando lá 50 mil soldados ‘residuais’, que também se convertem em tropas de combate, se forem necessárias para “proteger os esforços civis e militares dos EUA”.[1]


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PIG, PIG, PIG...

Viu a manchete? Agora entra lá na matéria e meça a subida de tom...

No mais, a cara de pau do farol é duríssima!

The cove, arrasador

Li no pasquim matéria sobre The cove, documentário indicado ao Oscar. Baixei imediatamente e acabo de ver. Gente, é indescritível. Trata da matança de golfinhos no lindo balneário de Taiji, no Japão. O país parou de matar 33 mil baleias por ano, e agora mata 23 mil golfinhos. E ninguém faz nada. Pois a Oceanic Preservation Society decidiu fazer. A persistência na perversidade do governo japonês impressiona (sim, do governo, porque o povo japonês nem sabe que carne de golfinho é comestível). Vou parar com a comida japonesa.

Estou tão chocada que nem sei direito o que destacar do filme, além da terrível chacina... Talvez um trecho em que o representante japonês na International Whaling Commission (IWC) apresente um powerpoint "provando cientificamente" que a chacina é necessária porque os golfinhos comem peixe demais! O representante brasileiro pede a palavra e diz que o governo do Brasil quer deixar registrado que considera esse ppt um "biological nonsense".

Você pode ver o filme aqui embaixo, mas a minha cópia eu baixei da internet.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Super Bowl

Show do intervalo do Super Bowl em Miami. The Who leva o quê pra começar? Baba O'Riley, música-tema de CSI New York. Pelo menos encerrou com Won't Get Fooled Again, tema de CSI Miami (The Who assina os temas dos três CSI). Aplaudiram muito, mas não acho que tenham eletrizado o povo. Muitos comentários ironizando os "velhos" no Huffington.

Gente, não existe comentarista/repórter mais engraçado do que o Paulo Antunes da ESPN! Graças a ele estou amando futebol americano, argh...

Hihihi...


Já automatizei esse título... E o pasquim só vê o consumo, não a distribuição da renda! A Dilma vai precisar ser muito burra e fazer muita lambança pra perder essa eleição (tenhamos sempre em mente que o PT é cheio de aloprado...)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Obama, Obama...


Mais uma tradução preciosa da minha virtual amiga de infância Caia Fittipaldi!

EUA: presidência e conversa mole (parte 1)

Tariq Ali, New Left Review n. 61, jan.-fev. 2010

Um ano depois de a presidência dos EUA ter mudado de mãos, o que mudou no império norte-americano? Durante o governo Bush, a ‘grande’ imprensa e boa parte da seção amnésica da esquerda repetia, que os EUA estariam sob o poder de um regime aberrante, produto de praticamente um golpe de Estado aplicado por um pequeno grupo de direitistas fanáticos – combinado a corporações ultrarreacionárias –, que teria sequestrado a democracia dos EUA, pondo-a a serviço de agressões jamais vistas contra o Oriente Médio. Resposta a isso, os EUA teriam eleito um mestiço alistado no Partido Democrata, que prometia curar todas as feridas ‘domésticas’ e restaurar a boa reputação dos EUA no mundo. Esse presidente foi recebido numa onda de euforia ideológica jamais vista desde os dias de Kennedy. Outra vez, os EUA mostrariam sua verdadeira face – decididos, mas pacíficos; firmes, mas generosos; humanos, respeitosos, multiculturalistas – ao mundo. Naturalmente, como um Lincoln ou um Roosevelt de nossos tempos, o novo jovem presidente dos EUA teria de fazer concessões, como qualquer estadista. Mas, pelo menos, estaria acabado o vergonhoso interlúdio de bandidagem e criminalidade dos Republicanos. Bush e Cheney haviam interrompido a continuidade de uma liderança norte-americana multilateral que tanto bem fizera ao país durante a Guerra Fria e depois dela. Obama recuperaria esse fio dessa meada.

