sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Barack Obama tem medo

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Medo de quê? Meu deus do céu, o homem é bonito, jovem, chique, instruído e educado. Medo de quê? Acho que de ultrapassar limites, quaisquer que sejam.

Ele é negro.

PQP, não é fácil ser negro e candidato a presidente num país de supremacistas brancos, não importa que tenham surgido lá as primeiras lutas e as primeiras conquistas dos negros no mundo.

No debate, ele tinha tudo para arrasar McCain, um perfeito idiota, mas ele foi antes de tudo um cavalheiro. Assim, não ganha. McCain foi odioso, apelando para sentimentalismo barato sobre os mortos no Iraque. Ridículo! Vá chorar em Arlington!

Esse primeiro debate foi "brochante", como resumiu minha amiga Claudia. O ponto alto foi o mediador, um perfeito Jim Lehrer, da PBS, a TV pública americana. Ele tentou despertar o pensamento real dos dois candidatos sobre as coisas que importam, mas ambos ficaram num blablablá medíocre. Obama procurou ser mais objetivo, mas McCain vinha logo com suas choramingadas sentimentalistas, ou então tentava dar “aulinhas” a Obama. Foi ridículo, interrompido diversas vezes pelo mediador, que cortou Obama apenas uma vez.

Obama chamou McCain o tempo todo de John, acho que numa tentativa de derrubar o “velho herói” do cavalo. Afinal, os dois são senadores. Mas disse muitas vezes “John está certo quando diz...” Que besteira... “John” não estava certo em nenhum momento, em nem uma frasezinha sequer, pô!

O site da CNN publica a transcrição do debate.

A realidade étnica americana surpreende os desavisados: os brancos são 79,96%; os negros não passam de 12,85%; asiáticos, 4,43%; nativos da América e do Alasca, 0,97%; nativos do Havaí e Pacífico, 0,18%; outras etnias, inclusive hispânicos, 1,61% (CIA World Factbook, estimativa julho/2007). (Radis 73)


2 comentários:

Anônimo disse...

Eu acho quase impossível um negro ser eleito para ocupar a casa branca. O branco americano na hora H vai votar na própria raça.
E, Mari, até que ponto a "burrice" na campanha do Obama não é autodiscriminação?
Todos nos lembramos o tempo que o Lula e os brasileiros levaram para superar o auto-preconceito.
Sei lá, aguardemos.
Vera Silva

mari disse...

É verdade. Sem contar que podem assassinar o cara a qualquer momento.

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