Confesso que estou confusa. Concordo com o Santayana, citado aqui pelo PH Amorim:
. Mauro Santayana, outro excelente jornalista, costuma dizer que a exigência do diploma elitizou as redações.Tiro até o "quase", tanto que tento escolher os repórteres lá da revista pelo endereço (evito a Zona Sul). Mas acontece que o relator foi o "supremo presidente", e ele relatou pela não-exigência. Aí, fico cabreira. Ele está obviamente atendendo ao desejo das grandes corporações de mídia. Voto seguido por 7 ministros, e a exceção foi o Marco Aurélio Melo -- que argumentou com razões erradas. Segundo ele, jornalista precisa de curso superior, ou algo assim; Quem discute isso? Curso superior é bom pra qualquer profissão, em princípio é alguma cultura a mais.. As redações não refletiam mais a composição da sociedade brasileira: as redações se tornaram quase brancas, quase ricas e quase ignorantes …
Mas, se a Grobo gosta eu não gosto... Não é complicado?
7 comentários:
Quer dizer que meu canudo não vale mais nada? E os 35 anos de redação?
Concordo: se o Gil*mar D*a*n*t*a*s relatou pelo fim do diploma algo está errado.
Que preconceito é esse contra a Zona Sul? Não se esqueça que a turma extra-cotas corre para as estácios da vida. Saem com um diploma e semi-analfabetos (ainda tem tracinho?), como a gente constatava na redação.
Ué, não leu a frase do Santayana?
E o que tem a faculdade que o cara faz a ver com a competência dele?
Nota-se q vc nunca pegou estagiario da estacio!!!!!! E eu falei do preconceito contra endereços da Zona Sul. Quer dizer que eu não poderia trabalhar na Radix enquanto morava em Botafogo? Ora, Mari!!!
Pelo visto o STF votou contra o fato de o diploma ter sido instituido por decreto da ditadura. Agora o Miro Teixeira (meu deputado) vai apresntar projeto de lei a respeito, pro Congresso votar. E o Miro tem registro, mas não diploma de jornalista. Ele é advogado.
Ora, Sunny, isso aqui é uma democracia! Cada um pensa como quiser. Concordo inteiramente com o Santayana. Me lembro do estacionamento do JB cheio de carros importados de estagiários da UFRJ -- e cada um mais imbecil do que o outro. Primeiro que faculdade nada ensina sobre jornalismo -- o que forma jornalista é leitura. Segundo que rico nunca vai ter visão diversa sobre o mundo -- vai ter a visão do dono do jornal. Terceiro que Botafogo não é exatamente ZSul (não como orla, leblon/gávea, trechos da lagoa, trechos da barra); quarto que vc nunca foi rica (pelo que me consta seu pai era funcionário público); quinto que sempre há exceções: bons jornalistas saídos da estácio, péssimos da UFRJ/UFF ou o oposto.
Discordamos. Dá licença? Com todo o respeito.
A gl*b* gosta mas o gl*b* não contrata ninguém sem diploma para sua redação. Não sei agora mas, no meu tempo era, por ordem de preferência, UFRJ, UERJ, UFF, PUC e, lá de vez em quando, Gama Filho, um ou outro, se conseguisse destacar no teste para admissão ao estágio. Diploma de jornalista só é bom para facu picareta.
Truda, Mari,
passei por todos os estágios (argh!): curso de jornalismo na Faculdade de Filosofia da "rica" (rs,rs,rs) PUC da Gávea; treinamento de três meses dado pela Abril ANTES de formar a equipe fundadora da Veja do Mino; "estágio" no Correio da Manhã, que não contratava na gestão Rey*nal*do Jar*dim.
O diploma era importante para se conseguir o registro do M.Trabalho e, sem ele, seríamos eternos "estagiários".
O curso, sim, era bem diferente: matérias técnicas e outras de cultura geral do tipo sociologia, economia, vários direitos, muita história. Coisa de 10 matérias por semestre, currículo fixo, sem eletivas e outras bobagens.
Truda, na minha época de redação, a ordem era UFRJ, PUC (ambas na Zona Sul,Urca e Gávea) UFF, FACHA (Botafogo) e Uerj. Qdo pintava Estácio, Gama, Univercidade e SUAM era uma tragédia, não valia o investimento. E era gente que passara no teste para estágio! Como dizia o Lutero: "jornalista a gente conhece qdo pisa na redação". Me lembro de dois em particular: um ex-aluno da UFRJ (Urca), morador da Zona Oeste, mestre em Antropologia pelo Museu Nacional (são Cristóvão) e hoje, diplomata! O outro, ex-aluno da Facha, morador de Copacabana, nome de gringo, hoje cineasta, pq ficou "velho" para o jornalismo. Dois dos MELHORES estagiarios que tive. Os demais, conto nos dedos. Só das mãos.
Mari, não me lembro de carro importado no globo-no-ar nem nos trilhos. Quem tinha uma Mercees era o Bri*to que estacionava na Av. Brasil, em frente a escadaria!
Não é ser antidemocrata, não, só radicalizar e generalizar menos.
Desculpem o desabafo, mas essa história anda me irritando mto. Mão é fácil ver uma vida profissional inteira ser comparada à de um cozinheiro. Nada contra a classe, mas eu não sei nem fritar um ovo! E sei mto bem o que anda se passando no Irã!
nossa, sunny, que misturada louca... desculpe, não vou além. nada posso fazer se sua memória preservou 2 pessoas.
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