Raramente a mitologia de autopromoção – ou ingenuidade bem-intencionada – foi tão rapidamente desmascarada. Não houve qualquer rompimento fundamental na política externa, como oposta às cantigas diplomáticas, entre os governos Bush 1, Clinton e Bush 2; tampouco houve qualquer mudança importante entre os governos Bush e Obama. Os objetivos estratégicos e imperativos dos EUA continuam os mesmos; tampouco mudaram os principais teatros e os meios de operação. Desde o colapso da URSS, a Doutrina Carter – a construção de um novo pilar democrático de direitos humanos – definiu o Oriente Médio estendido como campo de batalha central para a imposição do poder norte-americano em todo o mundo. Basta olhar para cada setor, para ver que Obama é produto de Bush, como Bush, de Clinton; e Clinton, de Bush-pai, em ritmo de filiação bíblica.


Quem tem filho, corra!

A Marinha de vários países sul-americanos patrocina um evento espetacular: Grandes Veleiros Rio 2010 -- Velas Sudamerica. Estao todos no porto em exposiçao pública e com entrada franca desde 31 de janeiro. Partem amanha de manha para uma grande regata em homenagem ao bicentenário da independência argentina, mas antes fazem grande desfile naval pela Baía. Pra quem tem filho ou pra marmanjo que gosta de mar, como o Marco. Sao nove navios-escola: “Libertad” (Argentina), “Esmeralda” (Chile), “Gloria” (Colômbia), “Guayas” (Equador), “Elcano” (Espanha), “Cuauhtemoc” (México), “Capitan Miranda” (Uruguai), “Simon Bolívar” (Venezuela) e “Cisne Branco” (Brasil). A foto é do leitor do Globo Carlos André Vaz. Linda, né? Mais aqui.

Detonei o mundo...

..., mas vou ficar bem, certo?

Esta é a fala-chave, central mesmo, de The informant! (o título em português seria O desinformante? Se foi, estragaria tudo...). Todo mundo deve ter visto no cinema ano passado. Imperdível. Matt Damon é tao bom que irrita!!! A história é baseada em fatos: o nome verdadeiro do personagem principal, Mark Whitacre, foi mantido, assim como o da empresa, ADM. Quem navega pelo site dessa multinacional do agronegócio -- daquelas bem inescrupulosas, tipo Monsanto, Syngenta, Cargill -- nao vê uma mençaozinha sequer ao nome Whitacre ou ao escândalo fenomenal que levou altos executivos à cadeia. Bom demais. Ri-se muito, embora o pano de fundo seja trágico: só mesmo o FBI, com sua "inteligência" especial, criaria um "informante" desses. Com exclamaçao e tudo!

Scofield volta ao Brasil

Não tinha lido esse texto do Scott no Globo (não assino mais o pasquim). Espetacular. Bem, a inter do Globo fica bem pior sem ele.

***

Uma ameaça à criação se despede de Washington

Gilberto Scofield em 2/2/2010

Atendendo a pedidos, reproduzo aqui o texto que foi publicado há coisa de duas semanas nas páginas de Opinião do jornal e que explica a minha volta ao Brasil. No mais, foi uma convivência espetacular e um prazer dividir com vocês (e ouvir de volta) opiniões sobre este país tão fascinante quanto os EUA. Espero poder voltar a conversar com a blogosfera, agora de dentro do Brasil, mais especificamente de São Paulo, para onde rumo a partir de março.
Um abraço grande e a gente se esbarra por aí.

***

Em sua avaliação anual dos acontecimentos mundiais, o papa Bento XVI tratou de condenar o que ele chama de "casamento gay", alegando que sua existência é uma "ameaça à criação". O raciocínio embutido nesta tese é tão absurdamente primário que qualquer pessoa com o mínimo de compreensão de mundo e de psicologia jamais perderia tempo tentando debatê-la não fosse por um simples fato: ela não é verdadeira. Gays e lésbicas não querem entrar de terno, véu e grinalda na igreja e receber de padres católicos ou protestantes suas bênçãos diante de Deus. O assunto nunca foi e nunca será da esfera dos conceitos religiosos. Trata-se da discussão de um tema de ordem do direito civil e das garantias individuais, direito que já há muito deveria constar dos nossos códigos civis e cujo lapso transforma gays e lésbicas, em vários países do mundo, em cidadãos de segunda categoria.

