quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

BOAS FESTAS!

Sorry, periferia... 2




REUTERS/Toby Melville
Le président brésilien Lula a promis qu'un million de maisons et de petits appartements seront construits avec l'aide de l'Etat (Reuters/Toby Melville)

A matéria está aqui!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Nassif imperdível!

Esse discurso foi feito no Sarau dos 7.000, uma festa que o Nassif promoveu em Sampa para o pessoal que participa do blog dele. Discurso lindo. O Marco foi!





segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cancelei, mas eles me perseguem!

Nassif: Bolsa Família é culpada pela incompetência de O Globo

Mais uma obra-prima da era Ali Kamel-Rodolfo Fernandes em O Globo (Meu Deus!, um jornal que há dois anos caminhava para ter um padrão de qualidade internacional).

Por Luis Nassif, em seu blog
1. Regiões mais ricas têm mais emprego formal.

2. Regiões mais pobres, menos emprego formal.

3. A Bolsa Família se destina às famílias mais pobres. Onde existe menos emprego formal, existe mais Bolsa Família. Onde existe mais emprego formal, menos Bolsa Família.

4. Logo…. Esqueça o “logo”. A lógica Rodolfo-Kamel não é socrática.

Manchete de O Globo de hoje:

Bolsa Família inibe expansão do emprego formal no interior

Em cidades onde o programa beneficia 71% das famílias, trabalho chega a 1,3% da população

Criado para reduzir a miséria, o Bolsa Família, maior programa social do governo federal, não gerou empregos no interior do país. Em 85 municípios onde o programa atinge em média 71% das famílias, o emprego com carteira assinada só alcança 1,3% da população. Em Presidente Vargas, no Maranhão, onde 80% das famílias são atendidas pelo programa, empregos formais são contados nos dedos de uma mão: 4, para 10,2 mil habitantes, relatam os enviados REGINA ALVAREZ e SÉRGIO MARQUES. Gestores reconhecem que o programa pode levar à acomodação e que é difícil fazer funcionar as chamadas portas de saída. E a baixa escolaridade, aliada à falta de capacitação, dificulta o crescimento profissional. Páginas 3 e 4 (clique aqui para ler esse Prêmio Pullitzer do jornalismo tupiniquim)


Donde se conclui:

1. 100% das matérias que O Globo escreve sobre o Bolsa Família têm conclusões manipuladas e viés ideológico furado, piorando ainda mais a baixa qualidade do jornal.

2. Logo, é o Bolsa Família quem emburrece O Globo.

PS – A matéria é honesta. A manipulaç~o é da primeira página e dos títulos.

(Vermelho, 26/10, tirado do Nassif de 25/10))

domingo, 11 de outubro de 2009

Não percam! Mesmo!

Filme histórico sobre nossa humanidade perdida.


District 9, do sul-africano Neill Blomkamp. Acho que já está nos cinemas. Baixei daqui.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Agora, traduzido por uma alma caridosa lá no Nassif!

Por H. C. Paes

Vi que já há uma, mas segue outra tradução, feita com uso de neurônio e dicionário (de sinônimos, só uma vez).

Este pode ter sido o melhor mês para o Brasil desde, aproximadamente, junho de 1494. Foi quando o Tratado de Tordesilhas foi assinado, garantindo a Portugal tudo no Novo Mundo a leste de uma linha imaginária que se declarou existir a 370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde. Isso assegurou the aquilo que viria a se tornar o Brasil seria português e, portanto, desenvolveria uma cultura e uma identidade muito diferentes do resto da América Latina Hispânica. Isso garantiu que o mundo tivesse samba, churrasco, a “Garota de Ipanema” e, por uma série de eventos incrivelmente fortuita, posto que tortuosa, Gisele Bündchen.

Embora tenha levado algum tempo para o Brasil corresponder à máxima dúbia de que era “o país do futuro e sempre o seria”, restam poucas dúvidas de que o amanhã chegou para o país, mesmo que ainda reste muito por fazer para superar suas sérias contingências sociais e aproveitar seu extraordinário potencial econômico.

As evidências de que algo novo e importante estava acontecendo no Brasil começaram a se acumular anos atrás, quando o então presidente Cardoso engendrou uma mudança rumo à ortodoxia econômica que estabilizou um país sacudido por ciclos de expansão e queda e assombrosa inflação. Elas ganharam vulto, entretanto, no decurso do extraordinário mandato do atual presidente do País, Luís Inácio Lula da Silva.

Parte desse vigor se deve ao compromisso de Lula com a manutenção dos fundamentos econômicos lançados por Cardoso, uma manobra política corajosa para um líder trabalhista de longa data que pertence ao Partido dos Trabalhadores, até então na oposição. Parte se deve à sorte, uma mudança global do paradigma energético que ajudou os trinta anos de investimento brasileiro em biocombustíveis a começar a valer a pena – e de novas e importantes formas -; descobertas de jazidas de petróleo de grande porte no mar territorial brasileiro; e a demanda crescente da Ásia que permitiu ao Brasil se tornar um líder nas exportações agrícolas globais e assumir o papel de “provedor da Ásia”. Porém, muito dessa pujança se deve à grande tarimba dos líderes brasileiros em aproveitar uma conjuntura que muitos de seus predecessores teriam provavelmente desperdiçado.

Dentre esses líderes, muito do crédito vai para o presidente Lula, que se tornou meio que um astro do rock no cenário internacional, ao amalgamar energia, iniciativa, carisma, intuição incomum e sensatez de forma tão eficaz que sua falta de educação forma jamais foi um empecilho. Algum mérito vai para membros de seu gabinete, como sua ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff, antes titular das Minas e Energia, que se tornou uma chefe de gabinete durona e possível sucessora de Lula. Mas acredito que um bom quinhão deva caber a Celso Amorim, que orquestrou uma transformação do papel mundial do Brasil quase sem precedentes históricos. Ele é o chanceler de Lula desde 2003 (tendo ocupado o cargo nos anos noventa), mas creio ser possível demonstrar que ele é, atualmente, o ministro do exterior mais bem sucedido do planeta.

É impossível identificar apenas um momento crucial nos esforços de Amorim em metamorfosear o Brasil, de poder regional dormente de proeminência internacional questionável, em um dos mais importantes protagonistas do cenário global, reconhecido por consenso como possuidor de um papel de liderança inaudito. Pode ter sido quando o ministro teve um papel central em arquitetar a rejeição, pelos países emergentes, de uma jogada de poder do tipo “nada de novo”, por parte dos Estados Unidos e da Europa, durante a rodada de tratativas comerciais de Cancun em 2003. Pode ter sido o modo arguto como os brasileiros têm usado distinções como sua liderança em biocombustíveis para estabelecer novas pontes de diálogo e influência, seja com os Estados Unidos, seja com outras potências emergentes. Certamente, esse processo envolveu a determinação de Amorim em abraçar a idéia de converter os BRICs, antes apenas um acrônimo, numa importante instância geopolítica de colaboração, trabalhando com seus colegas na Rússia, na Índia e na China para institucionalizar o diálogo entre os países e harmonizar suas declarações. (Pode-se discutir a afirmativa de que o BRIC que mais ganhou com essa aliança seja o Brasil. Rússia, China e Índia merecem lugar à mesa em função do poderio militar, do peso demográfico, da força econômica ou dos recursos naturais. O Brasil possui todos esses atributos… mas em menor grau que os outros.) Também envolveu outras incontáveis peças de estratégia diplomática, que vão dos laços aprofundados e estreitados do Brasil com países como a China e o fomento tanto do fluxo de investimentos como de uma reputação de porto comparativamente seguro na turbulência econômica global; à afinidade mútua entre o novo presidente dos Estados Unidos e seu colega brasileiro – a ponto de o primeiro incentivar o último a servir de mediador, por exemplo, com os Iranianos. Concorde-se ou não com cada um de seus lances em searas como Honduras ou a OEA na questão cubana, o Brasil continua a desempenhar um papel regional importante, ainda que seja evidente que seu foco se deslocou para a cena global.

Nada ilustra tão bem a distância percorrida pelo Brasil ou a eficácia do time Lula-Amorim do que os eventos das últimas semanas. Primeiro, a decisão pelos países do mundo de descartar o G8 e abraçar o G20, assegurando ao Brasil um lugar permanente na mais importante mesa de negociações do mundo. Depois, o Brasil se tornou o primeiro país na América Latina a ganhar o direito de sediar os Jogos Olímpicos. O Financial Times de ontem noticiou que “A Ásia e o Brasil lideram o crescimento na confiança do consumidor”, um reflexo da reputação que o País tem vendido com sucesso (com a maior parte do mérito indo para o ressurgente setor privado brasileiro). Acrescente-se a isso as reportagens desta semana sobre o encontro FMI-Banco Mundial em Istambul, que demonstram, com a concordância em mudar a estrutura do Fundo Monetário Internacional, uma institucionalização ainda maior do novo papel do Brasil. Segundo o Washington Post de hoje, “As nações também concordaram, em caráter preliminar, em reformular a estrutura de votos nacionais do Fundo, prometendo um arcabouço que aumente a representatividade de gigantes emergentes como o Brasil e a China por volta de janeiro de 2011.”

