O ministro da Saúde, Jose Gomes Temporão, aproveitou encontro com a diretora-geral da OMS, Margareth Chan, neste domingo (28), em Washington (EUA), para reclamar pessoalmente da incorreção de dados de um relatório divulgado no dia 18 de setembro sobre a incidência da malária no Brasil. Em resposta, Temporão ouviu da diretora que todas as distorções serão revistas e corrigidas em comum acordo com a Opas e o Ministério da Saúde. Nos estados da Amazônia Legal -- Roraima, Rondônia, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Acre, Amazonas e Tocantins --, em 2006, foram notificados 549.184 casos, e não 1,4 milhão, como informou o relatório da OMS.
O ministro reafirmou que não reconhece como verdadeiros os dados que constam do documento e explicou que a metodologia usada pela OMS não se aplica à situação brasileira, onde, desde 2006, a doença está em declínio. A diretora-geral da OMS ouviu atentamente a explicação do ministro. "Ela não conhecia nossa metodologia", afirmou Temporão.
A conversa com a diretora-geral da OMS ocorreu durante um almoço promovido por brasileiros que trabalham na OPAS em Washington. O ministro viajou à capital dos EUA para participar do 48º Conselho Diretor da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), que começa nesta segunda-feira (29) e segue até o dia 3 de outubro. Temporão assumirá a presidência do Conselho nesta segunda.
Representantes da Opas informaram ao ministro, também neste domingo, que as incorreções no relatório da OMS não se restringem ao caso do Brasil. De acordo com análise feita por técnicos da Opas, há números superestimados entre 200% e 400% para todos os países das Américas. A exemplo de Temporão, que enviou na semana passada documento solicitando a revisão do material, a Opas também encaminhou relatório apontando os erros encontrados.
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Não acho que o nosso controle da malária esteja essa coca-cola toda, mas não precisa dobrar os números, né não? Isso cansa! E se alguém acha que dou refresco ao Ministério da Saúde é só acompanhar a Radis. A revista não refresca nem quer derrubar ninguém. Quer apenas que o SUS cumpra a Constituição.
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