O que se prega, aqui e em outros países do planeta, é o direito à união civil, um direito que dará aos parceiros de casais estáveis do mesmo sexo benefícios civis dos quais gozam casais heterossexuais, como o direito aos bens construídos pelo casal no caso de falecimento de um deles, direito de declarar imposto de renda em conjunto, direito de usar a renda do casal para a compra de casa própria, entre outros itens. Céu? Inferno? Purgatório? Não, não. O que preocupa gays e lésbicas do mundo inteiro não é o julgamento de Deus, mas a opressão dos homens e está no terreno dos vivos e não dos mortos.

A Igreja Católica possui um histórico no mínimo polêmico, em termos de direitos humanos, que exige do Papa e de todos os representantes desta religião uma boa dose de cautela antes de saírem pelo mundo pregando intolerância. A História está repleta de exemplos que vão dos abomináveis tribunais da inquisição até o recente caso da Igreja Católica Irlandesa, que se calou diante das 320 queixas de pedofilia envolvendo 60 crianças molestadas em quatro décadas. E o que dizer de Galileu, condenado pela Igreja em 1633 por sua teoria heliocentrista (segundo a qual a Terra gravita em torno do Sol e não o contrário), também considerada na época “uma ameaça à criação”?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Uma no cravo, outra na... onde mesmo?

Esqueci o ditado, mas aí está a explicação para a popularidade do Lula, gente. Ele atende o capital, mas aí abre pro outro lado...

***

Uma dívida social com famílias atingidas por barragens

As famílias retiradas de terras que serviram para formação de lagos ou barragens de usinas hidrelétricas terão acesso a benefícios por parte do governo, os mesmos que foram concedidos a outros grupos sociais, para que possam ser reassentados e assim produzir alimentos para sobreviver e ter fonte de renda familiar.

Quando os cearenses dominarem o mundo...

Todo mundo sabe que os cearenses estão por toda parte. Em geral, o cearense é aquele sujeito baixinho que é o guardador de carro em São Paulo, o chefe de um restaurante na Madison em Nova York, o designer que bolou o logo da Eurocopa em Portugal, ou mesmo um borracheiro no interior da China.

O que pouca gente sabe é que, na verdade, isso é uma bem arquitetada jogada que visa a plantar gente nossa em postos-chave da administração mundial. Quando estivermos prontos, será deflagrada a grande tomada de poder e meu conselho é que você fique imediatamente amigo ou amante de um cearense, pois sabe como é: pros amigos tudo, para os inimigos, a lei!

Tomaremos o poder a partir de uma senha pré-estabelecida, que só um cearense saberá o significado oculto. Aos berros de "Queima Raparigal!" as hostes de cabeças-chatas invadirão os parlamentos e palácios, além de todos os jornais e redes de TV do mundo livre. Ninguém desconfiaria que Francisco das Chagas, humilde faxineiro da CNN (futura afiliada da TV Diário), na verdade, é um professor do ITA que rapidamente conectará a rede de Atlanta para nossos propósitos.

Invadiremos e tomaremos o Estado de Pernambuco, vamos dinamitar a nossa refinaria que eles roubaram e vamos construir outra lá no Pecém; também vamos extinguir os times Náutico, Santa Cruz e Sport Recife.

Elegeremos um papa cearense, Raimundo I, que canonizará Padre Cícero e determinará que, daí por ,diante, em todas as igrejas católicas a hóstia seja feita com macaxeira, farinha, rapadura, alternadamente ou os três ingredientes juntos. O vinho será uma cachacinha de primeira misturada com "Q-SUCO" de uva. Essa simples bula papal fará com que a economia do Ceará dê um salto. O único problema é achar uma mitra que caiba na cabeça chata do papa, mas nós cearenses sabemos improvisar: Raimundo I usará uma fronha de travesseiro enquanto se encomenda outra. Nas artes plásticas, as garrafinhas com areia colorida, os quadros de Xico da Silva e as esculturas de Zé Pinto irão ocupar alas e alas do Louvre. Para arranjar espaço, todas aquelas velharias do Turner vão para o museu de Aracati.