Nada mal para alguns dias de trabalho. E conquanto seja o Ministério da Fazenda brasileiro que tenha assento no encontro de Istambul, o arquiteto inconteste desta notável transformação do papel do Brasil é Amorim.

Muito trabalho resta por fazer, é claro. Parte dele tem a ver como o novo papel que foi moldado. O Brasil quer um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e um papel de liderança maior em outros organismos internacionais. Pode ser que os consiga, mas tem de manter seu crescimento e sua estabilidade para chegar lá. Ademais, o Brasil parece inclinado a minimizar ameaças regionais tais como a venezuelana. (Brasileiros tendem a tratar com condescendência os vizinhos ao norte quase tanto quanto os amigos argentinos ao sul… e assim eles subestimam a habilidade que têm homens como Hugo Chávez de cometer grandes estragos.) E eles terão uma eleição em breve que pode mudar o elenco de líderes e, naturalmente, mudar a atual trajetória de várias maneiras – boas e ruins.

Mas é difícil achar outro ministro das relações exteriores que tenha orquestrado com tanta eficácia uma transformação de tal magnitude do papel internacional de seu país. E é por isso que, se me pedissem hoje que depositasse meu voto para melhor chanceler do mundo, ele seria provavelmente para aquele filho nativo de Santos, Celso Amorim.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Enviado por uma amiga! Agora danou-se, a choldra vai se morder!!!

Foreign Policy

Politics

The world’s best foreign minister

Wed, 10/07/2009 - 12:35pm

This may have been the best month for Brazil since about June 1494. That's when the Treaty of Tordesillas was signed granting Portugal everything in the new world east of an imaginary line that was declared to exist 370 leagues west of the Cape Verde islands. This ensured that what was to become Brazil would be Portuguese and thus develop a culture and identity very different from the rest of Spanish Latin America. This guaranteed the world would have samba, churrasco, "The Girl from Ipanema," and through some incredibly fortuitous if twisted chain of events, Gisele Bundchen.

While it took Brazil sometime to live up to the backhanded maxim that it was "the country of tomorrow and always would be," there is little doubt that tomorrow has arrived for the country even if much work remains to be done to overcome its serious social challenges and tap its extraordinary economic potential.

The evidence that something new and important was happening in Brazil began to build years ago, when then President Cardoso engineered a shift to economic orthodoxy that stabilized a country racked by cycles of boom and bust and mind-blowing inflation. It has gained momentum however, throughout the extraordinary term of the country's current President Luis Inacio "Lula" da Silva.

Some of that momentum is due to Lula's commitment to preserving the economic foundations laid by Cardoso, a courageous political move for a lifelong labor leader from the opposition Workers Party. Some of it is due to luck, a changing global energy paradigm that helped make Brazil's 30 years of investment in biofuels start to pay off in important new ways, massive discoveries of oil off Brazil's coast and growing demand from Asia that has enabled Brazil to become a world agricultural export leader and assume the role of "breadbasket of Asia." But much of it is due to great skill on the part of Brazil's leaders in seizing a moment that many of their predecessors likely would have fumbled.

Of those leaders, much of the credit goes to President Lula who has become a bit of a rock star on the international scene, harnessing energy, drive, charisma, uncanny intuition, and common sense so effectively that his lack of formal education has hardly been an impediment. Some goes to other members of his team, such as his chief of staff Dilma Rousseff, a former energy minister who has become a very tough chief of staff and a possible successor to Lula. But I believe a large amount of it ought to go to Celso Amorim, who has masterminded a transformation of Brazil's role in the world that is almost unprecedented in modern history. He has been Lula's foreign minister since 2003 (he also served in the same role in the 1990s) but I think there is a fair case to be made that he is currently the world's most successful foreign minister.

It is impossible to pinpoint just one turning point in Amorim's efforts to transform Brazil from a lumbering regional power of dubious international clout into one of the most important players on the world stage, acknowledged by global consensus to play an unprecedented leading role. It may have come when he played a central role helping to engineer a pushback by emerging countries against a business-as-usual power play by the U.S. and Europe during the Cancun trade talks in 2003. It might have been the canny way the Brazilians have used issues such as their biofuels leadership to forge new dialogues and influence either with the United States or with other emerging powers. It certainly involved his embrace of the idea of transforming the BRICs from acronym to important geopolitical collaboration, working with his counterparts in Russia, India and China to institutionalize the dialogue between the countries and to coordinate their messages. (Arguably the BRIC helped most by this alliance is Brazil. Russia, China and India all earn places at the table due to military capabilities, population size, economic clout or resources. Brazil has all these things...but less than the others.) It also involved countless other things from the Brazil's deepened and tightened ties with countries like China, it's promotion of both investment flows and a reputation for being comparatively secure in the face of global economic reversals, the comfort level America's new President has with his Brazilian counterpart -- even extending to encouraging them to play a role as a conduit to, for example, the Iranians. Agree or not with their every move in places like Honduras or in the OAS on Cuba, Brazil has also continued to play an important regional role even as it is clear its focus has shifted to the global stage.

Nothing illustrates how far Brazil has come or how effective the Lula-Amorim team has been than the events of the past few weeks. First, the countries of the world cashier the G8 and embrace the G20, guaranteeing Brazil a permanent place at the most important table in the world. Next, Brazil becomes the first country in Latin America to be awarded the right to host the Olympics. Yesterday's FT carried news that "Asia and Brazil lead rise in consumer confidence", a reflection on the reputation that the government has effectively sold (with the bulk of the credit going to a resurgent Brazilian private sector.) And this week's stories out of the IMF-World Bank meeting in Istanbul show a further institutionalization of Brazil's new role with agreement to change the structure of the International Monetary Fund. According to today's Washington Post: "The nations also preliminarily agreed to reshape the fund's voting structure, promising a blueprint for giving more clout to emerging giants like Brazil and China by January 2011."

Not a bad few days work. And while it's Brazil's Finance Ministry you'll find at IMF-World Bank Meetings, the undisputed architect of this remarkable transformation of Brazil's role in Amorim.

Much work remains to be done, of course. Part of it has to do with the new role that has been shaped. Brazil wants a permanent place on the U.N. Security Council and more of a leadership role in other international institutions. It may well earn these, but it will have to maintain its growth and stability to get there. Further, Brazil seems inclined to minimize regional threats such as those posed by Venezuela (Brazilians tend to look down their nose at their neighbors to the north almost as much as they do toward their Argentine friends to the south ... and thus they under-estimate the ability of men like Hugo Chavez to do too much damage.) And they have an election coming up that may change the cast of players and of course, that can alter the current trajectory in any number of ways -- good and bad.

But it is hard to think of another foreign minister who has so effectively orchestrated such a meaningful transformation of his country's international role. And that's why if I were asked today to cast a ballot, my vote for world's best foreign minister would likely go to Santos' native son, Celso Amorim.

One note on yesterday's post: I received a note late yesterday from a spokesperson for the British Embassy taking issue with my assertion that the British Ambassador had joked that he wasn't getting much attention from the Obama administration. The thrust of their point was that "the Embassy denies categorically that the Ambassador made these remarks, even in jest, and that in our view the relationship between the UK and USA remains as close as ever -- whatever the noises off by febrile commentators in the media." While I stand by my story, their email to me on this was so civil and well-argued that I felt it only fair to pass on their views. I would take the "febrile commentators" point personally, but I had a flu shot only yesterday so they can't possibly mean me.

AFP PHOTO/JUAN MABROMATA

sábado, 3 de outubro de 2009

Nosso cantor das multidões!

Não consegui "embedar" o vídeo da Globonews (tinha que ser, né? no youtube é molinho), mas vale a pena ver o ministro Orlando Silva cantando "isso aqui ôô, é um pouquinho de Brasil iáiá..." Lindo demais! Ao lado da fala do Lula, foi um dos momentos mais emocionantes desse dia. Pode ser que nosso país ainda seja xinfrim, mas nação nós já temos!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Não é um gênio?



Tá mambembe mas vale, né? O Mussum adoraria. Impressionante como surgiram piadas na internet. A melhor foi "O Rio botou no COI de todo mundo". O brasileiro é ímpar.

Chicago e Tóquio com o Rio

Do minuto a minuto de El País, é interessante perceber que o Rio estava predestinado (um amigo aqui da praça disse que "tava tudo marcado!"):

O Rio venceu Madri por 66 a 32. Na primeira rodada foram 95 votos, 94 válidos. Madri ganhou com 28, seguida de Rio (26), Tóquio (22) e Chicago (18), coitada, que dançou logo de prima. Na segunda rodada, com 97 votos, 95 válidos, os eleitores de Chicago foram quase todos para o Rio, que ficou com 46; Madri ganhou só um (29). Estava tudo nas mãos dos eleitores de Tóquio, eliminada então com 20 votos. Na votação definitiva, Madri obteve apenas 3 votos adicionais, ficando com 32. Com 66, o Rio ganhou a eleição. No duelo de gigantes para 2012, Londres venceu Paris por apenas 4 votos, numa das maiores surpresas aprontadas pelo Comitê Olímpico. Pode-se dizer que a derrota acachapante de Chicago foi também daquelas! Tadinho do Obama... Bem, antes ele do que o Lula!!!!!!!!!!!

CHEGA DE BAIXO ASTRAL!!!


