1) O pai do atropelador de Rafael estava retirando dinheiro para pagar o restante da propina aos PMs que liberaram o carro que matou o rapaz no túnel quando recebeu ligação da mulher dizendo quem era a vítima. Só então ele desistiu de pagar a propina!
2) O advogado de Bruno goleiro distribuiu fotos de uma loura num shopping afirmando se tratar de Elisa. A moça teve que ir à delegacia se identificar. A advogada dela agora vai processar o advogado mentiroso!
Isso é gente?
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domingo, 25 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
DEPORTA!
Agora aqui é assim! Já que essa juíza não se matou, não se retirou da profissão com a consciência bem pesada e ainda tem o desplante de dizer que não falhou no cumprimento do dever, meu tribunal particular decidiu: deporta. Manda pra alguma ilha em processo de extinção por conta do aquecimento global.
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Para juíza, proteção não impediria sumiço de Eliza
Diana Brito, Folha, 14/7/2010
A juíza Ana Paula de Freitas, do 3º Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Jacarepaguá, zona oeste do Rio, afirmou ontem que não se arrepende de ter negado medida protetiva para Eliza Samudio e encaminhado o caso à 1ª Vara Criminal da região. Em outubro do ano passado, Eliza, grávida de cinco meses, disse ter sido agredida pelo goleiro Bruno.
A juíza disse que a medida protetiva, prevista na Lei Maria da Penha, não se aplicaria ao caso. Mesmo que se aplicasse, em sua opinião, não seria suficiente para impedir o sumiço da jovem. Titular da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, a juíza Telma Fraga encaminhou os autos para a 1ª Central de Inquéritos. O Ministério Público do Rio de Janeiro informou que recebeu solicitação de parecer, mas negou que nela houvesse um pedido de análise de medida protetiva a Eliza.
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Pois deveria haver!!! A entrevista completa dessa responsável pelo destino de Elisa está aqui.
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Para juíza, proteção não impediria sumiço de Eliza
Diana Brito, Folha, 14/7/2010
A juíza Ana Paula de Freitas, do 3º Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Jacarepaguá, zona oeste do Rio, afirmou ontem que não se arrepende de ter negado medida protetiva para Eliza Samudio e encaminhado o caso à 1ª Vara Criminal da região. Em outubro do ano passado, Eliza, grávida de cinco meses, disse ter sido agredida pelo goleiro Bruno.
A juíza disse que a medida protetiva, prevista na Lei Maria da Penha, não se aplicaria ao caso. Mesmo que se aplicasse, em sua opinião, não seria suficiente para impedir o sumiço da jovem. Titular da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, a juíza Telma Fraga encaminhou os autos para a 1ª Central de Inquéritos. O Ministério Público do Rio de Janeiro informou que recebeu solicitação de parecer, mas negou que nela houvesse um pedido de análise de medida protetiva a Eliza.
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Pois deveria haver!!! A entrevista completa dessa responsável pelo destino de Elisa está aqui.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Caso Bruno: puro nonsense
A Ana diz que o "roteiro" do caso Bruno é uma mistura das tramas de Criminal Minds (partes do corpo da vítima jogadas aos cães, o restante concretado, meu deus...), CSI (sangue no carro e no sítio, pesquisa no laptop da vítima) e Law & Order: Special Victims Unit. Esta, para mim, seria a parte menos horripilante de desenvolver. O que diria a Cabot (ok, a promotora não é mais a Cabot, é a Greylek, but still) de haver um mesmo advogado para todos os principais suspeitos? Como conseguir a delação premiada de um deles? É um absurdo tão grande como o crime em si. Nenhum juiz americano permitiria.
Permitirão os nossos?
Permitirão os nossos?
"Sociabilidade selvagem"
Do Valor, reproduzido pelo blog do Nassif
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Futebol, crime e política
Luiz Werneck Vianna
12/7/2010
O assassinato de Eliza Samudio em que está envolvido como suspeito o goleiro Bruno, ex-capitão do Flamengo, vencedor do último campeonato brasileiro de futebol, não deve ficar confinado às páginas do noticiário policial. O horror que ele suscita por seu enredo escabroso, a história dos personagens, a gratuidade do crime, a forma da execução - os restos mortais da vítima foram lançados a cães para serem devorados -, a presença do mal em estado bruto, tudo isso reclama que se olhe para além das patologias dos indivíduos já indiciados como culpados. Em primeiro lugar para o clube, agremiação mais que centenária, e para a estrutura do futebol, o esporte de massas que é uma paixão nacional. Em segundo, para o tipo de sociabilidade selvagem, à margem da vida civil, que se reproduz em escala crescente e que encontra na cultura do narcotráfico e do consumismo, alçado a valor supremo, os seus paradigmas.
Bruno, um dos mais altos salários do seu clube, era uma liderança, portando a braçadeira de capitão por indicação de seus dirigentes, em que pesem várias manifestações arrogantes de sua parte, inclusive nas relações com o seu técnico, e já se envolvera, com alguns colegas, em escândalos públicos em festas promovidas em domínios territoriais do narcotráfico. Em uma dessas ocasiões, proferiu uma declaração em que, explicitamente, admitiu ser normal a violência física entre casais, e, embora sua agremiação desportiva fosse dirigida por uma mulher ? uma ex-atleta olímpica -, manteve a honraria da braçadeira.
Registre-se, ainda, que dois companheiros de clube, como o noticiário esportivo com frequência denunciava, eram contumazes participantes de pagodes em redutos do crime organizado, um deles fotografado ao lado de marginais armados com metralhadoras, o outro levado à polícia para esclarecer relações mercantis com notórias lideranças do mundo do tráfico em favelas cariocas.