A Monalisa fica, pois na avaliação de Serotônio Macêdo, novo curador do museu, ela é uma "cabôca danada de aprumada".

O novo Secretário Geral da ONU será Seu Lunga, que resolverá o conflito Israel/Palestina doando vastas extensões do sertão cearense pros brigões. A ata de doação será concisa e formal.

Nas suas palavras: "Magote de fio d'uma égua, bando de mulambeiros, a terra é seca do mesmo jeito e o mar é da mesma cor. Deixem de botar boneco que vocês nem vão notar a diferença e o Ceará ainda é maior que aquela tripinha de Gaza".

A famigerada música cearense tomará o mundo. Numa revanche histórica, as aberturas das novelas globais terão como trilha sonora os seguintes temas: novela das 06h, Belchior, das 07h, Raimundo Fagner, das 08h, Edinardo. Vamos aperfeiçoar o Oscar. Bolaremos uma categoria que premiará o melhor filme de cangaço, melhor cena de amor numa jangada e melhor mocotó.

O cruzamento mais famoso do Brasil não mais será "Ipiranga com Av. São João" e sim Senador Pompeu com Duque de Caxias.

O jornal do 10 será transmitido para todo o mundo com a seguinte noticia:
O rodeio será substituído pela vaquejada
Coca-cola pela água de côco
Garota de Ipanema por Garota de iracema
Praia de Copacabana por Praia do Futuro
Fla x Flu por Ceará e Fortaleza
Real Madrid por Ferroviário
Central Park por Parque do Cocó
Empire State Building por Palácio do Progresso
As melhores faculdades européias pela UFC
Gugu Liberato e Faustão por Tiririca e Regininha (manias de Você)
Roberto Carlos por Babau do Pandeiro
Funk por Forró
Disneylândia por Beach Park
Av. Paulista por Bezerra de Menezes
Canecão por Siará Hall
Escolas de samba por quadrilhas juninas
Chiclete com banana por Mastruz com Leite.
Colocaremos alguns cearenses nas presidências dos principais países como:

França: Cid Gomes (Pais Muito Delicado);

Cuba: Inácio Arruda;

Argentina: Débora Soft (eu quero mais é que a Argentina se exploda).

A primeira ministra da Inglaterra será Patrícia Gomes (Tem que ser Muito macho Pra Botar Ordem naquele pais). E o presidente dos EUA será Neno Cavalcante (Só assim ele para de fala mal de lá).

A capital do Brasil será Fortaleza. A capital do mundo ainda será Nova York, mas a gente vai rebatizá-la de Nova Quixeramobim e vamos trocar aquela estátua cafona por uma enorme estátua da Índia de Iracema. Yeah!

Não vejo como o plano possa falhar, pois cada vez mais nossos agentes se espalham pelo Brasil e pelo mundo todo.

Só nos resta esperar, de preferência no fundo de uma rede, enquanto as engrenagens giram por si. Adeus e até a vitória!

Como sou modesto, quero para mim apenas um título de nobreza e umas terras anexas, de preferência o município de Caucaia que é vizinho da capital e tem belas praias.

Saudações cearenses!!! E que nosso Padim Pade Ciço teje com todos nós!!!!!

Autor desconhecido
(mas deve ser cearense)

***
Enviado pelo meu amigo Adriano.
(Que é cearense, claro)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Pelo fim da beatice em geral

Tá lá também na BMJ: escritor pede a legalizaçao da eutanásia. Esse falso amor aa vida das religioes, enquanto por trás roubam, traficam, estupram e matam, tem que ter um fim já!