Antonio Lacerda/Efe

ME ANIMEI!!!!!!!!!!!!!

O que significa o Rio-2016: Lula reescreveu a geopolítica do Brasil

Lula empenhou seu cacife político na campanha do Rio 2016.

Se o Rio perdesse, o PiG (*) e a elite branca, especialmente a de São Paulo, que é separatista, cairiam em cima de Lula, como se fosse um coitadinho, um operário metalúrgico que tentou ir além dos sapatos.

Lula, logo após a vitória de 66 a 32, ressaltou que o Brasil devia isso ao Rio.

Ao Rio, que já foi capital da República, que foi politicamente esvaziado, e passou a freqüentar as paginas podres do PiG (*), o Brasil devia ao Rio – disse Lula.

(Nessa hora, Lula olho no olho do repórter da Globo …)

Ninguém mais do que o presidente Lula trabalhou para re-fazer esse mapa geopolítico.

A distorção começou com Juscelino, que tirou a capital do Rio e abriu o ciclo da inflação.

Tirou a capital do Rio para isolar a capital do povo.

Levou a indústria só para São Paulo – e botou o resto do Brasil para trabalhar para São Paulo.

Depois, o regime militar esvaziou o Rio, porque o Rio era brizolista.

E a Globo, por causa do Brizola, estigmatizou o Rio e transformou o Rio numa Medelín.

Acabou hoje a minoridade política do Rio.

Como disse o presidente Lula, em lágrimas, esse é o atestado de cidadania do Brasil.

É a prova de que o mundo reconhece que o Brasil chegou lá.

E que o Rio é o Rio.

Capital do Brasil!

Paulo Henrique Amorim

***

E o discurso do homem! É o cara MESMO!


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Gente! Nossa! Não sabia! 81%???

LULA SOBE PARA 100%
Urariano Mota
23/9/2009

Direto da Redação

Recife (PE) - É claro, todo mundo já sabe da última pesquisa CNI/Ibope, divulgada esta semana. O problema é que a maioria apenas sabe os números que assim foram anunciados:

“Pesquisa // Aprovação a Lula sobe para 81%

Brasília - A avaliação positiva ao governo Lula subiu em setembro, atingindo 69%, de acordo com a pesquisa CNI/Ibope, divulgada ontem. No levantamento de junho, o índice de ótimo/bom para o governo Lula era de 68%. A oscilação ocorreu dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos porcentuais. A avaliação regular ao governo Lula caiu de 24% para 22%, na mesma base de comparação, enquanto o índice de ruim/péssimo subiu de 8% para 9%. A aprovação pessoal ao presidente Lula subiu de 80% para 81%, mas a desaprovação também subiu, passando de 16% para 17%, entre junho e setembro. A pesquisa CNI/Ibope foi realizada no período de 11 a 14 de setembro e ouviu 2.002 pessoas, em 142 municípios brasileiros”.

Coisa boa é duvidar do que os olhos vêem e não sentem. Pois quando associei essa notícia ao que antes estava na memória, topei com uma lacuna, um vazio, que buscava matéria para virar fenômeno. E me perguntei: como será que o Nordeste brasileiro traduz esses 81%? Então fui, entrei no corpo da pesquisa, que pode ser vista em http://www.cni.org.br/portal/data/pages/FF80808121B718120121B73D14D55859.htm#

E vi, amigos, eu vi um fato impressionante, que até agora não virou notícia: na região nordestina, Lula possui uma aceitação de 95%. E mais: se se leva em conta a margem de erro de 2%, o presidente Lula atravessa “hoje”, de 11 a 14 de setembro, o seguinte dilema: sou aprovado por 93 ou 97% dos nordestinos? Pelo que o colunista tem visto, o melhor é arriscar vermelho 97.

E podemos acrescentar sem medo: a tendência – porque Lula não para de crescer – é chegar aos 100%. Ou melhor, ele já pode ter chegado aos 99,5% , se levarmos em conta o chamado “intervalo de confiança”. O que é, para dizer o mínimo, uma unanimidade absoluta. Ou quase, porque às vezes a gente encontra quem pergunta, afirma e acusa em um só movimento: “Você já foi entrevistado pelo Ibope? Eu nunca fui! Nenhum dos meus amigos, parentes ou conhecidos, nenhum foi entrevistado pelo Ibope até hoje. Esses 97% são uma grande mentira”. E 100%? “Danou-se”. De nada vai adiantar responder que para a estatística, que rege as pesquisas, de nada interessa o indivíduo isolado, mas só os grupos, conjuntos, porque seu objetivo é o estudo da população. “Sim, mas por que jamais a pesquisa atingiu o grupo que inclui a minha rua?”, voltarão. Ou Voltaren, que pode curar dor de reacionário.

Um economista, um estatístico, bem que lhes poderia dizer: “Indivíduo, há uma teoria da amostragem”. Ao que voltarão: “como é possível descobrir o que pensa a totalidade das pessoas quando se interroga apenas um pequeno número delas? E por que nunca fui escolhido para uma entrevista sobre Lula?” Ao que lhes poderá ser ensinado: “Indivíduo, a probabilidade de você vir a ser escolhido é semelhante à de ganhar na loteria”. Ao que o invencível descrente dos prováveis 100% de Lula voltará, sem voltaren: “Na minha rua, na minha família, no meu trabalho, aonde vou, ninguém apoia Lula. Ninguém”. De que adiantará responder-lhes que segundo a Lei dos Grandes Números, as respostas falsas – as do seu grupo - serão compensadas pelo conjunto de todos os grupos? De nada.

Melhor e mais simples será dizer-lhes que não devem confundir a realidade do povo com a opinião do comentarista da televisão, aquele âncora de boca torta que se pendura em coisa nenhuma. E se não acreditam na estatística e na Lei dos Grandes Números, que saiam da sua rua, do seu clube, e sigam para o mercado público e feiras livres. Lá, sem que conheçam inglês, todos já traduziram a manchete da Newsweek, “Lula, o político mais popular da terra”. Ou, conforme a língua do club, The Most Popular Politician on Earth”.

sábado, 5 de setembro de 2009

Vanusa. Meu deus

Lá no trabalho ficavam insistindo, vê a Vanusa cantando o Hino Nacional, vê a Vanusa. Eu disfarçava, ok, ok, vou ver. Mas sartava fora. Tinha certeza de que era depressão certa. Hoje, sexta, cedi: tá, me manda o link que quando eu estiver feliz da vida no feriadão eu vejo e tomo um chá de tristeza. Não é que é pior? É puro terror, gente.


Tentei achar um arquivo sem comentários, mas não consegui.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

QUE CANALHADA!!!!!!!!!

Deu no PH Amorim. Por sinal, essa bloguinha de bosta aqui é do blogspot americano. O máximo que podem fazer é cortar meu velox, hihihi, porque meu provedor nada poderá fazer. Essa eleição vai ser de enfartar.

***

Senado aprova o AI-5 digital. Políticos querem uma internet chinesa no Brasil. Conversa Afiada não acata decisão
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado, acumpliciada com a Comissão de Ciência e Tecnologia, apoiou uma legislação chinesa para a internet no Brasil – veja o que saiu no blog do Nassif.

Os cérebros dessa patranha são Marco Maciel (DEM-PE), que serviu ao regime militar com silenciosa candura, e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que tem um encontro marcado com o corajoso ministro Joaquim Barbosa por causa do mensalão tucano de Minas.

Sob cinzenta liderança desses dois cavalheiros, a internet brasileira não poderá emitir opinião sobre candidatos em período eleitoral.

A barbaridade é igualar a internet às empresas de rádio e TV, que vivem em regime de concessão.

O que Marco Maciel e Eduardo Azeredo querem é a censura.

Os dois fazem parte da base demo-tucana e isso tem cheiro de José Serra, que controlava a imprensa brasileira com três telefonemas: ao doutor Roberto, ao Ruy Mesquita e ao seu Frias.

Os demo-tucanos são os que mais ganham com a censura.

Os demo-tucanos tem pavor da luz do sol que, como se sabe, é o melhor desinfetante.

O ministro Ayres Britto, ao relatar no Supremo o fim da lei de imprensa, declarou: a imprensa controla os governos. A internet controla a imprensa. A liberdade da internet tem que ser maior que a liberdade da imprensa.

O Conversa Afiada quer comunicar a seus amigos navegantes que, por causa dessas e outras, está pendurado num provedor em território americano, onde a internet desfruta de liberdade razoavelmente maior do que a da China.

E, de lá, do território americano, dirá o que bem entende.

Quero ver o Senado, o Marco Maciel e o Eduardo Azeredo calarem o Conversa Afiada.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Deu no PH Amorim

Pré-sal: Lula deu o drible


da vaca em FHC

31/agosto/2009 18:00

O Farol de Alexandria ia mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax e privatizá-la.

Francisco Gros, presidente da Petrobrás do Farol, a primeira coisa que fez depois de tomar posse foi dizer em Houston, no Texas, que sua função era privatizar a Petrobrás.

FHC tentou, mas na prática não conseguiu, afastar a Petrobrás da exploração de petróleo.

Com os quatro projetos de lei do pré-sal, Lula deu o drible da vaca no Farol de Alexandria.

Cabe ao Farol agora tentar ganhar no tapetão do PiG (*).

