terça-feira, 6 de abril de 2010
Chega de incúria
Acho simplesmente incrível que, embora numa serra, eu esteja totalmente imune a essa tragédia toda que afeta o Rio. Só fiquei sabendo do caos quando meu filho me ligou para perguntar se estava tudo bem, lá pelas 10 da manhã.
A Ana contou que a rua onde ela trabalha, a Santa Alexandrina, no Rio Comprido, era ontem um mar de lixo logo após a primeira enxurrada. Governantes e habitantes de cidades precisam se tocar de uma vez por todas: lixo é coisa séria, lixo mata. E já são 66 mortes a esta altura, 13h46 (79 às 14h52; 94 às 17h35). Defendo, sem qualquer pudor, multa braba para quem joga lixo na rua, assim como se multa a três por dois motorista infrator. Claro que, antes disso, urge que os governantes invistam pesado na coleta, na reciclagem e no tratamento do lixo, do asfalto ao morro. Ultimamente, só regredimos: Cesar Maia fez o grande favor ao carioca de desestruturar a Comlurb, uma das poucas coisas que funcionavam no Rio. O Largo das Neves, onde morei por 10 anos, é prova viva: de um brinco em matéria de limpeza pública foi se deteriorando e hoje é sujo.
Os prédios precisam ter, todos, latões de coleta seletiva; as ruas, idem, em toda parte, e também morros e favelas.
Bem, com isso estruturado é preciso então partir para a educação desse povo porco que é o carioca, tanto o rico quanto o pobre. Primeiro, campanhas educativas; depois, multa. E quem não pagar tem que perder alguma coisa, assim como o motorista tem o carro recolhido. Não sei o que pode ser, mas algo tem que ser pensado.
Cansei de tragédias provocadas pela incúria.
(A imagem é da capa do Dia Online e a foto é de Fábio Gonçalves)
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