Em todos os casos, o clube optou pela contemporização, em nome certamente de uma política de resultados, uma vez que esses jogadores se notabilizavam por seus feitos nas competições. E o que importa aí é deslocar o foco para a estrutura do nosso futebol, com sua organização autocrática, dominada por um vértice que se eterniza no poder, apenas orientada para a produção de vitórias nas competições, inteiramente arredia às possibilidades de fazer do futebol, com sua penetração capilar na vida do povo, um instrumento de educação de massas.
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Futebol, crime e política
Luiz Werneck Vianna
12/7/2010
O assassinato de Eliza Samudio em que está envolvido como suspeito o goleiro Bruno, ex-capitão do Flamengo, vencedor do último campeonato brasileiro de futebol, não deve ficar confinado às páginas do noticiário policial. O horror que ele suscita por seu enredo escabroso, a história dos personagens, a gratuidade do crime, a forma da execução - os restos mortais da vítima foram lançados a cães para serem devorados -, a presença do mal em estado bruto, tudo isso reclama que se olhe para além das patologias dos indivíduos já indiciados como culpados. Em primeiro lugar para o clube, agremiação mais que centenária, e para a estrutura do futebol, o esporte de massas que é uma paixão nacional. Em segundo, para o tipo de sociabilidade selvagem, à margem da vida civil, que se reproduz em escala crescente e que encontra na cultura do narcotráfico e do consumismo, alçado a valor supremo, os seus paradigmas.
Bruno, um dos mais altos salários do seu clube, era uma liderança, portando a braçadeira de capitão por indicação de seus dirigentes, em que pesem várias manifestações arrogantes de sua parte, inclusive nas relações com o seu técnico, e já se envolvera, com alguns colegas, em escândalos públicos em festas promovidas em domínios territoriais do narcotráfico. Em uma dessas ocasiões, proferiu uma declaração em que, explicitamente, admitiu ser normal a violência física entre casais, e, embora sua agremiação desportiva fosse dirigida por uma mulher ? uma ex-atleta olímpica -, manteve a honraria da braçadeira.
Registre-se, ainda, que dois companheiros de clube, como o noticiário esportivo com frequência denunciava, eram contumazes participantes de pagodes em redutos do crime organizado, um deles fotografado ao lado de marginais armados com metralhadoras, o outro levado à polícia para esclarecer relações mercantis com notórias lideranças do mundo do tráfico em favelas cariocas.
Em todos os casos, o clube optou pela contemporização, em nome certamente de uma política de resultados, uma vez que esses jogadores se notabilizavam por seus feitos nas competições. E o que importa aí é deslocar o foco para a estrutura do nosso futebol, com sua organização autocrática, dominada por um vértice que se eterniza no poder, apenas orientada para a produção de vitórias nas competições, inteiramente arredia às possibilidades de fazer do futebol, com sua penetração capilar na vida do povo, um instrumento de educação de massas.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Que sina a do Flamengo...
Depois do Adriano, esse caso do Bruno. E é muito despreparada a imprensa esportiva para lidar com assuntos policiais. A polícia então... Do delegado aos repórteres de jornais e TV, todos chamam o adolescente implicado no caso de "menor", um termo condenado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. O ECA completou 20 anos em junho, minha gente! Até as pedras do muro ali atrás sabem que essa lei alterou a terminologia na área. O termo correto nesses casos é criança, se abaixo de 12 anos, e adolescente, se abaixo de 18. Não existe mais "menor infrator" ou "criminoso", mas "adolescente em conflito com a lei". Podem chiar à vontade, como tantos chiam, do politicamente correto: essas regrinhas cidadãs melhoram sim a visão da sociedade em relação a pobres, moradores de comunidades etc.
Acabou essa de "menor carente" ou "infrator" como objeto do assistencialismo e punição indiscriminada, julgamento antecipado e preconceito explícito -- crianças e adolescentes são sujeitos plenos de direitos. Delegados e repórteres desconhecem esse beabá. O mais curioso e triste, a prova de que o repórter repete o que a polícia diz sem filtro crítico algum, é que o delegado usa o termo correto "apreendido" (e não "preso"). Aí a imprensa vai atrás.
E o que dizer dos apresentadores do Em Cima da Hora Edição das 10? Classe média, faculdade, bom emprego -- nenhuma cultura em cidadania, Costituição de 88, ECA. Nada. Tascam "menor" sem escrúpulo.
Se fosse um garoto classe média ou alta não duvidem, a palavra seria "jovem". Se Bruno fosse jornalista, como o assassino comprovado mas ainda solto Pimenta Neves, teria outro tratamento. Fico enojada com tudo, tudo.
Acabou essa de "menor carente" ou "infrator" como objeto do assistencialismo e punição indiscriminada, julgamento antecipado e preconceito explícito -- crianças e adolescentes são sujeitos plenos de direitos. Delegados e repórteres desconhecem esse beabá. O mais curioso e triste, a prova de que o repórter repete o que a polícia diz sem filtro crítico algum, é que o delegado usa o termo correto "apreendido" (e não "preso"). Aí a imprensa vai atrás.
E o que dizer dos apresentadores do Em Cima da Hora Edição das 10? Classe média, faculdade, bom emprego -- nenhuma cultura em cidadania, Costituição de 88, ECA. Nada. Tascam "menor" sem escrúpulo.
Se fosse um garoto classe média ou alta não duvidem, a palavra seria "jovem". Se Bruno fosse jornalista, como o assassino comprovado mas ainda solto Pimenta Neves, teria outro tratamento. Fico enojada com tudo, tudo.
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