Paulo Henrique Amorim

O PIG espuma

Lula no lançamento da PetroSal: "A reação contra a Petrobras era enorme, basta ver os jornais da época; alguns, em circulação até hoje, continuam atacando a empresa, por ser um dinossauro etc. Pois graças à determinação do povo brasileiro temos o nosso dinossauro".

Toma!

***
Não confie no PIG: baixe daqui a íntegra do discurso do Lula sobre a PetroSal.

Toma!

***
A NBr (canal 4 da Net) está passando ao vivo entrevista coletiva da Dilma. Sobre o regime de partilha, que a Folha criticou dias atrás (ou terá sido hoje?) por ser o usado por "países ditatoriais e grande corrupção" -- pra eles, o melhor seria o de concessão, aquele do Feisel e depois do FHC --, ela disse que as condições mudaram, que o Brasil hoje tem reservas, passou bem pela crise e tal. E o primeiro exemplo que citou foi o da Noruega, onde o rei decide -- "o rei, o rei, não tem licitação!"

Toma!

***
Não é que um cara ligou DE NOVO hoje, que seria o último dia de entrega do pasquim aqui em casa, pra me oferecer 20 paus de desconto na renovação??? Recusei. Aí ele me deu mais 30 dias de graça, HAHAHAHAHAHA!

Toma!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Viram a Waldvogel gaguejando?

A moça, com que até simpatizo muito, embora ache que está precisando urgente de Derechil (ou Diretil, em português, segundo a Sunny) quase perdeu a fala no Entre Aspas da Globonews. Tentou de todas as formas levar os entrevistados -- Everardo Maciel, um advogado tributarista e um auditor -- a falarem mal da Receita atual. Os três declararam que a gestão da tal Lina foi um desastre...

Minha nossa, nunca vi um repórter tão constrangido...

***

Hoje, 26/8, um leitor do PH Amorim deu o link pro vídeo do programa!

Piada pronta ou contradição em termos exemplar?

Oposição abandona Conselho de Ética em protesto à salvação de Sarney e quer mudanças

"O projeto tem um compromisso fundamental, defender a ética", disse o líder do DEM, José Agripino Maia (RN). (Folha Online, 25/8)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Para transtornos ideológicos, tome Derechil

Marco me recomendou. Acha que ando me "endireitando" porque achei razoável, melhor disparado do que qualquer coisa que publica o PIG, uma matéria da Economist.



Tudo específico da Espanha, claro, foi lá que o Marco conheceu o vídeo... Calle Ferraz, por exemplo, é o endereço da sede do PSOE de Zapatero, hihihi...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O absurdo inacreditável

Marco mandou ao Nassif e eu reproduzo aqui.

***

Caro Nassif,

Tive esse diálogo aparentemente corriqueiro com um amigo agora há pouco, por msn, por volta das 23h do dia 6 de agosto. Achei um exemplo cabal de como a desinformação leva a atitudes fora de propósito. Fulano é paulistano e tem vinte e poucos anos.


Fulano says:
hey Marco.....

Marco says:
tudo bom?

Fulano says:
tudo bom ...e tu?

Marco says:
tudo bem

Fulano says:
eu ia falar com vc....meu consultor politico..rs

Marco says:
hahaha
vamos ver! qq coisa eu peço ajuda dos universitarios

Fulano says:
não, vai ser fácil...
é que eu tô meio por fora.....mas ouvi dizer que pessoas com mais de 50mil reais em poupança,vão ter 20% descontados por causa da crise....
e esse dinheiro é transferido para as contas da união....
isso é vero?

Marco says:
olha, tem algo assim
não sei as cifras
mas é fácil ver
http://economia.uol.com.br/ultnot/2009/05/13/ult4294u2589.jhtm

Fulano says:
credo,que medonho.....
uma amiga minha ganhou um apartamento por que a avo dela tá com medo de perder a grana.....

Marco says:
isso é pra que a poupança não seja atraente pro grande investidor
não, mas esse raciocínio tá deturpado, olha
O imposto será cobrado sobre um percentual do rendimento. Se a Selic ficar entre 10% e 10,5%, vai ser cobrado imposto sobre 20% do rendimento. Se a Selic cair a 7,25%, será tributado 100% do rendimento. As alíquotas de tributação serão as mesmas do IR normal (7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%). Veja como fica na tabela ao lado.
Segundo o analista de investimentos Raphael Cordeiro, quem tivesse R$ 100 mil na poupança, com Selic entre 10% e 10,5%, pagaria R$ 192,50 de imposto no ano. A rentabilidade da poupança, que hoje está em torno de 7% ao ano, cairia para 6,6%.
ou seja
foi paranóia da avó da sua amiga

Fulano says:
nossa acho que confundiram tudo...

Marco says:
é, confundiram sim

Fulano says:
o pior que foram duas familias que entraram nessa

Marco says:
mas isso é culpa da imprensa, que estampa na capa do jornal "LULA VAI MEXER NA POUPANÇA COMO FEZ COLLOR"

Fulano says:
uma outra moça também está atrás de apê porque a mãe quer gastar dinheiro....
é uma delas faloou isso

Marco says:
ele mexeu na poupança, mas regras pequenas que alteram o rendimento, não que tiram o dinheiro de ninguém

Fulano says:
deve ter lido "agora"

Marco says:
e mesmo assim, com tanta grana, dá pra botar num outro fundo qualquer, que deve dar mair rendimento que a poupança
esse, aliás, é o objetivo dessas regras. que o investimento grande vá pra fundos mais elaborados

Fulano says:
nossa teve uma discussão enorme sobre isso e tava todo mundo falando que 20% ia ser tirado direto da conta....

Marco says:
caramba
economia tá no nível que tava a alquimia há 500 anos

Fulano says:
eu dúvidei um pouco....

Marco says:
assuntos herméticos

Fulano says:
e falando que era para reparar a crise....

Marco says:
hahaha
querendo, justifica-se QUALQUER coisa

Fulano says:
brasileiro sofre muito pela falta de informação

Marco says:
sofre sim.
viva a revolução da informação
cara, esse relato é arquetípico
podia mandar isso pro Franklin Martins

Fulano says:
a mulher tava quase chorando....falando que tinha trabalahdo a vida inteira e que agora iam tirar o dinheiro dela....

Marco says:
tadiiiinha!!!
dá tempo de explicar pra ela?

Fulano says:
mandei um email pra minha amiga
então na verdade eu não entendi a situação,agente tava no bar daí falaram assim: a a fulana vai gannhar um apartamento por causa da nova lei do lula......
muito bizarro isso

Marco says:
cara
isso é muito doido
é, bicho
a menina tinha que falar com alguém de confiança
alguém da caixa seria bom
eles explicam com a maior paciência
e é um banco que não tem cota pra cumprir, não quer extorquir ninguém
é um banco feito pra perder dinheiro

Fulano says:
...eu achei muito estranho....acho que ela já ia comprar o apartamento e deve ter visto isso,sei lá.....
eu lembro que na roda falou-se até me guardar dinheiro no colchão e tal...
me lembrou a história da garrafa pet em cima da caixa de luz para economizar na conta....
uma lenda urbana

Marco says:
hahhaha
colher de chá no gargalo da coca cola pra não sair o gás

Texto do Gilson

O Globo: coronelismo de terceira, jornalismo de quê?

Quando encerrávamos esse artigo, o site de O Globo tinha como destaque a seguinte chamada: "Simon culpa Lula por crise do Senado". A sintonia entre o senador de ética maleável e o editorial do jornal é tão intensa que é legítimo indagar: Quem trabalha para quem?

Gilson Caroni Filho

Na edição desta sexta-feira, 7/08, O Globo talvez tenha produzido um dos editoriais mais claros quanto aos seus curiosos códigos deontológicos. Com o sugestivo título “O inexplicável", o jornal deixa claro que sua única linha atualmente é a falta de linha. Uma aula de como o partidarismo e o panfletarismo inconseqüente intervêm no discurso dos principais colunistas e repercutem na cobertura, da pauta à edição final.

Assim, quando pressionado por circunstâncias políticas que ameaçam deslegitimá-lo como aparelho ideológico, os editorialistas do veículo reutilizam velhos fragmentos de suas mitologias mais surradas e de escolhas temáticas recorrentes para alcançar o objetivo indisfarçável: a pauta é atingir o governo Lula de todas as formas, inclusive se isso custar a carreira política de um associado e aliado histórico chamado José Sarney.

No primeiro parágrafo, lemos um texto que funciona como burca, filtrando verdades que se exibem aos olhos: "A patética defesa apresentada pelo presidente do Senado, José Sarney, no plenário da Casa, na quarta-feira, e o início da encenação da farsa montada no Conselho de Ética (sic) para recusar sem qualquer investigação as denúncias e representações contra o político maranhense são mais um ato da operação político-eleitoral do Planalto, cujo desfecho será a incineração do Senado como instituição em nome do projeto lulista para 2010."

Todos sabem que jornais selecionam, organizam e hierarquizam os acontecimentos, mas o trecho transcrito parece não deixar dúvidas sobre como deve funcionar uma redação empenhada, acima de tudo, em impedir a aliança PT- PMDB, inviabilizando a candidatura da ministra Dilma Rousseff. Mais que o espaço de opinião do jornal, o editorial de O Globo funciona com memorando interno, uma circular para lembrar aos seus funcionários como explicar e traduzir a vontade de quem lhes paga o salário. Aos recalcitrantes, a demissão é uma certeza.

