Fico vendo direto os programas de futebol após os jogos. Claro que não saio da ESPN, a não ser quando eles encerram a programação. Pulo então pro Sportv. O sistema Sportv/Globo tem um exército na África do Sul, muito maior que o da ESPN Brasil. Mas ela ganha de 50 x 0. É incrível a diferença da informação e dos comentários. Tirando o Marcelo Barreto, que é um cara bom mesmo, os outros são quase que "celebridades" (lá pras negas deles) de visita à África do Sul. Um deles, o comentarista Lédio Carmona, deu vexame hoje no programa Estação Sportv: não sabia sequer o próximo jogo da Sérvia na Copa! (Eu sabia! É com a Alemanha!) Quando mostraram imagens do cumprimento especial, cheio de mumunha, dos goleiros da Sérvia e de Gana antes do jogo, Lédio e Renato Maurício Prado -- o homem das maiores barrigas do jornalismo esportivo -- mostraram surpresa! E essa eu também sabia, porque já tinha ouvido na ESPN Brasil: ambos jogam no mesmo time, o Wigan da Inglaterra! O Marcelo Barreto fez gozação: "Você sabe quem é o goleiro do Wigan? E o reserva?" O rapaz de nada sabia, não é incrível? Significa que ele não acompanha o Campeonato Inglês! Como pode? Só porque não passa na emissora dele?
Isso pra mim é muito, muito triste. Levo a sério o jornalismo esportivo (e por isso só vejo as ESPNs) e acho que um comentarista TEM que saber os detalhes dos jogos que vai comentar à noite nos programas. Nem que leve colinha pra consultar, perfeitamente normal em grandes competições como a Copa e o Campeonato Brasileiro.
Mas são jornalistas para espectadores como um tal Jorge, que escreveu hoje à ESPN para dizer que a emissora não tem nada que cobrar mais informação da seleção brasileira -- quase tão fechada quanto a da Coreia do Norte -- porque esporte "não é jornalismo, é entretenimento". Levou uma tunda da galera. Mas tal sandice significa que a Globo foi bem-sucedida em sua escolinha de burraldos alienados -- tanto entre os profissionais quanto no público.
Por isso é que sou ESPN Brasil. E não abro.
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