sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O que irrita mais?

O Grobandido associar a crime de tráfico e contrabando a permissão de um pai para o filho fumar maconha em casa ou um pai esnobar a inteligência alheia e dizer que o pitbulzinho dele tinha dislexia, passou a fumar maconha e deixou de suar remédios? Isso, pelo menos, fica desmontando pelo psicólogo que o próprio Grobandido ouviu. Mas quem desmonta o torquemadismo do jornal? Vai ser moralista na PQP!


(Clique na imagem para ampliar e ler o besteirol).

8 comentários:

sunny disse...

Dislexia, que a Vera me corrija, é uma disfunção de aprendizado. Portanto, nada tem a ver com distúrbio comportamental como o papai publicitário (???) quer fazer crer. Se ele tivesse dito que o filho é bipolar até que poderia fazer algum sentido! Embora eu não creia que maconha seja um tipo de tratamento para maniaco-depressivo. Mas papai é publicitário: vive de enganar os outros.

Anônimo disse...

E o FH, que quer discriminalizar a maconha para uso pessoal?

mari disse...

ah, sei lá, o modelo atual não resolve, quem sabe um outro? o que não pode é associar a liberalidade de um pai a crime posterior do filho. tenho vários vizinhos aqui no Largo que fumam junto com os filhos, e é cada guri/guria melhor que o outro! (vc conhece todos, Truda!)

se fosse assim, qualquer coisa resultaria em qualquer coisa no futuro.

Anônimo disse...

Sunny e amigos,
Aqui se explica de forma clara o que é dislexia: http://www.10emtudo.com.br/artigos_1.asp?CodigoArtigo=69 .
O problema é os pais e professores fazerem confusão entre o distúrbio e mau comportamento e permitirem que a criança aprenda a não ter limites escudada na dislexia.
Além disso, algumas síndromes neurológicas, em que a dislexia também está incluída, se não forem tratadas na infância, podem predispor a vício em drogas ou comportamento criminoso na adolescência e juventude, conforme mostram pesquisas.
Este problema é muito sério porque não temos um trabalho preventivo nem curativo destes problemas em nossos sistemas educacional e de saúde.
Por isto é vergonhoso e perigoso que um jornal induza o leitor a achar que estes casos sejam assim tão simples de explicar.

sunny disse...

Vera, valeu a indicação. Concordo com vc é superperigoso um jornal se arguir em sabe-tudo com o PiGrobo costuma fazer.

mari disse...

Vera, isso ficou muito determinismo digamos histórico. Ter uma dislexia pode levar ao crime?

Anônimo disse...

Mari,
Ter uma dislexia não leva ao crime.
1) Se a família confunde dislexia com falta de limites, isto pode levar ao comportamento criminoso.
2) Muitos distúrbios neurológicos, em que há também dislexia e/ou outros problemas, podem levar ao vício em drogas (para aliviar os sintomas neurológicos) e isto também pode levar ao crime
3) Alguns deste distúrbios podem levar a comportamentos de oposição que não tratados podem levar ao crime.
As pesquisas tem mostrado que esta relação é muito alta para ser ignorada pelos serviços de educação e de saúde.
A inserção no mercado de trabalho, nos grandes centros, depende de escolarização. A dislexia, seja qual for a causa, vai impedir o jovem sem tratamento adequado de concluir o 4º ano. A pessoa repete várias vezes o ano até sair da escola ou é automaticamente aprovado e será incapaz de se inserir no mercado de trabalho.
O que vai acontecer com estes jovens?
É bom saber que a maior incidência de problemas de aprendizagem (a dislexia é só um deles) se dá entre os homens, gerando inclusive falsas avaliações de deficiência mental.

mari disse...

Tá certo, entendi. Ou seja, o Globo não podia de jeito nenhum ter associado uma coisa à outra, mas o pai não falou besteira ao dizer que o garoto tinha dislexia, tomava remédios e parou ao começar a fumar maconha, né?

Sei lá... isso não entra muito na minha cabeça. Maconha não é indicada em casos de câncer e doenças que provocam dor? Nunca ouvi falar de marijuana indicada em casos de distúrbios neurológicos... Não faz sentido algum, faz?

Acho que esse pai desistiu é de controlar o filho, entregou os pontos -- como vc disse, parou de impor limites. Se bem que um filho fumar em casa é sempre melhor do que na rua.

Graças aos céus o Marco nunca quis saber nem de cigarro. Mas sempre deixei levar as namoradas -- mesmo as casuais -- lá pra casa, em vez de ficar de amasso em carro ou ir pra motel, que é tudo enrustido em lugar perigoso.

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