É preciso repetir diariamente que uma eventual vitória da candidata petista implicaria a desmoralização das instituições políticas, a balbúrdia civil, a permanência da ameaça do controle estatal e censor dos meios de comunicação, além da continuação do distributivismo que ignora os preceitos neoliberais, promovendo a “gastança pública desenfreada”.

O que importa é salvar a oposição de sua falta de projetos, fazendo com que o noticiário editorializado tenha eficácia probatória suficiente para fazer de qualquer Conselho de Ética que não o subscreva a encenação de uma farsa. Nesse contexto, cabe a pergunta: será que a incineração do Senado é uma operação do Planalto ou a combustão é produzida por conglomerados midiáticos com recursos e mão-de-obra qualificada para os custos elevados da operação?

Na página 3, a matéria “Cangaceiro de 3ª classe, coronel de merda", assinada por Maria Lima, Isabel Braga e Leila Suwwan, trata do confronto entre os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB) no plenário do Senado concluindo que " a sessão mostrou que Sarney perdeu as condições de conter a onda crescente de ameaças e intimidações na Casa". Mostrou "como"? “Por que"? “Para quem"? As jornalistas têm o direito de criar “fatos", registrá-los como premissas evidentes por si mesmas? Ou não estamos diante de um relato jornalístico, mas de peça que atende aos interesses dos proprietários e seus sócios mais notórios?

Voltando ao editorial, o início do quarto parágrafo demonstra como o jornalismo global brinca com as palavras, produzindo um conteúdo que pode se voltar contra a própria Organização ao qual está subordinado

"O nepotismo, e não apenas no caso do senador, segue em paralelo ao patrimonialismo - a apropriação privada de recursos públicos"

Alguém precisa lembrar aos editorialistas que em casa de enforcado não se fala em corda. Como bem registra Altamiro Borges, em seu excelente “A ditadura da mídia”,” na lógica patrimonialista vigente do país, instituiu-se um tipo de coronelismo eletrônico que atrela setores do Executivo e do Legislativo às redes de comunicação". É conhecida a força da Globo que, desde a ditadura militar, tem no Ministério das Comunicações sua província. Um aparelhamento de tal monta que impede a reformulação de uma política no setor, impedindo, entre outras coisas, a adoção de um modelo de televisão digital que democratize a comunicação no país.

É preciso uma ação articulada para evitar que esse tipo de jornalismo crie um sistema político onde a democracia só existirá como o mito de almas heróicas isoladas, como história penetrada de falsas moralidades devidamente blindadas por zelosos funcionários da imprensa.

Quando encerrávamos esse artigo, o site de O Globo tinha como destaque a seguinte chamada: "Simon culpa Lula por crise do Senado". A sintonia entre o senador de ética maleável e o editorial do jornal é tão intensa que é legítimo indagar: Quem trabalha para quem? Quem é abastecido por uma narrativa classista, partidária e facciosa? De onde partem os tão propalados métodos da máfia napolitana? Um estudo sobre técnicas de edição e certo tipo de prática parlamentar oferece respostas às questões formuladas.

* Professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Correios: monopólio mantido

Tinha esquecido de postar.

STF mantém monopólio dos Correios

Por seis votos a quatro, o Supremo Tribunal Federal manteve o monopólio dos Correios para correspondências pessoais. Com isso, cartas pessoais e comerciais, cartões-postais, correspondências agrupadas (malotes) só poderão ser transportados e entregues pela empresa pública. A decisão foi tomada no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 46, na qual a Associação Brasileira das Empresas de Distribuição reclamava o direito de as transportadoras privadas fazerem entregas de encomendas, como já acontece na prática.

***

Mas Gil*mar chiou!

Oligarcas em confronto

SOTOMAYOR!!!!!!!!!


Sotomayor se convierte en la primera hispana en el Supremo de EE UU
Es una decisión histórica para la ciudadanía latina, que ya supone casi el 15% de la población del país.- Fue ratificada con el voto en bloque de la mayoría demócrata y el de nueve republicanos

DAVID ALANDETE | El País, Washington, 6/8/2009

El Senado de EE UU confirmó este jueves a Sonia Sotomayor como la primera juez hispana en el Tribunal Supremo, con el voto en bloque de la mayoría demócrata y el de nueve republicanos que ya habían anunciado previamente su apoyo a la candidata elegida por el presidente Barack Obama, en una decisión histórica para la ciudadanía latina, que ya supone casi el 15% de la población del país.

Sotomayor es la tercera mujer en ocupar un sillón en la máxima instancia judicial de EE UU. La ya juez del Supremo disipó las dudas sobre su confirmación al salir indemne en su comparecencia ante el Comité de Asuntos Judiciales del Senado el mes pasado, en la que sorteó cualquier polémica y se retractó de haber dicho en un discurso en 2001 que una mujer "latina e inteligente" llegaría a "mejores conclusiones" que un hombre blanco.

El presidente compareció ante los medios minutos después del voto del Senado, y alabó que "los principios que hacen única a América, la justicia, la igualdad y la oportunidad, hayan hecho posible que la juez Sotomayor haya recorrido este camino". "Hoy hemos roto otra barrera y estamos un paso más cerca de ser una Unión más perfecta", dijo Obama. El sábado tendrá lugar la ceremonia en que Sotomayor pronunciará el juramento de ingreso en el Tribunal, presidida por su presidente, el juez John Roberts.

Sotomayor contó finalmente con el apoyo de casi dos tercios de la cámara, 68 votos contra 31, con la única ausencia del demócrata Edward Kennedy, que está siendo tratado por un tumor cerebral. A pesar de reconocer lo impecable de su currículum -doctora en Derecho por la Universidad de Yale, jueza en activo desde 1992-, un nutrido grupo de republicanos, entre ellos John McCain, se opuso a su confirmación por considerar que muchos de sus veredictos la convierten en una activista a favor de las minorías.

La más polémica fue una sentencia de 2008, emitida junto a otros dos jueces, en la que Sotomayor dio la razón a la ciudad de New Haven, en Connecticut, por declarar inválido un examen para el cuerpo de bomberos local en el que no había logrado plaza ningún afroamericano. Entonces, Sotomayor expresó su convicción de que el gobierno local debía velar por la presencia de las minorías raciales en el sector público. Este mismo año, el Supremo del que ya forma parte invalidó aquella sentencia.

Otro punto de fricción con los conservadores fue la opinión que la jurisprudencia de Sotomayor refleja sobre el derecho a portar armas, amparado por la segunda enmienda a la Constitución. Este mismo año, Sotomayor formó parte de un comité judicial que emitió la opinión de que la enmienda sólo atañe a las acciones del gobierno federal, y que cada Estado tiene la potestad de regular independientemente sobre la tenencia de armas de fuego. La influyente Asociación Nacional del Rifle se opuso a su confirmación y advirtió a los senadores de que tendrá en cuenta su voto al respecto cuando efectúe su evaluación anual de cada político en la escena nacional.

"Aún se niega a reafirmar lo que dice claramente la segunda enmienda, como un derecho fundamental para todos los americanos", dijo de ella el senador republicano Jim Demint, que votó en contra de confirmarla. "Y en el asunto del aborto, habla del derecho constitucional de una mujer a 'acabar' con un niño, algo que no está escrito en nuestra Constitución". El también republicano Orrin Hatch dijo sentir el tener que votar que no. "Pero creo que estoy haciendo lo que es justo y honroso", añadió.

Sotomayor no necesitó este jueves sus votos. En total, nueve republicanos habían anunciado que le iban a dar su apoyo, entre ellos los más moderados de la bancada, como Olympia Snowe, de Maine, y el único latino republicano en la cámara, el senador de origen cubano Mel Martinez, de Florida. "No comparto la opinión de la juez Sotomayor en muchos asuntos", dijo Martínez, "pero son probablemente menos asuntos de los que me separarán de otros jueces que conoceré en el futuro".

Después de la jubilación del juez progresista David Souter el pasado mes de junio, Sotomayor ocupará su sillón en septiembre, en una nueva sesión anual en la que los jueces deberán dilucidar sobre asuntos tan candentes como la aplicación de la pena de muerte o la reforma de la financiación de las campañas electorales.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Para quem não viu o sociopata



Deu no Nassif:

A Hora do Espanto
Da Folha
Simon afirma que sentiu medo de Collor, que faz visita a Lula

Um dia após o bate-boca com Fernando Collor (PTB-AL), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse ontem que teve medo da reação do ex-presidente.

“Saía fogo dos olhos dele [Collor]. Me veio a imagem do pai dele no plenário do Senado. A diferença é que o pai dele errou o tiro. No meu caso, eu estava na linha direta”, disse.

A referência é a um episódio envolvendo o pai de Collor, Arnon de Mello, que foi senador por Alagoas nos anos 60. Em 1963, no plenário do Senado, ele matou a tiros, por engano, o senador José Kairala (AC), na tentativa de acertar um adversário, Silvestre Monteiro.