***

Author calls for UK to set up tribunal for assisted suicide
Terry Pratchett - one of the United Kingdom's bestselling authors, who has early onset Alzheimer's disease - has called for an assisted suicide tribunal to which terminally ill people could apply for permission to end their lives at a time of their own choosing. The call came as the BBC released the findings of a poll showing that nearly three in four people believe that a friend or relative should be able to assist a terminally ill loved one to commit suicide without fear of prosecution.

Autismo é o cacete! Abaixo a beatice!!!


Sunny, que enviou este link, diz que por causa dessa pesquisa muita mae deixa de vacinar os filhos. Mas nao é isso nao. É a religiao! É a beatice! Esse artigo de 98 veio a calhar para servir de defesa dessas beatas assassinas nos tribunais, aos quais sao levadas pelos serviços de saúde! Esse maldito Wakefield - e dona Lancet TAMBÉM, diga-se!!! - é responsável por milhares de mortes. Escória beata FDP!!! (olha só a cara deles!) Quero ver o que vai acontecer com esse desgraçado! E com a turma que assinou com ele: aliás, 10 deles retiraram as assinaturas ao longo dos anos. Pra mim, este é um dos maiores escândalos da saúde pública E da ciência.

Leiam lá embaixo a matéria da AP, que está muito melhor!

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"The Lancet" retira artigo que relacionou vacina a autismo

Londres, 2 fev (EFE).- A revista médica britânica "The Lancet" anunciou hoje que retirou de seu arquivo público um polêmico artigo publicado em 1998 que ligou o autismo com a vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola.

Em comunicado, a publicação, que em 2004 emitiu um desmentido parcial reconhecendo a insuficiência das provas apresentadas, confirmou desta vez que o texto contém afirmações "falsas" que põem em dúvida todo o processo de pesquisa. A decisão da revista chega dias depois de o médico britânico que realizou o estudo publicado, Andrew Wakefield, ter sido desautorizado pelo conselho médico do Reino Unido (GMC) por não ter obtido a devida aprovação do comitê ético para efetuar seus testes clínicos.

A principal conclusão de sua pesquisa, que neste caso não foi objeto de análise do GMC, foi desmentida muitas vezes em estudos posteriores. A afirmação de que a vacina tríplice viral estava ligada ao autismo provocou uma alarmante queda nas vacinações no Reino Unido, além de debate político e entre profissionais de medicina.

O GMC, que mais adiante deverá decidir se suspende a licença de Wakefield, só avaliou o procedimento empregado na pesquisa - não seu resultado - e concluiu que o médico havia "abusado de seu poder".

Com isso, The Lancet decidiu eliminar de seus arquivos o artigo. Em 2004, a revista alegou que talvez não devesse ter publicado o texto devido à existência de um conflito de interesses, já que Wakefield trabalhava para os advogados de pais que achavam que seus filhos tinham sido prejudicados pela vacina. Hoje, The Lancet foi mais longe ao reconhecer as falsidades nas afirmações do médico, que atualmente vive e trabalha nos Estados Unidos, e ao retirar "completamente o artigo do arquivo público". EFE

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AP bem melhor

A matéria da AP (Vaccine-Autism Study Is Retracted) está beeeem melhor. Conta que foi o BMJ que cobrou a retirada do artigo! Sensacional!

Eis a Britith Medical Journal, que há anos pega do pé da Lancet por causa dessa barbaridade!

Professor Trisha Greenhalgh
MMR debate
Lancet finally retracts MMR paper

The BMJ welcomes the Lancet's decision to retract its 1998 paper on the measles, mumps, and rubella (MMR) vaccine by Andrew Wakefield and colleagues. Trisha Greenhalgh explains why the Lancet was right to do this but asks why it took them so long.

In an accompanying editorial, Helen Bedford and David Elliman argue that professionals must enter the public arena if future debacles are to be prevented. And Brian Deer wonders what will now become of the man at the centre of the longest running case to be heard by a GMC fitness to practise panel.

Read news story: "Lancet retracts Wakefield's MMR paper."
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