SÃO PAULO e TERESINA – O líder dissidente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), José Rainha Júnior, rebateu nesta quinta-feira as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que criticou na quarta-feira a violência do movimento e disse que as autoridades não podem tolerar as invasões. Rainha, que liderou a ocupação de 21 fazendas no Pontal do Paranapanema durante o carnaval, cobrou do ministro o mesmo tratamento dispensado ao banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity e acusado de corrupção durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, no ano passado.Não é lindo? O governo pode financiar tudo, menos movimentos sociais que que contrariem as idéias do "presidente supremo". É bestial, como pode um sujeito assim presidir um tribunal de ponta? Ele tem posição explícita! Que país! Fico doida, com vontade de quebrar tudo! Ah, e fazem questão de destacar que Rainha é dissidente!
Dantas foi preso duas vezes, mas acabou solto após habeas corpus concedidos por Mendes. Ele foi condenado em dezembro a 10 anos de prisão pelo juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto de Sanctis.
– Nós estamos lutando pela dignidade humana e o ministro não pode nos dar tratamento diferenciado ao que deu, por exemplo, a Daniel Dantas. Não se pode deixar os ricos sempre a favor da lei e condenar os pobres por se valerem de lutas – disse o líder dissidente do MST.
Nesta quinta, Gilmar voltou a criticar uso de dinheiro público para financiamento de movimentos sociais. Para ele, esse financiamento significa que a sociedade está financiando a violência no Brasil. De acordo com Mendes, movimentos sociais ocupam terras, ocupam imóveis e geram violência. Segundo ele, a lei proíbe esse tipo de financiamento porque os recursos são públicos e sua aplicação não tem essa finalidade.
– Isso é a sociedade financiando a violência do Brasil – declarou, em Teresina, durante inspeção do Conselho Nacional de Justiça, do qual é presidente, na Justiça do Piauí.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
José e Daniel, direitos iguais
É involuntário, claro, que eles fogem de tais declarações como o diabo da cruz, mas, como é vítima de esculhambação da direita, olhem só o que o Grobaixo publica no online:
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