O presidente Lula conversou ontem à noite com Collor e, depois, com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Ambos foram convocados pela assessoria presidencial a comparecer ao CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede provisória do governo. Temer disse que falou com Lula sobre conjuntura política e que o presidente segue apoiando Sarney.

Melhor curta (júri popular) do Anima Mundi 2009

Estão vendo o Sarney ao vivo?

Incrível, o velho safado está dando um banho! Falando mal, gaguejando, nervoso pra caramba, mas apontando a canalha que merece um dedão na cara -- como ele mesmo, diga-se...

(ai ai, nunca pensei que diria isso desse pulha...)

Mas contra o PIG vale tudo, né?

***

Já estamos no Conselho de "Ética". Que coisa abominável, asquerosa esse suplente de suplente chamado Paulo Duque, hein? Um poço de ignorância.

***

Não acredito! As denúncias ao Conselho de Ética não contêm um documento comprobatório, só matérias de jornal! Como é possível isso? Quer dizer que a oposição não levantou provas contra as falcatruas do Sarney? Eu, hein...?!

***

"A oposição tá preguiçosa." (Marco sobre o comentário acima).

Pra que trabalharia, né? O PIG taí pra isso!

Como pinto no lixo. Sempre

Seja qual for o governo, Bill rocks. E essas malucas, hein? Fazer documentário pro Al Gore na Coreia do Norte. Isso é que é amor ao jornalismo... Nós, os conspiracionistas, sempre achamos que só pode haver algo por trás. Temperado com muitas verdinhas.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Só faltava essa!

Mas, se depender do Gil*mar...

***
Quebra do monopólio dos Correios brasileiros é analisada pelo STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir até esta quarta-feira (5) se concede a quebra do monopólio dos Correios brasileiro. A proposta da Associação Brasileira de Empresas de Distribuição (Abraed) quer deixar o mercado livre para empresas que queiram entregar correspondência comercial e encomendas. Atualmente, a responsável pelo serviço postal do país é a estatal Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

Em todo o mundo, o serviço de correios é operado em regime de monopólio estatal. Apenas no México e na Argentina esse monopólio foi quebrado. Porém, nos dois casos, medidas estão sendo estudadas para inverter o processo. A Federação dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos (Fentect) acredita que a quebra do monopólio no Brasil será um desastre, prevendo que 50% dos trabalhadores dos Correios serão demitidos. Atualmente, a empresa tem 110 mil funcionários no país.

O secretario geral da Fentect, José Rivaldo, também fez um alerta. Deixar o mercado livre para qualquer empresa atuar no setor dos postais vai prejudicar o atendimento à população. “O maior foco hoje dessas empresas é atuar nos grandes mercados: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, nas grandes cidades. Nos pequenos municípios não há interesse. Eles vão atuar nos mercados que dão lucro e onde não dá fica para o Estado, o que pode levar ao sucateamento dos Correios. (São Paulo, Radioagência NP, Desirèe Luíse, 4/8/09)

Mais sobre o assunto:

Trabalhadores se mobilizam contra privatização dos Correios

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Viva a literatura-lixo!!!

Meus amigos sabem que há anos não leio literatura séria nem vejo filme cabeça, pura perda de tempo. Deixo isso para os jovens, coitados, ainda esperançosos. A coroa aqui se dedica com afinco a livros, filmes e seriados sobre espionagem/tecnologia e tribunais exclusivamente para saber a quantas anda o poder “dos caras” sobre nós, as hordas manipuláveis.

Como todos sabem, os americanos idolatram dinheiro. Tem verdinha no meio, eles logo contam tudo. Acontece com repórteres, advogados, executivos de corporações, integrantes de ONGs, espiões, milicos, o diabo. Basta que se desfaça o vínculo com a instituição a que pertencem, seja por demissão ou fritura. No que caem no ostracismo, abrem tudo o que sabem.

É nisso que reside a beleza da democracia americana: a liberdade de quebrar sigilos. Às vezes o vínculo nem se desfez, mas eles mandam ver. A Judith Miller, por exemplo, uma cretina hoje na Fox News: quando ainda era do New York Times, cobrindo segurança, escreveu um livro sobre as armas biológicas dos americanos. Revelou tudo. Logo depois do 9/11, recebeu envelope com talco e pensou que era antraz. Devia ser “brincadeirinha” dos milicos dos laboratórios que ela expôs no livro, mas isso não foi considerado e acabou esquecido. No NYT, fez campanha vigorosa pela invasão do Iraque por conta de armas de destruição em massa do Saddam, e foi demitida quando veio à tona que estava servindo a Karl Rove e Donald Rumsfeld e às corporações por trás deles.

Bem, depois desse nariz de cera enorme, informo que acabo de ler O recurso (The appeal), de John Grisham (Rocco, 2008). Gente, vocês nem imaginam! As grandes corporações -- químicas, pedrolíferas, de medicamentos --, cansadas de pagar bilhões de indenização por danos físicos e morais, começaram a comprar assentos nas supremas cortes estaduais! Os juízes que eles elegem em campanhas milionárias (vários estados ainda têm eleição para juiz, promotor e até inspetor de quarteirão — viva a democracia!) votam pela anulação das sentenças de primeira instância, que em geral favorecem os querelantes. É um livro imperdível.

Isso não nos toca diretamente, claro, nossos tribunais têm juízes visceralmente vendidos às empresas, mas não custa saber como os primos ricos se viram lá em cima. Nos estados sem eleição, com juízes indicados, as corporações perdem feio. Por isso tem tanta empresa americana despejando seu lixo tóxico no Terceiro Mundo. A França, por sinal, só explora a praga cancerosa do amianto aqui no Brasil: lá é proibido. Lindo, não?

sábado, 1 de agosto de 2009

Agora não tem volta

Cancelei definitivamente a assinatura do Globo. Da outra vez voltei atrás e aceitei ficar por um desconto brutal. Agora, nem que me ofereçam de graça. Abaixo, o porquê.

Globo, 31/7/09

Nem li a matéria, muito menos o editorial. Aliás, não li nada. "É a opinião pronta pro leitor", riu o Marco. Hoje o jornal foi direto pro lixo no saco plástico e assim será enquanto eles me empurrarem esse esgoto.

***
Ligou um "consultor" do Globo oferecendo primeiro um desconto de 13 reais, e depois um de 18 reais. A assinatura cairia de 59 para 41 ou algo assim. Ele disse que a "nojeira" das páginas do Globo (que eu mencionei) "vem da politicagem, não do jornal". Não é lindo? O cara finge que não sabe que o pasquim dele é membro honorário do PIG!

sábado, 4 de julho de 2009

E assim caminha o Chávez

Comprou o Banco da Venezuela do Santander espanhol. O Estado venezuelano é agora o maior banqueiro do país.

Isso é bom, né não? Simpatizo com o fato de que "a gente" aqui tenha a Caixa e meio que o BB.

Complicações à vista?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A doida renunciou!

Nem deu explicação... Eu, hein!

A incrível Helen Thomas!

Acabo de ver na HBO documentário fantástico sobre a Helen Thomas, setorista da Casa Branca que já cobriu 9 presidentes (o filme é de 2008, ainda na era Bush; com Barack Obama são 10).

No finzinho, perguntam a ela se os jornalistas americanos têm mesmo inclinação liberal, como acusam os republicanos.

-- Onde estão eles? ? Me aponte um! Estou louca para encontrar jornalistas liberais!

Abaixo, um trailer que achei no YouTube. Se encontrar o filme completo informarei.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

É um tédio, eu sei, mas...

... não posso deixar passar uma chamada da Globonews de ontem (não tive tempo de postar antes):
Governo revolucionário retira direitos constitucionais em Honduras
Tá vendo só? Não tem jeito. Golpe pra eles é revolução, governo golpista é governio revolucionário. Fazer o quê? Depois dizem que fazem jornalismo.

Não estamos sós

Vera, Truda, vejam só:
Ruim com Sarney. Péssimo sem ele.
É o Nassif que diz.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Sei não, acho que vou...

...virar Sarney desde criancinha. Detesto esse mulá maranhense, mas com todo o PIG se empenhando contra ele é impossível ficar do mesmo lado, não?! Querem aquele cargo por alguma razão perversa.

***

A Globonews anuncia especial dos 15 anos do real. Lá vem serpentina em cima do farol de Alexandria. Haja saco de vômito!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

E lá se foi (de vez) o Michael Jackson...


Veja Thriller (1982), best clip ever! Melhor arranjo, melhor coreografia, melhor voz, tudo. Não é casual que o álbum tenha vendido 65 milhões de cópias. Ninguém mais fez isso no mundo, nem mesmo ele depois desse. Que artista ficou perdido...

A direção é do John Landis, não é pouca bosta não. A coreografia é de Michael Peters e do próprio Jackson. A produção é do Quincy Jones, a voz tenebrosa é de Vincent Price. Fez sucesso também o aviso final, de que "os personagens e os acontecimentos deste filme são ficcionais. Qualquer semelhança com fatos ou pessoas vivas, mortas (ou mortas-vivas) é pura coincidência".

Detalhe: esse vídeo foi exibido no YouTube, até 21h30 de 26/6/09, 39.213.818 vezes. Gente, quase 40 milhões de exibições!!!

BRILHANTE VERISSIMO!!!!

