Em matéria de enlatados, minha diversão favorita, não ando nada feliz.
Amo Tim Roth, mas na minha humirde ele está sofrendo de uma síndrome que afeta personagens marcantes demais. Aconteceu com Tony Shalhoub em Monk e com Hugh Laurie em House. São tão fortes que o ator se sujeita. Passa a venerá-los, a super-representá-los, aumenta-lhes os cacoetes até que virem mostros torturantes. Desisti de ver Monk se não me engano na terceira temporada, vejo House ocasionalmente e estou prestes a abandonar Lie to me. A série inteira está bem fraca, apesar da trama central interessante. Kelli Williams (a Gillian Foster) é um poste, os demais personagens são postinhos. Não admira que a audiência nos Estados Unidos tenha despencado a um terço. Até aquele estranho povo ao norte do Rio Grande sabe quando algo vai mal.
Por que a síndrome não ataca outros atores? Não sei dizer. Mark Harmon e David Caruso, por exemplo (mantidas as proporções), também lidam com personagens atormentados em NCIS e CSI Miami, mas se contêm, né não?
Aliás, as séries em geral estão bem esquisitas. Primeiro, absurdamente acabaram com Law&Order (L&O Los Angeles é uma bosta horrível). Depois, os roteiristas parecem drogados, perderam o tchan. Desde a grande greve deles uns anos atrás, 2007-2008, os roteiros pioraram muito. Agora vão botar a Olivia e o Elliot de caso no Law&Order SVU, pode??? Até o esplêndido Criminal Minds pirou. A atriz que interpretava JJ pediu aumento, não conseguiu e saiu pra fazer uma sitcom idiota qualquer. O que os roteiristas então inventaram? Que a nerd Garcia, conhecida do público há 5 temporadas, se oferecia para a função da JJ, consolando parentes de vítimas e brifando a imprensa. Você comprou? Nem eu...
Breaking Bad, Damages, Desperate Housewifes detesto. Glee, que de repente se encheu de vilões, detesto. Sitcoms, detesto. Fringe está eletrizante, mas é pouco para um quadro geral de mesmice, crimes cada vez mais brutais, suspense virando terror sem mais nem menos, personagens principais mergulhados em improváveis problemas pessoais (aquela filharada do Elliot, por exemplo, é uma quadrilha!), histórias bobas girando como peão torto. Falta trama, sobra drama. Claro, há momentos divertidos, como imaginar o que faria Horatio Caine de CSI Miami se existisse um Michael Westen (personagem de Jeffrey Donovan em Burn notice) explodindo a cidade toda dia sim outro também...
As grandes exceções: The good wife, muito bom mesmo, e Mad men, ainda deslumbrante. Difícil tirar os olhos da tela. Na Chicago de nossos dias, o background da politicagem à Blagojevich (marinado no puritanismo nacional); na Nova York dos anos 60, o mais atormentado dos personagens atormentados, o espetacular, o maravilhoso, o primeiro e único Don Draper de Jon Hamm (a história permite referências inesperadas, como aos assassinatos dos 3 ativistas no Mississipi em 1964, no 1º episódio desta 4ª temporada).
Só pago uma fortuna à Sky porque os enlatados são a minha principal diversão, já que filmes eu baixo mesmo -- já vi quase todos os que me interessam quando finalmente chegam à TV. Então, sabe, ou os roteiristas tomam jeito ou até isso vou economizar, viu, Hollywood et all?
16 comentários:
Don Draper/Jon Hamm é meu deus ex machina.
em todos os sentidos!! :)
Mari, tirando os enlatados sem legendas -que não vejo porque não entendo -, concordo com você. Estão ruins, muito ruins.
O Lie to me não vejo mais - o estado mental do cara estava piorando tanto que desisti de ver. Ele vai acabar se matando ou matando todo mundo lá na empresa. hehehe.
Os novo são tão ruins que não dá para ver.
Ainda bem que o CSI Miami melhorou nesta temporada. Na passada, quase não vi.
E ele só é grande no papel de Draper, né, Bia? De preferência, sério. Quando sorri o encanto se quebra um pouco.
Vera, o Lightman tá entortanto tanto o pescoço que às vezes penso, agora quebra! ridículo!
Hawaii 5-O tá bosta pura, o Magnum tá horrível de feio em Blue Blood (cabelo pintado e quilos de maquiagem!!!), Covert Affairs e The Defenders tá dando pra divertir, adoro o detetive italiano de Detroit 187 (desde Sopranos). Enfim, alguma coisa passa. A maioria é péssimo.
Mas o Dexter novo foi ótimo, vamos ver se continua. A 4ª temporada foi só o chato do Trinity, tomara que ele dance logo e saia de cena.
Aliás, sabem um que está a um passo de "monkar" ou "rothear"??? Patrick Jane, o mentalist do sorriso lindinho! Tô só esperando...
A outra fã de seriados assina embaixo. Boa idéia a do bonitão do Burn Notice infernizando a vida do H.
E os seriados do Space, traduzidos, sem dó nem piedade. Eu não mereço... Without a trace em portuguê!!!
Cncordo com vc: os roteristas perderam a mão. É pena!
Ainda bem que eu gosto de filme de terror e syfy;
Ai, aquelas dublagens do Space são UM HORROR! Fico vendo em inglês, quando não entendo volto atrás e troco pra português pra enender. Esse HD é tudo de bom por permitir esse recurso.
Ah, cê também acha o Michael bonitão? Adoro! E as histórias absurdas? Os roteiristas do Burn Notice viajam na maionese, não sei como o turismo de Miami aguenta tanto hotel indo pelos ares!
Ah, o Patriquinho hoje não monkou!
Saudades de aron Sorkin e a melhor série de todos os tempos:The West Wing. Mas vc não devia gostar! Abraços
Nada disso, eu ADORAVA o Josiah "Jed" Bartlet! Fiquei supertriste quando acabou.
Mas a melhor série foi The Sopranos. inigualável!
NOOOOOOOOOOOOFFFA, o Belly incorporou na Olívia!!!!!!!
Fringe tá demaaaaaaaaaais!
Quando você acabar de ver a quarta temporada do Mad Men, promete que conta o que achou do final???
Tou curiosa.
E o encanto do Jon Hamm NUNCA se quebra, hmpf! :)))
Não me diga que vc já baixou tudinho????
Quero saber o final, me coooooonta, plis! Por email, senão a galera que gosta de surpresa vai chiar!
Conto nããão... Mas já adianto que num gostei! E agora só em 2012...
mas que maldade! adoro saber fim de filme ou seriado!!!
aliás, acho que sei como é...
Se você não estiver vendo House ultimamente, melhorou muito! Vale a pena ver. Eu desisti uma época também, pelos mesmo motivos, mas eles conseguiram dar uma levantada boa.
Ah, é? Vou experimentar de novo então. As tiradas supermaldosas me faziam mal.
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