Nossa, a Grobarbárie deve estar em polvorosa depois dessa coluna! Verissimo só não deu o nome do protofascistão Rob*erto Mar*inho, o resto ele disse!

***

História sonegada

VERISSIMO

A abertura ou não dos arquivos sobre a repressão à insurgência armada durante a ditadura militar se resume numa questão: se alguém tem o direito de sonegar à Nação sua própria História.

Os debates sobre a conveniência de se remexer esse passado viscoso e sobre as razões e as causas de cada lado são secundários. A discussão real é sobre quem são os donos da nossa História. É se, 25 anos depois do fim da ditadura, os militares têm sobre a nossa memória o mesmo poder arbitrário que tiveram durante 20 anos sobre a nossa vida cívica.

Não é só a nossa história em comum que está sendo sonegada. A história individual dos mortos pela repressão também. Aos parentes são negados não apenas seus restos como a formal cortesia de uma biografia completa. Uma reivindicação que nada tem a ver com revanchismo, que só pede uma deferência à simples necessidade de as famílias reaverem seus corpos e saberem seu fim. Impedir que isso aconteça para não melindrar noções corporativas de honra ou imunidade é uma forma de prepotência que, 25 anos depois, não tem mais desculpa.

Revelações como as que o Estadão está publicando sobre a guerrilha no Araguaia servem como um começo para o resgate da nossa memória tutelada. Não precisa mexer na lei da anistia. É mais importante para a Nação saber a verdade do que punir os culpados. E já que se liberou a História e se busca a verdade com novo ânimo, por que não aproveitar e investigar alguns pontos cegos daqueles tempos, como a participação de setores do empresariado em coisas como o Comando de Caça aos Comunistas e a Operação Bandeirantes, agindo como corpos auxiliares da repressão urbana, não raro com entusiasmo maior do que o dos militares ou da polícia política – como costuma acontecer quando diletantes fazem o trabalho de profissionais? Algum correspondente civil ao Major Curió deve ter em seus arquivos o relato da guerra naquela outra selva.

Mas sei não, há uma tradição brasileira de poupar o patriciado quando este se desencaminha. Quando descobriram que todos os negócios com o novo governo Collor teriam que passar pela empresa do P. C. Farias, não foram poucos e não foram pequenos os empresários nacionais que aderiram ao esquema sem fazer perguntas. Nas investigações sobre a corrupção que acabou derrubando Collor, seus nomes desapareceram. E, neste caso, não foram os militares que esconderam a verdade.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Que anúncio!

Deu no Carlos Brickmann, do Observatório:
Abaixo o racismo

De acordo com a Internet, o texto abaixo figura num anúncio divulgado na Espanha. Pode ser verdade, pode não ser. Mas seria ótimo se fosse!

O anúncio mostra um garotinho preto, de olhos grandes e redondos, sorriso de dentes muito brancos, com um quadro-negro onde está escrito:

Seu Cristo é judeu; sua escrita é latina; seus números são árabes; sua democracia é grega; seu som é japonês; sua bola é coreana; seu DVD é de Hong Kong; sua camiseta é da Tailândia; seus melhores jogadores de futebol são do Brasil; seu relógio é suíço; sua pizza, italiana. E você ainda vê o trabalhador imigrante como um desprezível estrangeiro?

Não é lindo?

terça-feira, 23 de junho de 2009

Não deu pro PIG distorcer...

... porque a BBC deu depressa.

Obama cita Lula como exemplo na América Latina

A arte da edição do PIG

Os paulistas só criticam Folha e Estadão, e eu me sinto solitária na missão de esculhambar o cancro carioca que atende pelo nome de Pústula, ops, Grobo.

Hoje o Nassif me dá uma colher de chá. Acreditem, gosto de ler tudo sobre o PAC, porque está mexendo em áreas abandonadérrimas pelo poder público. Me perdi noutro dia na Vila do João e fiquei estarrecida com as crateras no asfalto e a altura de boa parte dos quebra-molas -- tudo obra dos traficantes, claro, para dificultar a circulação da polícia; num deles o carro ficou como gangorra, e se fosse meu golzinho mil empacaria ali, mas o atual carango tem motor 1.6 e pude dar um empuxo no bruto e sair. Isso tudo é doloroso porque, apesar de alguns tiroteios, o ambiente lá por dentro é tranquilo e seguro, crianças brincando na rua, mulheres varrendo a calçada, velhinhos sentados à porta vendo o movimento. Às vezes almoçamos lá, vou sempre comprar cigarro e quando me distraio e perco a saída (o prédio da Expansão, onde trabalho, fica na pista de subida da Brasil, no lado oposto ao Castelo da Fiocruz), sempre retorno pela favela -- nesse dia em que me perdi fui me distraindo e perdendo todas as entradas, e só pude retornar lá adiante, já na Linha Vermelha, pelos fundos da Vila).

Pois bem, o Nassif fala da manchete de hoje do cretino, que nem li porque tive nojo do pus que soltava.

***
23/06/2009 - 11:02
A arte da edição, apud Globo

Ricardo Gandour, diretor editorial do Estadão, disse que a edição é um dos pressupostos da liberdade da imprensa. E que o Blog da Petrobras feria esse direito da mídia.

Vamos conferir como O Globo edita suas matérias, tomando por base as obras do PAC nas favelas do Rio.

Abaixo, as principais informações contidas na matéria

1. O arquiteto do PAC da Rocinha diz que o projeto do hospital foi reduzido de 6 mil para 3 mil metros quadrados. Não sabe se foi para recuperar o tempo perdido ou por causa das eleições de 2010.

2. Diz que as mudanças no centro esportivo da Rocinha melhoraram em muito o projeto.

3. A matéria menciona projetos no Complexo do Alemão e a “Rambla de Manguinhos”, com pilares suspendendo a linha do trem numa extensão de um quilômetro e, sob os trilhos, sobre um parque de 246 mil metros, inspirado nas Ramblas de Barcelona e no Aterro do Flamengo (cujo projeto urbanístico é de Reidy). - A partir dessa obra, o lugar, associado a coisas ruins, será relacionado a festa, a encontro, a lazer, a comércio, como o Aterro do Flamengo, uma das grandes obras públicas do Rio - afirmou Jauregui.

Qual foi o ângulo privilegiado pela edição de O Globo:
Manchete da primeira página

PAC da Rocinha sofre pressões, diz arquiteto

Responsável pelo projeto do PAC na Rocinha, o arquiteto Luiz Carlos Toledo afirmou que a planta que fez para um hospital da comunidade foi bastante modificada.

Ele disse suspeitar que a alteração tenha ocorrido para permitir que o governo inaugure a obra já em 2010, ano de eleição. Página 12
***
Agora, olhem só o comentário de um leitor do PHAmorim, que reproduziu o post do Nassif:
Piada Antiga:
Lula recebeu a visita do papa e o levou ao Pantanal. Lá, o solideo do papa foi levado pelo vento e pousou na água ao lado de um enorme jacaré. Lula caminhou serenamente sobre as águas, enfrentou corajosamente o jacaré e devolveu o solidéo ao papa.
MANCHETES DO PIG:
“LULA NÃO SABE NADAR”
“LULA COMETE CRIME ECOLÓGICO AO AGREDIR JACARÉ NO PANTANAL”
“LULA COMETE BLASFÊMIA E TENTA IMITAR JESUS”
“PAPA DIZ NUNCA MAIS VOLTAR AO BRASIL”
Paulo

OLHEM QUE ESPANTO!

Essa matéria está no iG. Como alguém pode ter coragem de morar tão perto???

(Clique aqui para ampliar)

Imagem de radar mostra detalhes da falha de San Andreas

A costa oeste dos EUA, especialmente a Califórnia, é um dos lugares com a maior atividade sísmica do planeta. É ali que se encontra a conhecida falha de San Andreas, uma gigantesca rachadura visível de 1300 km de extensão que marca os limites entre as duas maiores placas tectônicas do planeta: a placa norte-americana e a placa do Pacífico.

Apesar de não perceptível aos nossos olhos, naquela região a placa norte-americana desliza 14 mm por ano em sentido sudeste enquanto a placa do Pacífico se desloca em sentido oposto a 5 mm por ano. Vez por outra a resistência entre elas aumenta e a energia do movimento se acumula até ser repentinamente liberada. Esse deslizamento entre as placas causa grande instabilidade em todo o Estado da Califórnia e foi a causa do violento terremoto que abalou a cidade de São Francisco em 1906.

A imagem vista acima retrata claramente as consequências desse movimento. A cena mostra uma parte da falha de San Andreas a oeste da Baía de San Francisco, onde a represa de Crystal Springs armazena milhões de litros de água em uma das rachaduras entre as duas placas tectônicas. Um levantamento feito em 2008 mostrou a existência de mais de 300 falhas em todo o Estado da Califórnia.

A cena também mostra a rodovia interestadual I280, no lado esquerdo da falha e a Rota 91, que cruza desde o topo direito até o centro esquerdo da foto. A Baía de San Francisco é vista no topo direito da cena.

A imagem foi capturada através do radar de abertura sintética UAVSAR a bordo da aeronave Gulfstream III da Nasa, em novembro de 2008. A campanha de sensoriamento tem o objetivo de mapear a mesma região repetidamente com o objetivo de criar uma coleção de mapas em três dimensões do local sobrevoado. Com as imagens os cientistas pretendem visualizar micro deformações topográficas de apenas 3 centímetros, o que pode indicar os pontos da superfície em que as placas estão se tocando.

O Grande Abalo

De acordo com o Instituto de Pesquisas Geológicas dos EUA, USGS, o Estado da Califórnia tem mais de 99% de chances de ser atingido, nos próximos 30 anos, por um grande terremoto superior a 6.7 graus 46% de possibilidades para a ocorrência de um poderoso abalo de 7.5 graus, que os habitantes chamam de "Big One", capaz de sacudir a cidade de Los Angeles com graves consequências. No entender de especialistas, um abalo de grande intensidade poderá causar a separação da Califórnia do resto do continente americano.

Obama (still) loves Lula...

Obama está dando coletiva neste instante (14h14) e acaba de fazer um baita elogio a Lula. Verdade que foi depois de elogiar Michele Bachelet, do Chile, como exemplo de boa gestão da crise -- eu já estava imaginando a manchete do Grobunda: "Obama aponta Bachelet como modelo na AL", hehehe! Mas a repórter (pelo sotaque, latino-americana) perguntou como ele via as nações "não-democráticas" do continente, e aí ele pincelou a biografia do Lula e disse que o companheiro consegue se relacionar com todos os países de maneira produtiva etc., e é um exemplo de boa condução de política internacional -- ou algo assim, já esqueci tudo.

Foi legal!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Estreia


Inaugurei um selo novo na bloga: é do Psol, mas poderia ser de qualquer partido que tivesse vergonha na cara ou não morresse de medo desse cancro que corroi a infeliz sociedade brasileira. Mas todos têm medo!

***

O selo saiu numa nota da newsletter da Fundação Lauro Campos, do Psol. Introduzindo o seguinte vídeo -- por sinal, excelente! -- da Current TV:



Não podia ser mais verdadeiro, diga-se. A pergunta é: haveria aí orquestração do Serra? :-))))))))))))))) Do jeito que politiqueiros e PIG atuam, nada me espantaria.

O incrível: esse filme, de 8 minutos, já foi exibido 149.891 vezes no YouTube!

Deu no Vilas Boas de ontem

Deputado Henrique Fontana (PT-RS):
“O terceiro mandato tem nome e sobrenome: Dilma Rousseff”.
Bom, hein???

quarta-feira, 17 de junho de 2009

E o diploma de jornalista caiu...

O Supremo decretou: a exigência do diploma de jornalismo é inconstitucional.

Confesso que estou confusa. Concordo com o Santayana, citado aqui pelo PH Amorim:
. Mauro Santayana, outro excelente jornalista, costuma dizer que a exigência do diploma elitizou as redações.

. As redações não refletiam mais a composição da sociedade brasileira: as redações se tornaram quase brancas, quase ricas e quase ignorantes …

Tiro até o "quase", tanto que tento escolher os repórteres lá da revista pelo endereço (evito a Zona Sul). Mas acontece que o relator foi o "supremo presidente", e ele relatou pela não-exigência. Aí, fico cabreira. Ele está obviamente atendendo ao desejo das grandes corporações de mídia. Voto seguido por 7 ministros, e a exceção foi o Marco Aurélio Melo -- que argumentou com razões erradas. Segundo ele, jornalista precisa de curso superior, ou algo assim; Quem discute isso? Curso superior é bom pra qualquer profissão, em princípio é alguma cultura a mais.

Mas, se a Grobo gosta eu não gosto... Não é complicado?

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Elio Gaspari, o fiel, já encheu o saco

Gosto do Elio Gaspari, até o respeito, mas sua fidelidade cega a Golbery e Geisel já encheu o saco. Na coluna de ontem (10/6) ele critica os que querem trocar o nome infame da Rodovia Castelo Branco -- e confunde quintilhões de bugalhos com trocentos alhos. O absurdo começa com o título: "Uma patrulha ideológico-rodoviária". PATRULHA??? Então querer tirar o nome de um golpista cretino de uma estrada é patrulha?

Mas piora. Ele fala do "marechal eleito pelo Congresso depois da deposição de João Goulart", como se a eleição no Congresso tivesse sido constitucional e legítima e a deposição do Jango, um fenômeno natural. Em seguida compara os 3 anos de ditadura de Castelo aos 8 de Vargas. Ora, Vargas pode ter sido um ditador escroto, e era, mas depois foi eleito. E graças a ele temos as ameaçadas CLT, que os amigos do Gaspari querem tanto "flexibilizar", e Petrobras, que os amigos do Gaspari querem tanto privatizar.

Qual o problema de trocar o nome das ruas que homenageiam escravocratas e canalhas em geral? Troquemos! Eu, por exemplo, me recuso a chamar o Viaduto São Sebastião de 31 de março (eca...) e a Ponte Rio-Niterói de Costa e Silva (bleargh!). Não houve uma só vez em minha carreira de escriba que tenha usado esses nomes odiosos em matérias que citassem tais "logradouros".

Ainda fala de "ditadura envergonhada"... ou seria ditabranda? Sai! Nunca vi ditadura mais sem-vergonha! Então, não torra. Paixões escusas a gente alimenta na surdina, não leva a público. Bem que ele propôs por intermédio do meu chefe na Veja, logo que fui libertada do DOI-Codi, que eu fosse "fazer um relato" ao Golbery do que tinha passado na Tutoia. "Vários ex-presos já foram, para colaborar com a abertura", era o argumento. Pedi pra pensar e ignorei o convite. Imagine, dar depoimento a Golbery, manipulador safado que posava de democrata enquanto cooptava jornalistas para manter seu podre poderzinho e tocar a ditadura.

Espero alguma reação a esta sandice. Alguém viu alguma? Se sim, me informe, por favor!

***
Uma patrulha ideológico-rodoviária

Elio Gaspari

Um deputado estadual paulista apresentou um projeto de lei que poderá abrir o caminho para a cassação de nomes de ruas, avenidas e estradas. A Rodovia Castello Branco, que liga São Paulo ao Oeste do Estado, seria renomeada, trocando-se o nome do marechal eleito pelo Congresso depois da deposição de João Goulart pelo de um baluarte da democracia, como D. Hélder Câmara, por exemplo. A designação de logradouros passaria pela peneira de um Conselho de Direitos humanos.

O projeto dificilmente será aprovado. Se virar lei, não haverá de funcionar, a menos que se consiga uma justificativa politicamente correta para as ruas e avenidas que homenageiam escravocratas do Império. Mesmo assim, ele tem a virtude de provocar um bom debate, daqueles em que se entra com uma certeza e sai-se melhor, com algumas dúvidas.

Tudo bem, o marechal Castello Branco, titular de uma ditadura envergonhada, presidiu o país de 1964 a 1967 e, pelos crimes praticados em seu governo, não poderia ser nome de rodovia. E o que se vai fazer com as avenidas Presidente Vargas espalhadas por todo o Brasil? A ditadura de Castello durou três anos. A de Getúlio Vargas, oito.

Nesse caso, não se poderia mexer nos nomes dados às ruas? Aí surge o problema da Rua Sérgio Fleury, localizada na cidade de São Carlos. O chefe dos janízaros (civis) da ditadura, sócio fundador do Esquadrão da Morte, foi homenageado em 1980 pela Câmara dos Vereadores da cidade. Há um mês, a mesma Câmara, por unanimidade, cassou a denominação e uma pesquisa informa que 75% dos moradores apoiam a mudança.

Às vezes esses troca-trocas acabam em palhaçada. Em 1897 a imprensa que cobria o terceiro ataque ao Arraial de Canudos contou, emocionada, a história do Cabo Roque, que morreu protegendo o corpo do comandante da expedição. Rebatizaram com seu nome a Travessa do Ouvidor, até que o Cabo Roque apareceu no Rio, vivo.

Em outros casos as paixões prevalecem e acabam confundidas com a paisagem. Raros são os cariocas que se dão conta de uma dissonância quando chegam à Praça Tiradentes. Lá está a linda estátua equestre de D. Pedro I, neto da maluca Maria, em cujo reinado enforcaram o alferes. A praça chamava-se Constituição e o nome foi trocado nas celebrações do golpe republicano. Obrigaram o neto a ocupar o chão de uma vítima da avó.

Quando os moradores de uma rua declaram-se ofendidos pelo nome que meia dúzia de vereadores lhes impuseram, é razoável que o pleito seja atendido. Fora daí, a História ao país pertence. Não há como fugir dela sem o recurso ao autoritarismo político.

Em Montgomery, capital do Alabama e da confederação rebelde durante a Guerra da Secessão, há um cruzamento que resolve controvérsias desse tipo. Passada a Guerra Civil, os brancos se acertaram e impuseram aos negros um regime de segregação. Nessa nova harmonia, deu-se a uma avenida da cidade o nome de Jefferson Davis, presidente do Sul rebelado.

Passou o tempo e uma comerciária negra se recusou a dar o lugar para um branco num ônibus da cidade. Foi presa, desencadeou um boicote e o mundo soube da existência de um pastor chamado Martin Luther King. Ela se chamava Rosa Parks e morreu em 2005. Uma das avenidas de Montgomery recebeu o seu nome. Ela cruza a Jeff Davis, criando quatro gloriosas esquinas.
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